Atleta brasileira expulsa da delegação das Olimpíadas se manifesta e denuncia assédio dentro da seleção

A nadadora Ana Vieira foi expulsa da delegação brasileira nas Olimpíadas de Paris. Segundo informações, o motivo foi indisciplina. De acordo com o chefe da natação Gustavo Otsuka, a atleta saiu da vila olímpica sem autorização e teve reação agressiva ao contestar mudanças na formação do revezamento.

“A única forma que a gente colocou sobre a agressividade foi durante as conversas sobre as mudanças no revezamento. Foi nesse momento e nesse período que achamos por bem levar à comissão disciplinar essa situação e as condições dentro do que o próprio regulamento exige”, disse.

Ana Vieira se pronunciou neste domingo, 28, sobre o incidente. Ela disse que ia provar sua inocência e que fez uma denúncia sobre um episódio de assédio na seleção brasileira.

“Já fiz uma denúncia e nada foi resolvido de assédio dentro da Seleção. Assim, espero que vocês consigam se conter um pouco que eu vou falar tudo com os advogados. Prometo falar tudo, é isso. Estou bem, estou triste, nervosa, mas estou com o coração em paz. Sei quem eu sou, do meu caráter, da minha índole. Espero ainda poder defender a natação brasileira feminina, só peço tempo e um pouco de paciência”, disse.

Jornal da Cidade Online

José Bonifácio Sobrinho, ex-vice-presidente da Globo rompe o silêncio e fala sobre o “pontapé na bunda”

Em uma conversa com Igor Coelho no podcast ‘Flow’, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, de 88 anos, ex-vice-presidente da Globo, revelou detalhes sobre sua saída da emissora em 1997, principalmente para mostrar a verdade e acabar de vez com muitas especulações sobre a verdade dos fatos.

Diferente do que muitos pensavam, não foi uma decisão consensual. “Fui ‘saído’. Sempre imaginei que um dia fosse parar, mas nunca imaginei que fosse por decisão dos outros. Pensei que fosse dar o aviso-prévio”, afirmou o executivo, responsável por implementar o alto padrão de qualidade no canal. Boni disse que, naquele momento, “não tinha razão nenhuma para sair da empresa”. A Globo vivia um período de audiência crescente e recorde de faturamento. Ele afirmou que Roberto Irineu, filho mais velho do fundador Roberto Marinho, “quis ficar com o brinquedinho, é o dono”. Apesar disso, ressaltou que não guarda mágoas. “Gosto dele.”

O executivo lamentou a maneira abrupta como ocorreu seu desligamento e a falta de reconhecimento por sua contribuição na transformação da Globo em uma das maiores redes de TV do mundo.

“Nós éramos felizes e sabíamos. Eu poderia ter saído de outra forma. Merecia, pelo que fiz na TV Globo, pelo que nós todos fizemos lá”, comentou. “Construímos aquela coisa e demos para eles (a família Marinho) de presente. Eu merecia um carinho, um afago. Não precisava ser um jantar de 400 pessoas, mas precisava que passasse a mão na minha cabeça, ou pelo menos, com um tapinha nas minhas costa,s de ‘obrigado’. Mas eu recebi um pontapé na bunda.” E riu após esse desabafo.

Boni sabia da importância de preparar seu sucessor para comandar o artístico e o jornalismo, mas não houve tempo nem candidatos.

“Eu achava que era fundamental sair da TV Globo para ela se renovar. Eu não construí a minha sucessão. Sem modéstia nenhuma, por razões acidentais, não tinha outro Boni.”

O impacto de sua saída foi notável: após sua demissão, a emissora nunca foi a mesma. Apesar das transformações no audiovisual e do surgimento de concorrentes variados, a Globo enfrentou dificuldades para se reinventar. Ainda é líder no Ibope e fatura R$ 15 bilhões por ano, mas perdeu parte da influência, da criatividade e do glamour que marcaram a era Boni.

O ex-todo-poderoso da TV mantém um laço profissional com os Marinhos: desde 2003, ele e seus quatro filhos, incluindo Boninho, diretor do ‘Big Brother Brasil’ e outros programas, são sócios da TV Vanguarda, afiliada da Globo no Vale do Paraíba, interior paulista. Anos atrás, Boni tentou comprar o SBT. Chegou a fechar acordo com Silvio Santos, mas as negociações nunca foram efetivadas.

Jornal da Cidade Online

TCE-MA pode aplicar penalidades aos gestores que não enviaram Relatório de Gestão Fiscal (RGF)

Procedimento realizado pela Secretaria de Fiscalização do Tribunal de Contas do Estado (Sefis) identificou que vinte e sete prefeituras municipais homologaram os dados dos demonstrativos do Relatório de Gestão Fiscal (RGF) relativos ao 1º quadrimestre fora do prazo estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), e que nove prefeituras estão inadimplentes em relação a essa obrigação. Os fiscalizados que se enquadram nesses dois casos descumprem o art. 10, inciso I, da Instrução Normativa TCE-MA nº 60/2020.

Em decorrência disso, a Sefis determinou a abertura de procedimentos de apuração de responsabilidades e aplicação de multa pelo não envio ao TCE do Relatório de Gestão Fiscal (RGF), nos prazos e condições estabelecidos na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 e art. 11 combinado com o art. 10, I da Instrução Normativa TCE/MA nº 60 de 2020, alterada pela IN nº 61/2020, no valor de até 30% (trinta por cento) dos respectivos vencimento anuais, conforme art. 5º da Lei nº 10.028, de 19 de outubro de 2000 – Lei de Crimes Fiscais, por meio do instrumento processual da Representação.

Os auditores do TCE também vão apurar eventuais responsabilidades solidárias dos responsáveis pela contabilidade e pelo controle interno, nos mesmos autos da representação.

Homologaram os dados fora do prazo as seguintes prefeituras: Arame, Barra do Corda, Barreirinhas, Bom Jardim, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Conceição do Lago-Açu, Gonçalves Dias, Imperatriz, Jatobá, Lagoa Grande do Maranhão, Lago do Junco, Lago Verde, Luís Domingues, Magalhães de Almeida, Matinha, Parnarama, Santa Helena, Santa Luzia, Santa Quitéria do Maranhão, São Bento, São Domingos do Azeitão, São Domingos do Maranhão, São Francisco do Maranhão, São João do Sóter, São José de Ribamar e São Roberto. Estão inadimplentes em relação ao envio das informações as prefeituras de Amapá do Maranhão, Cidelândia, Coroatá, Davinópolis, Junco do Maranhão, Mata Roma, Miranda do Norte, Peritoró e Turiaçu.

Como explica o secretário de Fiscalização do TCE, Fábio Alex de Melo, os dados relativos à gestão fiscal são essenciais no âmbito da administração pública e as normas a eles relativas devem ser cumpridas integralmente. “Os Relatórios de Gestão Fiscal permitem que o controle externo acompanhe o cumprimento dos limites estabelecidos pela Lei de Gestão Fiscal (LRF), como os vinculados às despesas com pessoal, dívida consolidada líquida, concessão de garantias e contratação de operações de crédito. O imenso volume de dinheiro público envolvido nesses campos requer ações fiscalizatórias cada vez mais ágeis e eficazes.”, afirma.

ASCOM-TCE-MA

 

Chile e Argentina não reconhecem vitória de Nicolás Maduro e Lula fica em silêncio

Líderes mundiais questionam a lisura do processo eleitoral

Líderes mundiais declararam que não vão reconhecer a vitória do ditador Nicolás Maduro, declarado vencedor no pleito que renovou o mandato à frente da Venezuela neste domingo (28). Vários países manifestaram insatisfação e desconfiança em relação ao processo eleitoral. Na América do Sul, Chile e Argentina declararam que não vão reconhecer o resultado das eleições, sob desconfiança de fraude.

“O regime de Maduro deve entender que os resultados publicados são difíceis de acreditar. A comunidade internacional e sobretudo o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exige total transparência das ações e do processo, e os observadores internacionais não se comprometem com o governo na conta da veracidade dos resultados. Desde o Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável”, declarou o presidente chileno, Gabriel Boric.

O presidente da Argentina, Javier Milei, cita dados que apontam para a vitória da oposição e afirmou que não vai reconhecer o ditador como vencedor do pleito.

A Argentina não vai reconhecer outra fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular. A liberdade avança na América Latina”, disse o argentino.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Espanha, José Manuel Albares, cobrou transparência na contagem de votos, “Queremos total transparência e por isso pedimos a publicação da ata tabela por tabela”.

Luís Lacalle Pou, presidente do Uruguai, também levantou desconfiança sobre o processo.

“Era um segredo aberto. Eles iam ‘ganhar’ sem prejuízo dos resultados reais. O processo até ao dia da eleição e da contagem foi claramente falho”, declarou o uruguaio.

No fim da manhã, o Itamaraty divulgou uma nota saudando o “caráter pacífico” das eleições. Veja abaixo:

O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração. Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados. Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito.

Diário do Poder

 

Pente-fino no INSS: Especialista explica mudanças previstas a partir de agosto

Ação visa aprimorar a precisão dos benefícios assistenciais e por incapacidade, com foco na correção de irregularidades e na economia de recursos públicos

– O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começará, em agosto, uma nova fase de revisão dos benefícios previdenciários, conhecida como Pente Fino do INSS. Esta ação tem como objetivo principal atualizar a situação e as condições dos beneficiários, garantindo a precisão dos benefícios assistenciais e por incapacidade, além de corrigir eventuais irregularidades e economizar recursos públicos.

Segundo Pietro Ceccatto, diretor-geral da Assessoria Previdenciária do Brasil, o processo de revisão é uma medida necessária para verificar se os beneficiários continuam atendendo aos critérios estabelecidos. “O INSS precisa saber se a pessoa que recebe o benefício por incapacidade temporária, por exemplo, melhorou e pode retornar ao trabalho. Já no caso do BPC e do Loas, é essencial confirmar se a renda familiar per capita dos beneficiários ainda se enquadra nos limites legais”, explica Ceccatto.

Ceccatto reforça que a revisão dos benefícios é uma atualização necessária para garantir a justiça e a eficiência na distribuição dos recursos públicos. “É fundamental verificar se as condições que justificaram a concessão do benefício ainda permanecem. Isso não é apenas uma medida de controle, mas uma forma de assegurar que aqueles que realmente necessitam continuem a ser atendidos”, comenta.

A revisão abrangerá benefícios por incapacidade temporária, anteriormente conhecidos como auxílio-doença, e benefícios assistenciais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), destinados a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Ceccatto destaca que essa abordagem já foi testada com sucesso anteriormente. Até maio de 2024, o programa de revisão analisou 57.700 benefícios, resultando na cessação de 37.325 e na suspensão de 20.375, economizando R$ 750,85 milhões em pagamentos indevidos. “A revisão sistemática ajuda a evitar fraudes e garante que os recursos públicos sejam usados de forma eficiente, beneficiando aqueles que realmente precisam”, diz. Segundo o especialista, o processo de revisão será feito por meio de uma análise dos dados dos beneficiários. Caso sejam identificadas irregularidades, os receberão uma convocação para apresentar a documentação necessária ao INSS e confirmar a continuidade de seus benefícios. “Para o Benefício por Incapacidade Temporária, os beneficiários que solicitam prorrogação serão encaminhados para uma perícia médica presencial. É recomendável que tragam toda a documentação médica atualizada que justifique a necessidade de afastamento do trabalho” detalha Ceccatto.

No caso do BPC e do Loas, os beneficiários devem apresentar a documentação atualizada para comprovar que atendem aos critérios estabelecidos, especialmente se houver inconsistências após o cruzamento de dados. Ceccatto alerta que os beneficiários serão notificados por diversos meios — eletrônicos, postais, pessoais ou por edital — e terão um prazo de 30 dias para fornecer a documentação requerida.

“Agendamentos para perícias médicas podem ser feitos pelo site ou aplicativo Meu INSS, ou pela Central 135. É fundamental manter o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e as informações de contato atualizadas junto ao INSS”, ressalta o especialista. Para os beneficiários do BPC/Loas, é necessário atualizar também os registros no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) dos municípios.

 BRASIL 61

Eleições 2024: Entenda quais são as permissões e proibições na hora de votar

Veja também como funciona a urna eletrônica e as orientações do Tribunal Regional Eleitoral para o pleito

Diante da urna eletrônica, os eleitores precisam inserir no equipamento o número do candidato ou candidata escolhidos para representá-los em determinado cargo para sua cidade ou região administrativa. E, para que as eleições sejam 100% seguras, algumas regras precisam ser seguidas.

Segundo apuração feita pelo Brasil61, não há proibição para que crianças acompanhem seus pais durante a votação, desde que não haja intervenção durante o voto ou prejuízo para o funcionamento da seção eleitoral. É vedado, porém, o uso de aparelhos celulares, máquinas fotográficas, filmadoras, equipamentos de radiocomunicação ou quaisquer instrumentos que possam comprometer o sigilo do voto, ficando estes, sob a posse do guarda da mesa receptora até o fim da votação do eleitor.

Sabrina Braga, professora de direito eleitoral e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), explica que, caso os eleitores tenham dúvidas sobre o número do candidato ou candidata, nos locais de votação existem listas com os nomes e números de todas as candidaturas disponíveis.

“A pessoa que vai votar agora nas eleições municipais vai encontrar no seu local de votação a lista com os nomes e números de todas as candidatas e candidatos a vereador ou vereadora, prefeito e prefeita, vice-prefeito ou vice-prefeita. Então, a pessoa, se tiver dúvida, pode paralisar a votação, pedir ao mesário para suspender o voto, a pessoa sai, procura um número, retorna até a urna eletrônica e conclui a votação.”

Segundo informações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, independentemente do motivo ou nível, podem ser auxiliadas no momento da votação por um indivíduo à sua escolha, mesmo que não tenham requerido a solicitação antecipadamente ao juizado eleitoral.

Para os deficientes visuais, serão assegurados:

  • A utilização do alfabeto comum ou do sistema braile para assinar o caderno de votação ou assinalar as cédulas, se for o caso;
  • O uso de qualquer instrumento mecânico que portar ou lhe for fornecido pela mesa receptora de votos;
  • Receber dos mesários orientação sobre o uso do sistema de áudio disponível na urna com fone de ouvido fornecido pela Justiça Eleitoral;
  • Receber dos mesários orientação sobre o uso da marca de identificação da tecla 5 da urna.

É permitido, ainda, o uso de instrumentos que auxiliem os eleitores que sejam analfabetos a realizarem a votação. Nesse quesito, os mesmos serão submetidos à decisão do responsável pela mesa receptora, não sendo a Justiça Eleitoral obrigada a fornecer tais ferramentas.

Urna eletrônica

A urna eletrônica não é nenhuma novidade para o eleitor brasileiro. Aqueles eleitores mais velhos, que não vão votar pela primeira vez em 2024, já usaram a ferramenta antes e sabem como funciona a máquina simples, que possui um teclado analógico, com 10 teclas com números que vão de 1 a 0.

Existem as teclas “branco”, criada para votos nulos ou inválidos, a tecla “corrigir”, que é laranja, e a tecla “confirma”, que é a tecla verde.

Alexandre Rollo, especialista em Direito Eleitoral e professor de pós-graduação em Direito Eleitoral da Escola Judiciária Eleitoral Paulista (TRE-SP), explica como funciona o processo.

“Ao digitar o número do candidato, vai aparecer, então, a foto do candidato na urna. Checo se é essa mesma minha opção. E se for, eu aperto a tecla verde, que é a tecla confirma. Se eu eventualmente digitei errado o número do meu candidato, eu posso corrigir com a tecla corrige, que é a tecla laranja. E se eu quiser votar em branco, tem uma tecla específica para isso, que é a tecla branca, onde está escrito a palavra branco. Então, apertando o branco, vai aparecer, então, na tela, o voto branco. E aí, se for esse mesmo voto, é só confirmar apertando a tecla verde.”

O especialista destaca, ainda, que existem dois conjuntos de votos que podem ser apresentados pelo eleitor no dia da eleição: válidos e inválidos. O voto válido é aquele dado em candidatos ou em partidos políticos, que é o voto de legenda nas eleições para vereadores e vereadoras, enquanto os inválidos são os brancos e nulos. Os dois tipos não são computados para nenhum candidato e nem para nenhum partido.

BRASIL 61

Je vous salue, Richelieu

                                                                                                     *Carlos Nina

Li e ouvi algumas considerações sobre o recente episódio alusivo à Santa Ceia, na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris. Condenando e defendendo a exibição. Os que condenavam, baseavam-se, principalmente, no respeito que deve merecer qualquer crença religiosa e seus símbolos. Os que defendiam, alegavam o direito de expressão artística, a liberdade.

Sem entrar no mérito, mas considerando esses elementos básicos de cada posição, entendo que as duas correntes têm razão. O respeito é essencial para qualquer convivência saudável. A liberdade, também.

A questão, para mim, é conceitual. O que cada um entende por respeito e liberdade.  E coerência. Haver ou não haver coerência no entendimento de cada um sobre esses substantivos. A coerência pressupõe que quem defende respeito, respeita o direito alheio, inclusive à liberdade; quem defende liberdade, deve respeitar a liberdade alheia.

No caso, se a apresentação teve a aprovação da organização das Olimpíadas parisienses, faltou-lhe coerência, pois, impediu que um atleta brasileiro usasse, em suas pranchas, a imagem de um monumento carioca mundialmente conhecido como Cristo Redentor, aliás, construído na França, inclusive com a colaboração de franceses.

O argumento do Comitê Olímpico, segundo o noticiário, foi de que, pelo artigo 50 do regulamento da competição, “não é permitido nenhum tipo de manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial”. Notificado, o atleta foi compelido a trocar as pranchas, sob pena de ser vetada sua participação.

Não é preciso muito esforço para se perceber a incoerência. Se a estátua estampada na prancha do surfista era de um monumento de seu país, não estava infringindo a regra suscitada. Se, entretanto, o monumento foi interpretado como manifestação religiosa, não há um mínimo de coerência na exibição da Santa Ceia – seja lá por quem ou da forma que fosse – ou de outra referência religiosa, independentemente da religião. Permitindo-a, o Comitê não respeitou a própria regra, porque usou dois pesos e duas medidas. Vetou a imagem de um monumento brasileiro, sob alegação de que era manifestação religiosa, mas permitiu a polêmica exibição da Santa Ceia, que é uma das mais eloquentes expressões do cristianismo.

O Comitê Olímpico foi igualmente incoerente no item da liberdade, pois, se permitiu a exibição da inusitada representação da Santa Ceia, apesar do artigo 50 de seu regulamento, não poderia vetar a liberdade do surfista de expor a imagem do monumento carioca, que recebe mais de dois milhões de visitas por ano, segundo dados do Parque Nacional da Tijuca, além de ter sido proclamado, em 2007, pela New Open World Foundation, uma das sete maravilhas do mundo moderno, juntamente com a Grande Muralha da China, Petra (Jordânia), Coliseu (Itália), Chichén Itzá (México), Machu Picha (Peru) e Taj Mahal (Índia), após concurso informal e popular por ela promovido, em consulta no mundo inteiro e apuração de mais de cem milhões de votos.

Sabe-se que a ignorância ronda o mundo contemporâneo e muitas das pessoas que ocupam cargos de comando, públicos ou privados, os conquistam menos por competência do que por ingerências políticas (?) ou interesses financeiros, mas, com certeza não é sequer razoável que o Comitê ignorasse a Santa Ceia e não imaginasse que a representação feria o artigo 50 do regulamento, usado com veemência contra o surfista brasileiro.

Ou será que alguém do Comitê disse que aquela era apenas uma apresentação artística alusiva à tela de um tal Leonardo da Vinci, exposta no Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão, Itália, sem qualquer significação religiosa?

Quanto ao mérito da performance, por quem faz e quem assiste, é avaliação e opção pessoal.

Lembro-me de que, quando estava na presidência da OAB-MA (1985/1989), o filme Je vous salue, Marie, foi proibido no Brasil. Um grupo de universitários me procurou na sede que havíamos inaugurado, na Rua do Alecrim – a primeira sede própria da OAB-MA no Maranhão. Queriam ver o filme. Garanti-lhes isso, por entender que era um direito deles. E que a mim, apesar de gostar muito de cinema e da propaganda que a proibição ensejou ao filme, não interessava, mas, como dirigente de uma instituição cujo estatuto (Lei 4.215/63) previa, em seu art.  18, I, como competência do Conselho Federal (e consequentemente dos Conselhos Seccionais, art. 28, I) a defesa da Constituição da República, não poderia agir de forma diferente, porque jamais me ocorreu tomar decisões na Instituição para atender gostos ou interesses pessoais, meus ou de terceiros, senão para defender a Constituição, o Estatuto e o Código de Ética da Advocacia.

E a Constituição da República (1969, artigo 150, §6º e 7º) assegurava aos brasileiros a inviolabilidade dos direitos concernentes à liberdade e, por motivo de crença religiosa, ninguém poderia ser privado de qualquer dos seus direitos, salvo se a invocasse para eximir-se de obrigação legal imposta a todos, assim como era livre a manifestação de pensamento, de convicção política ou filosófica e a prestação de informação sem sujeição à censura, salvo quanto a espetáculos de diversões públicas, respondendo cada um, nos termos da lei, pelos abusos que cometer.

Vejo, portanto, nas suas contradições, que o Comitê Olímpico surfou nos novos padrões de interpretação normativa. Desrespeitou o regulamento, ao permitir o que era vedado; desrespeitou a liberdade do brasileiro, ao lhe negar o mesmo direito conferido ao simulacro dos apóstolos; desrespeitou o regulamento, pela natureza inequivocamente política de que se revestiram ambas as suas decisões. Essa era uma incidência – manifestação política – também vedada pelo mesmo dispositivo usado contra o monumento carioca.

Mas o Comitê Olímpico não inovou em fazer de seu regulamento um instrumento flexível ao sabor das mais esdrúxulas conveniências.  Afinal, estão por aí nações inteiras sendo comandadas por psicopatas que, sob o discurso de defesa da democracia, violam todos os seus princípios.

Quem sabe tudo não passou de uma encenação mais ampla para homenagear o francês Armand Jean du Plessis, pois, no absolutismo do Cardeal de Richelieu, as condutas discriminatórias do Comitê Olímpico encontrariam guarida.

Carlos Nina

*Advogado e Jornalista

carlos.nina@yahoo.com.br

 

Com a iminente “derrocada” de Maduro, surge conteúdo que devastará a esquerda nas eleições brasileiras

Neste domingo (28), o ditador Nicolás Maduro busca um terceiro mandato, mas pesquisas de opinião mostram que ele está 20 pontos atrás do candidato da oposição Edmundo Gonzalez, um ex-embaixador. A derrota parece ser apenas uma questão de tempo. Maduro, cuja reeleição em 2018 é considerada fraudulenta pelos Estados Unidos e outros países, afirmou que o sistema eleitoral venezuelano é o mais transparente do mundo e acusou a oposição de planejar alegar fraude e semear “caos e violência”. Ele chegou a atacar o sistema eleitoral brasileiro nos últimos dias.

A oposição e grupos de defesa dos eleitores dizem que decisões logísticas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) podem dificultar o acesso livre ao voto para os 21,3 milhões de eleitores registrados no país. Aqui no Brasil, em poucos meses, o povo vai viver mais uma eleição. Não é segredo para ninguém que o “trauma” de 2022 ainda persiste. Ninguém consegue entender como o petista Lula – que não consegue sair às ruas sem ser xingado – venceu as eleições contra Jair Bolsonaro, que é aplaudido, ovacionado e tratado como “herói” por onde passa.

Um corajoso parlamentar, com passagens por PT, PSOL e PCdoB, acaba de lançar sua biografia afirmando que as revelações vão “destruir” inúmeras candidaturas da esquerda em 2024 e 2026. Rodrigo Maroni diz ainda que o livro O Homem-Bomba da Política – Por Dentro do Covil da Esquerda é retrato fiel dos mais de 20 anos em que viveu dentro da militância. Maroni revela crimes, acordos, corrupção, rachadinhas e muito mais. Veja imagens do livro:

Desde que resolveu abrir a “caixa-preta”, ele foi processado, atacado e já recebeu ameaças de morte. Caso queira conhecer e adquirir esse livro antes que a censura o proíba, clique no link abaixo: https://www.conteudoconservador.com.br/products/o-homem-bomba-da-politica-por-dentro-do-covil-da-esq…

Jornal da Cidade Online

 

Uma grande conquista da humanidade está se perdendo pela ganância e pela falta de solidariedade

   
                                                                            * Eurico Borba

As Instituições Democráticas que propiciam a efetivação da liberdade, a igualdade das pessoas perante as Leis, a imprensa livre, a representação do povo eleita periodicamente, são percebidas na superficialidade de suas manifestações concretas. A liberdade é entendida, pela maioria, como a possibilidade da não aceitação e do não cumprimento de obrigações sociais, desdenhando quaisquer responsabilidades com a construção do Bem Comum, considerando tais convocações manifestações ditatoriais do Estado.

A esculhambação geral, na vida das sociedades, parece ser o ideal democrático realizado na sua plenitude, permitindo a ascensão do totalitarismo, como a única solução para o restabelecimento da necessária ordem social.

O cenário descrito é internacional. Com a atual crescente onda autoritária, que está acontecendo nas eleições de muitos países, estamos correndo o risco de ampliação das atuais guerras e conflitos. As novas lideranças eleitas são incapazes de dialogar, com competência e boa vontade, pois geralmente são constituídas por pessoas toscas, que demagogicamente agradam a maioria do eleitorado, com pouca ou nenhuma formação.

A Democracia não resolveu o problema da miséria, da proteção ambiental e da justa distribuição da riqueza gerada. As pessoas que vivem na miséria, (e são muitas), passando fome, sem emprego, sem moradia decente, sem transporte, saúde e educação, são cidadãos e cidadãs que não podem ser consideradas livres. Não se interessam em discutir as exigências do ideal democrático: elas querem apenas comer. Acreditam nas demagógicas promessas de melhoria da qualidade de suas vidas, elegendo pessoas inadequadas, aprofundando a crise global que estamos vivendo.

O poder político foi conquistado, há muitas décadas, por um grupo ganancioso, competente nas suas atividades e articulações com o poder econômico, com a finalidade de manter o poder de orientar o viver das sociedades. A utilização cada vez mais intensa das técnicas do marketing político e econômico, associados com a informática e os enormes arquivos de informações individualizadas, liquidam com a privacidade das pessoas e dificultam muito a já escassa capacidade de discernimento e escolhas dos mais pobres. Com essas informações despertam irreprimíveis desejos de consumo e o convencimento da necessidade de orientações políticas totalitárias.  Submissos a essas orientações a maioria das populações passam a pensar e agir como deseja a classe dominante.

Hoje o pensamento totalitário, utilizando-se dos instrumentos da Democracia e da ambição desmesurada das pessoas, está conquistando o poder político em vários países, impondo sua maneira de viver e de pensar, de acordo com as premissas do individualismo. Caminhamos para o fim da Democracia que, associado à crise climática, são os indicadores maiores da possibilidade do fim da Humanidade, em futuro não muito distante.

A esperança de recuperação do ideal democrático reside nas Instituições Democráticas, que continuam a resistir as intenções de serem ultrapassadas pelo “modernismo” individualista, por força das Constituições e Leis, que as definiram, no entusiasmo inicial do processo transformador das sociedades, séculos atrás. Foi um período histórico específico do Ocidente, quando o ambiente social apresentava uma forte densidade moral, fruto da pregação, por séculos, da Igrejas Cristãs Históricas.

O mais importante é respeitar a vontade do Povo, (que se manifesta pelos votos dos seus representantes, eleitos periodicamente, quase sempre pessimamente escolhidos por um eleitorado desinformado e mal preparados intelectualmente, aspecto que é conveniente relembrar pois explica a maior parte do atual declínio da Democracia). No entanto, por seus exemplos, ações e resistências, as Instituições Democráticas, como que tendo vida própria, poderão vir a permitir, na atual caótica turbulência política, o ressurgimento dos princípios Humanistas fundadores, como a fênix de uma Democracia a ser melhor praticada, com a plena vigência do Estado de Democrático de Direito. Por isso é preciso protege-las e respeitá-las.

A conscientização dos povos da necessidade do reerguimento deste ideal ético permanente, é a principal e urgente missão das Universidades, dos Intelectuais, da Mídia, das Igrejas Cristãs Históricas e das tradicionais Religiões do Oriente.

*Eurico de Andrade Neves Borba, aposentado, mora em Ana Rech, Caxias do Sul, RS. Escritor, ex professor da PUC RIO, ex Presidente do IBGE é do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade.   eanbrs@uol.com.br

 

Pra sempre jovem?

*Por Leonardo de Moraes

Neste Dia dos Avós (26/07), vale destacar que envelhecer se tornou um pecado, o pavor de toda uma geração. Mas quando foi que esse medo ficou tão fora de controle?

Arrisco dizer que importamos da cultura estadunidense, os “times is money” e “forever Young,” tão presentes no mercado financeiro e audiovisual, onde envelhecer sempre foi sinônimo de se deixar ultrapassar e perder relevância profissional e social. Biden que o diga, sem rugas e sem senso, ladeado por Trump, com sua pele laranja e topete laqueado. Admirar o idoso, porém, é algo que a Europa mantém em sua independência cultural: as rugas nos sorrisos são bem-vindas, os cabelos brancos fervilham nas praças de Paris, nos parques da Alemanha, nas cátedras inglesas e boulevares espanhóis.

Aparentar idade era, aliás, moda na Europa do século XVIII. Conhecemos Maria Antonieta, morta aos 37 anos, apenas de perucas grisalhas: as cãs da sabedoria, do respeito, da perenidade.

Hoje, porém, exigimos do idoso a disposição física e “savoir faire” típicos da juventude. O discurso de “deixar a natureza seguir seu curso”, tão válido em diversos assuntos, não vale quando nos referimos ao próprio corpo. Pouco importa que seus hormônios partiram, junto de seu colágeno e seus cabelos.

Aparentar a própria idade se tornou sinal de descuido ou depressão. É como se hoje, no tarot da vida, tivéssemos eliminado a carta do Ermitão – a figura do idoso ou idosa que nos orienta nas dores existenciais. Não! Os idosos têm de parecer jovens, se encaixar, se atualizar e acompanhar a vida no mesmo passo, na mesma toada da manada. Eternamente, para sempre e sempre.

A saudosa Rita Lee já ensinava: queria envelhecer e tornar-se uma feiticeira. Ela sabia da importância dos caminhos da velhice. A perda do desejo de protagonizar e competir, tão visceral e hormonal, nos permite entender o que é o amor incondicional. Sair da arena, do ringue, dos holofotes, do centro das atenções, não é sinal de fracasso existencial, muito pelo contrário.

O processo de envelhecimento é terapêutico ao ego – somos obrigados a nos despir, pouco a pouco, dos conceitos vaidosos que criamos sobre nós mesmos. Ainda que mantenhamos a saúde física e a disposição, é apenas com a desindentificação da própria juventude que nos permitimos outros tipos de conexões afetivas, sobretudo com as novas gerações.

Fortalecem-se as relações avós-netos, mentor-pupilo, professor-aluno, em conexões intergeracionais de aprendizado que não são mais atrapalhadas pelo ruído da rivalidade ou do desejo sexual.

Viva o idoso e a natureza dos caminhos. Natureza, aliás, sempre sábia; e sábia, porque antiga.

*Leonardo de Moraes é mestre em Direito do Estado, professor de Direitos Humanos e autor do romance “Tia Beth