Papa Francisco diz que todo cristão é misericordioso

Agência ANSA

Por meio de seus perfis no Twitter, o papa Francisco afirmou nesta quinta-feira (16) que o cristão é, necessariamente, misericordioso, e que neste dogma está o centro do Evangelho. A mensagem foi postada durante o Sínodo Extraordinário dos Bispos sobre a Família, que discute uma eventual abertura do Vaticano a gays e divorciados.

A página oficial do líder da Igreja Católica na rede social foi lançada em 12 de dezembro de 2012, ainda durante o pontificado de Bento XVI.

Ao todo, Jorge Bergoglio tem contas em nove idiomas, totalizando mais de 16 milhões de seguidores. As mais populares são a espanhola (6,98 milhões), inglesa (4,59 milhões), italiana (2,04 milhões) e portuguesa (1,18 milhão).

Ministro do STF proíbe Roberto Jefferson de fazer pronunciamentos públicos em horário de trabalho

. Alerta foi expedido após ex-deputado ter concedido entrevista sobre escândalo da Petrobras

home

O ministro Roberto Barroso alertou que o ex-deputado federal Roberto Jefferson não deve fazer “pronunciamentos públicos” durante o horário de trabalho externo, sob pena de perder o direito.

Condenado na AP 470, Jefferson cumpre pena no regime semiaberto no Rio de Janeiro e foi liberado recentemente para trabalhar como auxiliar do advogado Roberto Vitagliano.

Na última segunda-feira, 13, (seu primeiro dia de trabalho) o ex-deputado concedeu entrevista ao jornal Folha de S.Paulo na qual afirmou que o escândalo da Petrobras seria o epílogo do mensalão.

home

Diante disso, Barroso determinou: “Oficie-se ao Juízo delegatário para que advirta o condenado quanto à impossibilidade de realização, nos horários destinados ao cumprimento das tarefas laborais, de atividades estranhas àquelas previamente informadas pelo empregador à Vara de Execuções Penais, notadamente pronunciamentos públicos, sob pena de revogação do benefício.”

Fonte – Migalhas

 

O ministro ainda requereu à VEP do RJ cópia da decisão que concedeu a Jefferson o direito ao trabalho externo e dos termos de compromisso de trabalho, para instruir a execução penal.

 

Dossiê de contratações ilegais na SEJAP com desvios de milhões de reais serão encaminhados a Comissão de Transição do Governo Eleito

    dosseieA Comissão de Transição do Governo Flávio Dino vem mantendo entendimentos com a atual administração, buscando informações em vários setores para que possa pelo menos ter uma ideia de como se encontra a máquina governamental para que a partir de informações possa começar a traçar seus planos de metas. O Movimento Auditores Unidos Contra a Corrupção construiu um dossiê  de um contrato viciado a partir de uma simples portaria do ex-secretário Sebastião Uchôa, em que a empresa Gestor Serviços recebeu ordem para executar uma farra de contratos para beneficiar 294 pessoas com salários variando entre mil e quinhentos a sete mil reais, sem a obrigatoriedade do exercício de qualquer atividade. No documento constam os nomes de todos os contratados com os seus respectivos salários e pode-se observar que muita gente tem ligações com autoridades dos poderes constituídos.

     Mensalmente são gastos 1,5 milhão de reais, de acordo com o Movimento de Auditores Unidos Contra a Corrupção – MAUCC, que inclusive chegou a encaminhar uma cópia do dossiê para o Ministério Público. A farra de contratos teve inicio desde o mês de abril do ano passado, conforme portaria publicada no Diário Oficial do Estado. Nos levantamentos feitos pelo MAUCC fica bem evidente que criminoso contrato corrupto foi feito para atender interesses de muita gente envolvida dentro de todo o contexto da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária.

      A SEJAP na administração do ex-secretário Sebastião Uchôa se transformou em um antro de corrupção com a concessão de reajustes e prorrogações de contratos milionários mediante termos aditivos, antes dos dois períodos de emergência, mas foi a partir da decretação dela é que a  corrupção se tornou deslavada. Muitos recursos que deveriam ser aplicados nas unidades prisionais e que seriam para proporcionar um atendimento digno para a população carcerária nunca chegou aos beneficiários e toda a problemática com assassinatos e fugas foram resultantes da falta de investimentos e construção de novas unidades prisionais para diminuir a superpopulação.

      O mais interessante é que instituições como o Conselho Nacional de Justiça, o Ministério Público, as Varas das Execuções Criminais, o Conselho Penitenciário do Estado até mesmo a farsa montada com a criação do Comitê de Gestão Integrada, diante da cruel realidade não conseguiram visualizar todas as barbáries praticadas dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, com o registro de quase 50% de assassinatos em relação ao ano passado e a corrupção que ainda é mantida dentro de várias unidades prisionais. O Dossiê das Contratações Ilegais será entregue a Comissão de Transição do Novo Governo para que ela tenha apenas uma noção que os espera dentro do Sistema Penitenciário do Estado.

“Estamos sendo exterminados”, denunciam populações tradicionais a imprensa maranhense

matoMembros das mais de trinta comunidades quilombolas de diversas cidades do Maranhão, que ocuparam a Estrada de Ferro Carajás (EFC), no final do mês de setembro, concederam entrevista coletiva aos veículos de imprensa do Estado no último dia 2 de outubro, na Sede da Comissão Pastoral da Terra Regional Maranhão (CPT).

(reportagem é de Cláudio Castro, publicada pelo Semináio Carajás 30 anos)

Além dos quilombolas, dos membros da CPT e dos advogados que prestaram assessoria jurídica às comunidades, participaram também da coletiva representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que falaram da luta conjunta das populações tradicionais do estado na defesa de seus territórios.

No encontro, foram denunciadas as violações de direitos de que vêm sendo vítimas por parte do aparato do Estado e por grandes corporações que atuam no Maranhão, com destaque para as envolvidas na cadeia da mineração. Eles falaram sobre o porquê de ocupar a ferrovia para chamar atenção às suas reivindicações, detalhando a pauta que fora negociada com o Governo Federal para desocupação da EFC, que passou cinco dias, de 23 a 27 de setembro, interditada pelas comunidades quilombolas de cidades como Itapecuru-Mirim, Anajatuba, Santa Rita e Miranda do Norte.

Jornalistas de vários órgãos de comunicação da capital maranhense puderam ouvir, então, “o outro lado da história”. Isso porque a mineradora Vale, uma das maiores anunciantes da imprensa maranhense (rádio, TV, impressos e Internet), é beneficiada por uma autocensura aplicada por esses órgãos. Com a ocupação da ferrovia, os trabalhadores da imprensa compareceram à coletiva, e assim ouviram dos próprios membros das comunidades a realidade dos impactos causados pela mineração e pelo agronegócio nos territórios.

Eles foram então apresentados a informações que são, em geral, ocultadas, como o fato de mais de uma centena de comunidades sofrerem impactos diretos das atividades da Vale em solo maranhense, o que se intensificou depois que a empresa iniciou a duplicação da ferrovia, e isso sem proceder os estudos de impacto ambiental da duplicação: em vez deEstudo de Impacto Ambiental ou Relatório de Impactos ao Meio Ambiente (EIA/RIMA), o que a empresa tem apresentado é o Plano Básico Ambiental (PBA), menos abrangente e que não dá a dimensão do que provoca, nas comunidades, uma obra dessa natureza. Além disso, das mais de cem comunidades impactadas, a Vale reconhece apenas 14.

Aumento no número de conflitos por terra

Vários dados apresentados alarmaram os presentes à coletiva. Entre estes, o citado pelo padre Clemir Batista, da CPT, segundo o qual, somente em 2013, houve 150 conflitos por disputa de terra no Maranhão. Desses, 64 em áreas de quilombos, ameaçadas por fazendeiros e grileiros, favorecidos pela presença de empresas como a Vale na região. Clemir anunciou que 21 lideranças quilombolas estão atualmente ameaçadas de morte.

Pauta de reivindicações negociada com o governo

Segundo Diogo Cabral, assessor jurídico da CPT, a pauta de reivindicações apresentada ao governo federal avançou após a ocupação da EFC. Os quilombolas somente desocuparam a ferrovia após a presença, no local do protesto, de uma equipe interministerial enviada por Brasília para iniciar as negociações. Ao chegar ao Maranhão, a equipe do governo federal trouxe diversos itens já encaminhados, e outros com prazo definido para serem atendidos.

Territórios como Charco e Santa Rosa agora estão com prazo para que os decretos de sua titulação final sejam publicados em 30 de novembro deste ano. No Maranhão, mais de 400 territórios já foram reconhecidos pela Fundação Palmares (órgão do Governo Federal a proceder a certificação, advinda do auto-reconhecimento da população de uma área como sendo território quilombola. Estes são os primeiros passos para que uma comunidade receba a titulação de seu território, concedida, ao final, pelo Incra). Estima-se que o número de comunidades quilombolas no Estado chegue a 800. Portanto, apenas cerca da metade estão com os processos de titulação iniciados e muito poucos são os que foram concluídos.

Durante o protesto na EFC, os quilombolas questionaram a morosidade para a titulação dos processos que já estão no Incra, há anos sem serem concluídos. Segundo eles, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária alega a falta de pessoal e estrutura para proceder a tarefa, o que é contestado pelos quilombolas: “quando é para as empresas o governo trabalha de forma ágil, e quando é pra nós nunca tem estrutura, nunca tem pessoal”, questionavam durante a ocupação.

Uma das exigências das comunidades é que esse processo de titulação seja retomado. Para Clemir (CPT), “A lógica do governo, que privilegia o agronegócio, por exemplo, faz emperrar os processos de reconhecimento dos territórios”, aponta.

Indígenas também na luta

Presente à entrevista coletiva, Meire Diniz, do Cimi, falou sobre os pontos em comum das lutas e mobilizações entre os povos indígenas do Maranhão e as comunidades quilombolas.

Não raro, as ações de resistência e denúncia de suas situações, coordenadas entre indígenas e quilombolas contam, também, com a participação de grupos de camponeses, igualmente vítimas da concentração de terras, do agronegócio e dos ditos grandes projetos de desenvolvimento, que poucos benefícios geram para as comunidades e que muitos impactos causam aos seus modos de vida. Para ter uma ideia, é ao longo da Estrada de Ferro Carajás a região com menor índice de desenvolvimento humano do Maranhão, segundo denunciaram os representantes dos povos tradicionais durante a entrevista.

Meire destacou que a luta contra a Proposta de Emenda Constitucional Número 215 une as lutas quilombola eindígena. A PEC 215/2000 pretende transferir do Governo Federal para o Congresso Nacional a demarcação das terras indígenas. Acontece que, se com o Executivo os processos de demarcação já são emperrados, transferir essa competência para o Legislativo poderá significar o fim das demarcações de territórios indígenas e quilombolas, haja vista o poder  que bancadas como a ruralista dispõem nas Casas Legislativas. “Isso impacta não apenas os territórios quilombolas, mas também os indígenas, bem como áreas de preservação ambiental”, disse Meire.

Ela citou como exemplo de ataques sofridos pelos indígenas a recente anulação, por um órgão do Supremo Tribunal Federal (a Segunda Turma do STF), da Portaria do Ministério da Justiça que declara a terra indígena Porquinhos como de posse permanente do grupo Canela-Apãniekra. Para os defensores dos direitos indígenas, a anulação abre um precedente perigoso que poderá atingir outras áreas demarcadas. A decisão do STF escora-se no julgamento da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, segundo a qual área anteriormente demarcada não pode ser ampliada. Acontece que Porquinhos já é de posse do povo Canela, e a decisão pode abrir as portas para a entrada de fazendeiros e grileiros na área.

A decisão foi dada em resposta ao Recurso de Mandado de Segurança, impetrado pelos municípios maranhenses de Fernando Falcão, Formosa da Serra Negra e Barra do Corda. Não é raro que prefeituras representem os interesses do agronegócio em área de conflitos com povos tradicionais. A decisão do STF vai ao encontro do que espera a bancada ruralista no Congresso Nacional, que busca abrir precedentes desse porte para barrar as demarcações de terras ocupadas por povos tradicionais no Brasil.

Em razão de os ataques atingirem vários grupos, “a mobilização, portanto, também é conjunta, pois ataques a direitos afetam a todos, tanto comunidades quilombolas quanto indígenas”, pontuou Diogo Cabral, quer alertou: “Quilombolas e indígenas estão sendo exterminados!”.

Segundo ele, esses ataques não afetam apenas aos povos atingidos diretamente, mas afetam o Maranhão, já que a preservação desses territórios implica na preservação de tudo o que neles há: “Rios, cerrados, terras e nascentes estão nesses territórios. A gente acaba não fazendo as relações, por exemplo, entre falta d’água e outras dificuldades que vão aparecendo com os ataques a essas áreas. Mas preservar os territórios e os direitos de suas populações é, também, preservar o Maranhão e o meio ambiente”, refletiu.

Afinal, por que a ferrovia da Vale foi interrompida?

Anacleta Pires da Silva, da comunidade Santa Rosa dos Pretos, da cidade de Itapecuru-Mirim, tratou de responder em profundidade a essa questão: “Essa resposta poderia estar em cada maranhense, em cada brasileiro, que não tem consciência daquilo que representa essas empresas para a nossa gente. Não estamos na ponta: estamos na raiz de tudo isso. Elas causam dano não só para nós, quilombolas e indígenas. Eu gostaria que o Maranhão, o Brasil e o mundo tomassem consciência, enquanto seres humanos que todos somos. Nós quilombolas também passamos por fases: já ouvimos demais. Ouvimos que cansamos. E hoje, o fechar da ferrovia, esse dragão perigoso que está aí, que para muitos vale, mas para nós não vale. Ela (a empresa) está no mundo todo (por isso seria bom que todos tomassem consciência). Clamamos para que os outros se sensibilizassem dessa situação. Não somos vândalos. Estamos é sentindo os danos. A nossa luta é junto com os companheiros indígenas, porque o nosso sofrimento não é diferente, até porque eu também me acho índio. Não tem o artigo 5º da Constituição Federal que diz que todos nós somos iguais perante a lei? Então que se cumpra a Constituição (e as corporações não sejam tratadas de modo diferente, com privilégios). Estamos aqui não só por Santa Rosa, mas pelo Maranhão, pelo Brasil, pelo mundo! E esse discurso de desenvolvimento não nos contempla!”, desabafou.

Sislene Silva, da Rede Justiça Nos Trilhos, complementou, exemplificando de quais formas esse discurso do desenvolvimento, encampado pelas empresas e pelo estado, tem impactado as comunidades: “Tem afetado os direitos humanos dessas comunidades, o direito de ir e vir, tem causado o atropelamento de pessoas, alterado modos de vida e a produção social das comunidades. A Vale, por exemplo, nunca reconheceu que causa esses impactos, mas na Justiça Federal há três ações civis públicas por conta da violação de direitos pela presença dos trilhos da EFC, situação que só se agrava com a duplicação que vem sendo feita sem que se realizem os estudos de impacto adequados, sem EIA/RIMA, apenas com PBA”, detalhou.

As comunidades suspenderam a ocupação, mas aguardam o prazo que foi dado às autoridades para atender suas reivindicações. Caso estas não sejam observadas a contento, respeitando-se o direito de existência dessas populações, elas se mostram dispostas a, juntas, montar suas barricadas novamente, conscientes da defesa intransigente de seus direitos.

Estacionamentos públicos no centro são privatizados por flanelinhas

estaçao  Os estacionamentos na área do centro histórico são cada vez mais disputados. Nenhum cidadão consegue estacionar seu veículo em qualquer lugar que não seja regulamentado pela prefeitura, se não acatar exigências de flanelinhas. Se por acaso não houver nenhum deles presentes por ocasião do estacionamento, na saída surgem dois ou mais estabelecendo preços e fazendo pressão para que o proprietário do veículo pague um valor a ser rateado entre os dois, três ou mais. Há casos dos que intimidam e chegam até fazem ameaças, e como a violência predomina em todos os locais da cidade, ceder como garantia da vida se tornou a única alternativa para muita gente.

Na rua 14 de Julho, entre as ruas Herculano Parga e 28 de Julho, flanelinhas que privatizaram o estacionamento permitido no local, colocam grades de madeira e outros objetos,  como observação de que o local é de total responsabilidade deles e só pode  estacionar quem estiver disposto a acatar as suas exigências. A afronta é desafiante, mas por falta de fiscalização os flanelinhas  impõem regras e ameaças. Quem se recusar pode ter o veículo riscado e corre pode receber insultos e agressão física.

Ministério Público aciona prefeito e ex-prefeito de Santo Antonio dos Lopes por improbidade administrativa

mapaA Promotoria de Justiça da Comarca de Santo Antônio dos Lopes ingressou, no último dia 7, com uma Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa contra Eliomar Alves de Miranda e Roberval Campelo da Silva, ex-prefeito e prefeito de Capinzal do Norte, respectivamente. Capinzal do Norte é Termo Judiciário da Comarca de Santo Antonio dos Lopes.

A ação foi motivada por uma dívida, de quase R$ 1,8 milhão, do Município junto à Companhia Energética do Maranhão (Cemar). Os valores referem-se a um acordo firmado entre a prefeitura e a Cemar em setembro de 2010, além de contas em aberto do período de maio de 2012 a junho de 2013.

Autor da ação, o promotor de justiça Julio Aderson Borralho Magalhães Segundo ressalta que a inadimplência vem gerando uma enorme dívida em juros e multa, além da possibilidade de suspensão no fornecimento do serviço, o que já aconteceu e foi revertido por decisão judicial. O promotor também observa que, embora no processo existam acordos e confissões de dívida, em momento nenhum o Município apresentou as leis orçamentárias com a previsão dos pagamentos.

“Quando os réus frustraram o devido pagamento à concessionária de energia elétrica, incorreram em improbidade, pois agiram de forma negligente no que diz respeito à conservação do patrimônio público”, afirma, na ação, Julio Magalhães Segundo.

Caso sejam condenados por improbidade administrativa, Eliomar Alves de Miranda e Roberval Campelo da Silva estarão sujeitos ao ressarcimento integral do dano, à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por três a cinco anos, ao pagamento de multa de até 100 vezes a remuneração recebida no cargo de prefeito e à proibição de contratar ou receber qualquer tipo de benefício do poder público pelo prazo de três anos.

 (CCOM-MPMA)

Caema é multada por corte indevido no fornecimento de água em Presidente Dutra

DUTRAPor descumprimento de decisão judicial, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) foi condenada a pagar multa no valor de R$ 2 mil por corte indevido no fornecimento de água em unidades residenciais de Presidente Dutra (a 350km de São Luís). A sentença, datada do dia 15, quarta-feira, é da juíza Glaucia Maia de Almeida, titular da 1ª vara da comarca.

A medida atendeu à reclamação do Ministério Público Estadual que informou que a Caema não está cumprindo a determinação da Justiça, de 30 de julho deste ano, que previa a suspensão da cobrança da taxa de água até a regularização do serviço.

De acordo com o promotor de justiça Rosalvo Bezerra de Lima Filho, apesar da decisão judicial, a empresa continua efetuando o corte no fornecimento de água dos consumidores que atrasaram o pagamento das contas geradas.

Na sentença atual, a juíza determinou também que a Caema faça a religação imediata das unidades onde foram realizados os cortes. “O não cumprimento determinado na presente ensejará instauração da respectiva persecução penal pela prática do crime de desobediência”, avisa a magistrada.

A sentença resulta de Ação Civil Pública, ajuizada em novembro de 2010, na qual o Ministério Público questionou a cobrança, mesmo diante das constantes interrupções no abastecimento. Então titular da 1ª Promotoria de Justiça de Presidente Dutra, Lindonjonson Gonçalves de Sousa, requereu a suspensão da cobrança até a melhoria na qualidade do serviço.

 CCOM-MPMA

O 1% dos mais ricos detém a metade da riqueza mundial, diz relatório

          O grupo que compõe o 1% mais rico da população mundial está ficando mais rico ainda, detendo mais que 48% da riqueza global, segundo um relatório publicado nesta terça-feira, que alertou também que a desigualdade crescente poderá provocar uma recessão.

A reportagem foi publicada pelo jornal The Guardian

De acordo com o Relatório Global de Riqueza de 2014 do banco Credit Suisse, uma pessoa precisa apenas de US$ 3.650,00 para estar entre os mais ricos do mundo. No entanto, exige-se mais de U$ 77.000 para alguém ser membro dos 10% que mais concentram a riqueza mundial, e U$ 798.000 para pertencer ao 1%.

“Considerada em seu conjunto, a metade de baixo da população global detém menos de 1% da riqueza total. Em contraste, os 10% mais ricos concentram 87% da riqueza mundial, e o 1% dos mais ricos contabiliza 48% dos ativos mundiais”, lê-se no relatório anual, agora em seu quinto ano.

O relatório, que calcula que a riqueza global tem crescido a um novo recorde – U$ 263 trilhões, mais do que o dobro dos 117 trilhões de dólares calculados para 2000 –, descobriu que a Inglaterra foi o único país no G7 a registrar um aumento na desigualdade no século XXI.

Ativistas antipobreza da organização Oxfam apoderaram-se destes resultados. No início do ano, eles haviam publicado uma pesquisa que mostrava que as 85 pessoas mais ricas ao redor do globo partilham uma riqueza combinada de 1 trilhão de libras esterlinas, nada menos do que os 3.5 bilhões mais pobres da população mundial.

“Estes números dão provas de que a desigualdade está extrema e crescendo, e que a recuperação econômica após a crise financeira tem ocorrido em favor dos mais ricos. Nos países pobres, o aumento da desigualdade significa a diferença entre os filhos terem, ou não, a oportunidade de ir para a escola/universidade e pessoas doentes de receber, ou não, medicamentos que salvam vidas”, disse a chefe Emma Seery, da Oxfam.

“Na Inglaterra, os sucessivos governos não conseguiram se familiarizar com o aumento da desigualdade. Este relatório mostra que os menos capazes em termos financeiros pagaram o preço da crise enquanto que mais riquezas inundaram os cofres dos mais ricos”.

O aumento de 20.1 trilhões na riqueza mundial ao longo do último ano é o maior registrado desde 2007. O total tem aumentado a cada ano desde 2008 e, atualmente, está 20% acima de seu pico antes da crise, segundo o relatório.

Nos EUA, a riqueza no ano passado cresceu 12.3 trilhões, tanto quanto o país perdeu na crise financeira.

Os analistas do Credit Suisse apontaram para o debate provado pela obra publicada por Thomas Piketty a respeito das tendências a longo prazo sobre a desigualdade. Disseram que, embora a desigualdade tenha crescido muitos países fora do G7, dentro do grupo das economias mais desenvolvidas foi somente na Inglaterra que ela, a desigualdade, aumentou desde a virada do século.

“Somente um destes países, a Inglaterra, registrou uma desigualdade crescente ao longo de todo o período de 2000 a 2014, e somente três mostraram um aumento após 2007: França, Itália e Inglaterra”, diz o relatório.

Sobre a Inglaterra, diz afirma: “Atualmente, o padrão da distribuição de riqueza na Inglaterra é bastante comum para uma economia desenvolvida. Quase 60% da população tem uma riqueza que excede os 100 mil dólares e há dois milhões de milionários entre a população”.

Outros cálculos feitos pela equipe do Credit Suisse “sugerem um aumento da desigualdade na participação da riqueza global em anos recentes”, e mostram que a riqueza geral nos EUA cresceu num ritmo mais rápido do que os rendimentos. Os autores alertaram que isto é uma tendência que pode levar à recessão.

“Por mais de um século, a taxa de rendimento da riqueza tem, em geral, ficado num intervalo estreito entre 4 e 5. No entanto, esta taxa se elevou, brevemente, acima de 6 em 1999, durante a bolha da internet, e quebrou tal barreira novamente durante o período de 2005 a 2007. Voltou ao ‘nível normal’ na sequência da crise financeira, mas o declínio vem sendo, desde então, revertido, e a taxa está agora num nível alto recorde de 6.5, podendo ser comparado somente com o período da Grande Depressão. Trata-se de um sinal preocupante, visto que as taxas de rendimento da riqueza demasiado altas sempre sinalizaram, no passado, uma recessão”, diz o relatório.

A China, hoje, tem mais pessoas no top 10% dos detentores da riqueza mundial do que qualquer outro país, exceto os EUA e Japão, tendo ocupado o terceiro lugar nos rankings, ultrapassando a França, a Alemanha, a Itália e a Inglaterra.

Fonte Unisinos

Comissão de Transição do governo eleito pede informações ao governo atual e algumas relacionadas a Secretaria de Estado da Saúde

     politica O deputado estadual Marcelo Tavares e o jornalista Márcio Jerry, futuros Secretários de Estado do Governo Flávio Dino e os advogados Carlos Eduardo Lula e Rodrigo Lago, como integrantes da Comissão de Transição do Governo Eleito iniciaram os primeiros entendimentos com a Chefa da Casa Civil do Governo Roseana Sarney, Anna Graziella Costa. O coordenador da equipe, deputado Marcelo Tavares já fez algumas solicitações, dentre as quais informações orçamentárias, o tamanho da folha de pagamento, relatório da Lei de Responsabilidade Fiscal, demonstrativos de obras em andamento, dívida pública, resumo dos programas que estão sendo executados por cada secretaria estadual e relatório detalhado sobre hospitais em funcionamento, não entregues ou não concluídos.

     O início dos trabalhos da Comissão de Transição do futuro governo, já tem causado certa preocupação em alguns gestores de órgãos públicos, quanto a questão das informações que deverão fornecer, principalmente na Secretaria de Estado da Saúde, detentora de uma caixa preta que é mantida com o próprio titular da pasta e que tem proporcionando um clima de tensão em vários segmentos do órgão com a proximidade do final da administração de Roseana Sarney. O mais grave é que o secretário Ricardo Murad para centralizar todos os recursos destinados para os programas e para instituições, inclusive da Caema, mantém uma conta com todas as verbas. Há uma preocupação muito grande entre gestores de unidades hospitalares e de programas que não conseguem acompanhar receitas e nem despesas, o que pode se constituir em grande embaraço e complicador para muitas pessoas.  Outro grande mistério dentro da Secretaria de Saúde reside nas Organizações não Governamentais, que são responsáveis pelas administrações de inúmeras unidades do Sistema Estadual de Saúde.

Debate da Band foi mais favorável a Aécio Neves

politicaO debate promovido pela Rede Bandeirante de Televisão foi muito importante para os eleitores avaliarem aspectos das propostas tanto de Dilma Rousseff e Aécio Neves, candidatos à presidência da república.

        Corrupção e impunidade estiveram no centro das discussões e chegou a proporcionar troca de farpas. O interessante é que Aécio Neves contestou inúmeras declarações de Dilma Rousseff, inclusive chegando a qualificá-la de estar faltando com a verdade e chegou ao extremo de afirmar que ela estava utilizando sofismas e posteriormente afirmou que era portadora de mentiras. Dilma Rousseff, bastante nervosa e encontrando dificuldades para colocar propostas ou revidar ataques, acabou se complicando. A verdade é que a equipe da presidente não municiou a candidata com informações e documentos para ela fazer o enfrentamento ao adversário. Ele bastante firme e bem informado conseguiu impressionar muito mais os eleitores, levando-se em conta ser um experiente tribuno com expressões bem claras e até mesmo convincentes.

        Hoje conversei com várias pessoas que assistiram ao debate de ontem, e a maioria achou que o desempenho de Aécio Neves foi melhor e registraram que Dilma Rousseff poderia ter um melhor desempenho, se a sua coordenação de campanha lhes dessem maiores subsídios. Como devem ocorrer dois outros debates, a expectativa é que os enfrentamentos passem a ser mais inflamados com acusações parte a parte, mas naturalmente não devem faltar propostas de politicas sociais e importantes aspectos inerentes a economia e o combate a corrupção deslavada que domina o país.

        O ex-presidente Luís Inácio Lula, que na campanha do primeiro turno assumiu por sucessivas vezes o papel que deveria ser de Dilma Rousseff, acabando merecendo criticas dentro do seu próprio bloco partidário. Ele retornará ao horário eleitoral na televisão como defensor da campanha da presidente da república e não como se fosse o próprio candidato.