O covarde assassinato foi registrado em um município distante apenas 129 km da capital, mas primeiro ganhou destaque a nível nacional através da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e depois chegou a merecer até uma nota pública de repúdio assinada por mais de 30 entidades, mas logo o caso mereceu um desconfiante silêncio.
Estou me referindo ao assassinato da líder classista rural Francisca das Chagas Silva, então presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Miranda do Norte. O corpo dela foi encontrado no início deste mês nas proximidades de matagal na zona rural do município com vestígios de ter sido estrangulada, apresentando várias perfurações a faca e sinais bem evidentes de que teria sido estuprada. Foi um crime bárbaro e praticado com requintes de perversidade. À época as autoridades chegaram a suspeitar que a autoria pode ter sido de alguém próximo vítima, mas não se sabe quais os caminhos tomados pela investigação das autoridades policiais.
Por se tratar de uma liderança feminina, bastante conhecida e atuante em defesa dos direitos da categoria, o assassinato de Francisca das Chagas Silva não está merecendo a devida atenção das entidades da sociedade civil organizada para cobrar das autoridades policiais os necessários esclarecimentos em torno do crime.
No município de Miranda do Norte, mulheres rurais estão se organizando para fazer um grande movimento para cobra providências do Sistema de Segurança Píblica, no próximo dia 08 de março – Dia Internacional da Mulher