Comissão da CPI do MST esteve em Alagoas na sexta-feira (11) quando constatou financiamento do governo de AL ao Movimento Sem Terra, além do flagrante de trabalho escravo em Atalaia, no assentamento São José. A intenção da CPI do MST em Alagoas foi averiguar indícios de irregularidades no processo de Reforma Agrária no Estado e na aplicação de recursos públicos, mas foram encontrados documentos e provas de uma relação corrupta e criminosa. No Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), os documentos incluíam notas fiscais, contratos e comprovantes de pagamentos para financiar atos e manifestações do movimento terrorista.
No vídeo que mostra os principais pontos da diligência, o diretor-presidente do Instituto, Jaime Messias Silva ‘é pego de calças curtas’ ao ser questionado sobre o uso do dinheiro público e tenta desconversar, dizendo ‘estar surpreso e que não saberia de nada’.
Mas o fato é que ele é ocupa o cargo máximo do órgão desde 2015, nomeado pelo, então governador, Renan Filho, atual ministro dos Transportes do governo Lula. Renan, que foi eleito senador pelo estado de Alagoas, é filho do também senador Renan Calheiros.
O sobrenome, que sem dúvida é o mais conhecido do estado nordestino, aparece em contratos firmados entre o instituto e a empresa de transportes ‘Leilton Lopes Calheiros’, que recebeu de forma exclusiva, pelo menos 5,6 milhões de reais em aluguéis de ônibus para o transporte dos militantes do MST.
Outros documentos colhidos no local, apontam indícios de que recursos do Pronera – Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária teriam sido desviados para o movimento.
A denúncia traz também outras locações da diligência realizada pelo presidente da Comissão, deputado federal Zucco, o relator Ricardo Salles e o Delegado Fabio Costa, vice-presidente da CPI. Uma delas, mostra um local de assentamento em condições miseráveis. Um dos entrevistados relata o descaso do MST com as famílias que aguardam melhores condições de trabalho, moradia decente e o documento de posse da terra.
Ele diz que as lideranças, quando aparecem, dirigem carros zero km e não dão atenção. Ao final, ele desaba, chorando, e faz um impactante relato que remete à exploração de trabalho análogo à escravidão nos assentamentos.
Tudo que foi apurado nessa diligência está sendo documentado e será apresentado na CPI da Câmara dos Deputados para que os responsáveis pelos possíveis crimes sejam punidos, diz em nota nas redes sociais, Delegado Fabio Costa.
Jornal do Agro Online