O acordo entre o governador Flavio Dino e o prefeito Edivaldo Holanda Júnior tem sido um dos fatores determinantes para o fracasso da candidatura de Osmar Filho à prefeitura de São Luís. O prefeito tem uma enorme divida de gratidão com o governador, que com o seu apoio e da máquina estadual conseguiu garantir a sua reeleição. Agora chegou o momento da cobrança da fatura e o dirigente municipal, além de esvaziar as pretensões do presidente da Câmara Municipal, não lhe fornecendo o devido apoio partidário do PDT, e também gerou um conflito com o Secretário Municipal de Governo, que acabou sendo convocado pela Câmara Municipal para esclarecer a destinação dos empréstimos bancários de mais R$ 300 milhões autorizados pelo legislativo municipal.
Não se sabe como será a reação do senador Weverton Rocha, presidente do PDT, mas não se constituirá surpresa para ninguém, caso o prefeito e o governador juntem esforços em favor da candidatura do deputado federal e Secretário Estadual de Cidades, Rubens Júnior, que até agora é o candidato da preferência do governador. Os demais integrantes da cooperativa podem concorrer ao pleito, mas com o objetivo de evitar que o candidato Eduardo Braide consiga vencer as eleições no primeiro turno.
O governador chega ao ano eleitoral com um bom suporte de caixa financeiro e o prefeito em proporção bem menor, mas tem reservas de empréstimos autorizados pela Câmara Municipal e vários repasses federais, o que pode favorecer a candidatura que defendem. No entanto, os desgastes públicos do governador e do prefeito são bem acentuados e pelo visto a população perdeu a vocação para o masoquismo, diante do perverso sadismo com que vem sendo tratada, principalmente no caso dos servidores públicos, da saúde sucateada pedindo socorro, da educação da exclusão, da geração de emprego e renda inexistente e de uma infraestrutura feita à toque de caixa, como engodo político.
O que tem sido perguntado por muitos políticos é que como ficará Weverton Rocha, diante do possível acordo entre o governador e o prefeito, que pelo visto não está dentro do contexto, além de que Flavio Dino já vem manifestando claramente que ele não terá o seu apoio à pretensão de ser candidato a governador em 2022, quando destaca que o vice-governador Carlos Brandão é o candidato natural à sua sucessão.