Campanha alerta para alto número de mortes por doenças cardiovasculares

Doenças como infarto, derrame ou insuficiência cardíaca são a causa de um terço das mortes no mundo

Jornal do Brasil

As estatísticas alarmantes relacionadas às mortes por doenças cardiovasculares no Brasil levaram o Instituto Lado a Lado a promover durante todo o mês de setembro um movimento de conscientização chamada Setembro Vermelho, como parte da campanha nacional “Siga Seu Coração e Tome Uma Atitude”. As doenças cardiovasculares vêm sendo as responsáveis por 33% de todas as mortes no país. De acordo com o estudo sobre a Carga Global da Doença feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado no início de 2014, a cada minuto alguém no mundo morre vítima de doenças cardiovasculares. Os gastos com essas doenças estão estimados em mais de US$ 850 bilhões.

A presidente do Instituto Lado a Lado Pela Vida, Marlene Oliveira, conta que a campanha surgiu após o instituto, focado na humanização da saúde, receber quase 270 emails solicitando informações sobre doenças cardiovasculares. A maioria dos remetentes eram mulheres. “Era uma solicitação que não poderíamos deixar de lado. Pesquisamos, consultamos médicos e ficamos muito preocupados com as informações colhidas. As doenças do coração matam duas vezes mais que o câncer e, no mundo, a cada minuto alguém morre vítima de doenças cardiovasculares”, conta.

O cardiologista Ricardo Mourilhe, vice presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, ressalta a importância das campanhas de conscientização. Para Mourilhe, a conscientização é o primeiro passo. “As doenças cardiovasculares têm merecido isso há muito tempo, é um sinal de amadurecimento da nossa população. São doenças estão como primeira cauda de morte no país e representam um terço das mortes aqui. E nesse um terço temos basicamente três pontos: o infarto agudo do miocárdio, o derrame e a insuficiência cardíaca – estando essa última no topo das causas de hospitalização”, alerta.

Marlene conta que o foco da campanha está em estimular a mudança de hábitos na população. “Não é nada radical. Queremos que a população comece a ter hábitos saudáveis como diminuir quantidade de sal e açúcar nos alimentos, fazer pelo menos 30 minutos de caminhada três vezes por semana, retirar alimentos gordurosos do cardápio”, enumera.

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