Jornais impressos deveriam parar de circular e espalhar o vírus

Em plena era da Internet e em meio a uma pandemia de coronavírus, fica a pergunta: quando os órgãos de imprensa farão a sua parte e tirarão de circulação os jornais impressos?

Assistimos nas últimas semanas uma massificação da ideia de isolamento social e da precaução em relação a todas as possibilidades de transmissão viral nesta pandemia. Os órgãos de imprensa exortam a sociedade mundial para que permaneça em casa, espalhando pânico e exigindo a suspensão das diversas atividades econômicas.

Atividades importantes estão paradas em nome da prevenção. Os jornais impressos, porém, seguem circulando desnecessariamente.

Foi-se o tempo em que a informação impressa era fundamental. A pouca utilidade das edições físicas dos jornais é fato incontestável em tempos de tablets e smartphones. E em meio a uma pandemia de proporções globais, é urgente que este meio de propagação seja suspenso.

As empresas de comunicação que seguirem editando seus jornais físicos estão colaborando com o agravamento da pandemia e devem ser responsabilizadas pelo mal que estão promovendo contra a saúde pública.

A sociedade, que está de mãos atadas e proibida de trabalhar, deve exigir essa medida, além de parar de comprar e assinar os jornais e outros periódicos impressos.

(Texto de Thiago Rachid)

 

Fome leva favelados a romperem o isolamento em busca de comida em São Paulo

                        A falta de dinheiro e alimentos já atingem em cheio as famílias que vivem na informalidade.

E o governador João Dória parece não ter nenhuma estratégia para acolhimento dos mais necessitados. Justo ele, um dos maiores defensores do isolamento. Algo que faz com extrema irresponsabilidade, pensando tão somente em obter dividendos políticos.

A meta é o “quanto pior, melhor”. O objetivo é tentar derrubar o presidente Bolsonaro.

A própria Folha de S.Paulo, quem diria, narra a situação dos moradores de favela:

“Armários vazios e barracos repletos de adultos e crianças que deixaram de ir às escolas onde recebiam a merenda —sua principal refeição do dia— são a nova realidade em favelas de São Paulo.

Além de comida, faltam itens como papel higiênico, fraldas, sabão e detergente, para lavar as mãos e a louça. Em muitas casas, a porta de entrada é o único meio de ventilação. Na rua, crianças limpam pés e mãos em fios de água que correm nas guias.”

E prossegue a matéria da Folha:  

“No desespero, muitos moradores já saem de casa para ir atrás de parentes, amigos e entidades assistenciais em busca de alimentos e ajuda.

Perto dessas comunidades, há ambulantes nos semáforos e, dentro delas, bem mais gente em vielas e ruas do que se pode ver em vários bairros de São Paulo. Muitos estão atrás de bicos e comida.

Em alguns pontos, a sensação é de que não há um isolamento estabelecido pela epidemia. Fora de suas casas minúsculas e mal preparadas, crianças jogam bola e há pessoas ao ar livre em volta de mesas de bilhar ou de um baralho.”

É lamentável!

O Brasil não pode parar.

Fonte: Folha de S.Paulo

 

CNJ suspende por 30 dias licitação de R$ 217 mil em mordomias para Dias Toffoli em voos da FAB

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu suspender por 30 dias a licitação para compra de lanches para Dias Toffoli e suas comitivas durante viagens em voos da Força Aérea Brasileira (FAB).

O diretor-geral do CNJ, Johaness Eck, determinou que o pregão seja retomado em “momento mais oportuno”.

“Considerando o atual cenário de emergência de saúde pública decorrente da pandemia do Novo Coronavírus, bem como as diversas medidas que estão sendo adotadas para mitigar a propagação da referida doença, inclusive no que se refere às restrições de viagens e encontros presenciais, encaminhem-se os autos à Comissão Permanente de Licitação (CPL), para que se suspenda, por 30 dias, a realização do Pregão Eletrônico n. 06/2020 a fim de que a Administração reavalie o momento mais oportuno para a realização da licitação.”

A licitação, que custaria R$ 217 mil aos cofres públicos, foi revelada por O Antagonista na semana passada. É a primeira vez que um edital para esse tipo de serviço foi feito no CNJ.

O cardápio é bem variado, com café da manhã, almoço e jantar. Além de estabelecer números que chamam a atenção, como R$ 63 mil em gelos em cubos e secos, estão previstas a compra de 126 sanduíches de filé, com gastos de R$ 2 mil, e de peito de peru a R$ 1,6 mil.

O menu inclui ainda bandeja de frios, castanhas, patê de diversos sabores (gorgonzola e tomate seco), geleias (damasco, laranja e morango), iogurte natural e light. Além, é claro, de bebidas, como água de coco, refrigerantes com açúcar e light e sucos.

O Antagonista

 

Como fazer prevenção ao Covid – 19, sem água, sabão, álcool gel, fome e extrema pobreza?

O isolamento social como a maior prevenção ao Covid – 19, está sendo bem assimilado pela população, mas infelizmente tem muita gente que não pode se inserir dentro do contexto pelas próprias dificuldades que enfrentam para subsistir no dia a dia.

Aqui em São Luís, há uma movimentação do poder público para dar assistência aos moradores de ruas, mas também há necessidade de se olhar para as famílias que vivem condições subumanas nas áreas de risco atingidas pelas enchentes, em que também estão as que foram transferidas para casas de parentes. São situações sérias, em que é impossível isolamento de qualquer ordem, além de que as pessoas precisam sair em busca do pão de cada dia.

Em nossa capital existem dezenas de comunidades que não contam com abastecimento de água e o produto é adquirido em locais de aglomeração, além de que não terão disponibilidade para lavar as mãos, de acordo com as orientações médicas. Isso sem falarmos em sabão e álcool gel. Se a situação em São Luís é séria em que milhares de pessoas estão expostas ao vírus por falta de uma política de emergência, avaliemos as famílias do interior do estado.

De acordo com o IBGE, o Maranhão tem 54,1% da sua população na extrema pobreza que vivem com R$ 406,00, com uma importante observação de que 3% do total passam fome, não têm qualquer tipo de renda. Outro fator assustador para o momento em que vivemos a prevenção ao Covid – 19, um pouco mais de 29% dos maranhenses não têm acesso ao abastecimento de água.

Dentro da campanha de prevenção ao Coronavírus, que chega a apavorar as pessoas e criar neuroses em outras, não se sabe o tem sido feito ou pretendido no Maranhão ao enfrentamento a doença nos 217 municípios.  A realidade é que a maioria da população é formada de pessoas que passam fome, vivem em plena miséria e integram os indicadores da extrema pobreza de acordo com o  IBGE.

O sério e grave problema está envolto em mistério, uma vez que o governo não fala e a classe politica também faz o silêncio obsequioso. O Covit-19 é letal e os riscos a que estão expostos os maranhenses precisa ser encarado com a devida e necessária responsabilidade. A massificação para o isolamento social é necessária, mas a maioria das famílias que não podem nem se aventurar a um isolamento, uma vez que as suas casas têm espaços bem restritos apenas para dormir num verdadeiro imprensado.

A distribuição de cestas básicas que seriam de 200 mil como doação da Assembleia Legislativa do Estado e participação do governo, que deu origem a uma enorme confusão no Reviver, precisa ser bastante melhorada, tendo-se como referência às duas mil que foram distribuídas para as pessoas da informalidade. Pelo que observei, uma cestinha daquelas para uma família de 04 pessoas não dura uma semana. Se realmente o governo pretende exercer a sua responsabilidade quanto às famílias que vivem na extrema pobreza que é mais da metade da população do Estado, precisa se mobilizar e comprar alguns milhões de cestas básicas, que neste momento o clientelismo se torna aceitável, mas sem qualquer desvio de finalidade para a exploração politica.

Apesar de inúmeras mobilizações que vêm sendo feitas no interior do Estado por entidades e por prefeituras, elas nunca chegarão à maioria dos pobres miseráveis que passam fome e sem as mínimas condições de defesa à pandemia do Covid-19.

 

Quando sair da cadeia no Paraguai, Ronaldinho tem encrenca à sua espera em Porto Alegre

Quando Ronaldinho Gaúcho deixar a cadeia no Paraguai, uma outra encrenca judicial o aguarda em Porto Alegre. Em ação que tramita na Vara Cível do Foro Regional da Tristeza, em Porto Alegre, o ex-craque está sendo cobrado pela ICH Administradora dos Hoteis Intercity.

A questão sub-judice: Ronaldinho comprou – e prometeu pagar a prazo – algumas unidades no Condomínio Urban Office e Hotel Intercity Curitiba.

Segundo a empresa alega, nenhuma parcela foi paga.

Detalhes (cabalísticos?): são 13 unidades, todas situadas no 13º andar do prédio. E mais: o número do processo tem 13 algarismos; e, nele, os dois últimos são, justamente, 13. (Proc. nº 1160013919213).

Pelo menos, o conteúdo dessa encrenca é meramente financeiro, mas, de qualquer forma, denota que o ex-craque vai realmente mal das pernas nas finanças.

Há quem diga que o rombo deixado pelo irmão Assis, nos últimos anos, supera a bagatela de 400 milhões de reais.

Ronaldinho nasceu para o futebol, um gênio. Assis nasceu para a picaretagem, um estelionatário de luxo.

Jornal da Cidade Online                

 

Pandemia do COVID-19

  * José Olívio Cardoso Rosa

Ao nascer de um famigerado dia, a China viu-se mergulhada em uma verdadeira pandemia, iniciando-se na cidade de Wuhan e se alastrando por várias cidades chinesas com um resultado fatal, por ceifar centenas de vidas e acometer gravemente a saúde de centenas de outras mais, numa guerra desigual, não existindo vacina para debelar esse mal, ora incurável.

Porém, o Presidente chinês Xi Jinping encarou o mal de frente, tomando medidas drásticas, fechando estabelecimentos para evitar aglomerações e consequentemente maior disseminação do vírus, inclusive igrejas, ficando todos confinados em suas casas, numa espécie de toque de recolher. Até os supermercados foram atingidos parcialmente, adequando-se como se estivessem em guerra.

A situação de calamidade pública gerada por essa pandemia que dantes era isolada ao território chinês avolumou-se desastrosamente para uma calamidade mundial ao afetar rapidamente diversos outros países, por conseguinte todas estas nações empenharam-se em descobrir uma cura química para esse vírus cruel e mortal.

Nesse cenário apesar dos esforços da comunidade científica mundial, que ainda não nos proporcionou a tão esperada notícia do desenvolvimento de uma vacina, louvamos estes profissionais, ao tempo que aguardamos com esperança e fé para que exitosamente obtenham resultados almejados nestas pesquisas e com a urgência que o panorama atual requer.

Por enquanto a melhor medida é atender todas as recomendações dadas pelos especialistas de prevenção a serem adotadas por cada indivíduo, seja de cunho sanitário ou distanciamento social. Que apesar de fugir aos nossos costumes habituais, e de representarem certos sacrifícios, são medidas deveras necessárias.

De certo que providências como a realização de videoconferência ao invés de reuniões presenciais, bem como, o distanciamento social de pessoas que corriqueiramente tínhamos contato físico, sobretudo familiares, e da recorrência da incursão dessa temática hodiernamente em nossas vidas, no campo pessoal e profissional permeando nosso lares, nossos periódicos, matérias de entretenimento e nosso trato diário nas relações interpessoais, notadamente acarretam no temor psicológico inevitavelmente incutido em nossas mentes derivado de todo esse arcabouço. Contudo temos como concepção irrefragável que tudo isso é passageiro e se todos fizermos nosso papel fundamental no enfretamento desse vírus mitigaremos de sobremaneira esses malefícios por ele proporcionado, até que surja a eficaz cura pela ciência através de um antídoto vacínico.

Desse modo sigamos com a sensatez devida e comprometimento que esse cenário requer. Além de clamarmos para que os demais que assim não se comportem, modifiquem suas posturas em prol do bem comum.

Enfim, rogamos a Deus nosso criador que ilumine e dê fertilidade a uma mente abençoada que possa encontrar a forma de debelação desse truculento vírus e esperamos que a paz reboe no mundo inteiro e finalmente cesse essa crise de saúde mundial, voltando assim tudo ao normal.

 José Olívio de Sá Cardoso Rosa é advogado e poeta.

 

Bolsonaro quer liberar R$ 36 bilhões para empregados de bares e restaurantes de todo o país

Desde quinta-feira, 26, circula a informação de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, está estudando uma possibilidade que irá beneficiar milhares de empreendedores e seus funcionários em todo o país.

Bolsonaro deve editar Medida Provisória e autorizar a liberação de R$ 36 bilhões para pagar salários de funcionários de bares e restaurantes ao longo dos próximos três meses.

A iniciativa é mais uma ação do governo para amenizar o estrago na economia causado pela pandemia de coronavírus que está no Brasil.

Antes de encaminhar o texto ao Congresso, o Executivo o enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que alguns itens sejam reavaliados.

A previsão é que os recursos saiam do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Jornal da Cidade Online

 

Desunião contra o COVID-19

Carlos Nina*

A ambição e o egoísmo são tão exacerbados em determinadas autoridades públicas que não conseguem controlar-se nem mesmo neste momento de pandemia do COVID19. O interesse público é secundário.

Quando um vírus com enorme letalidade se alastra pelo mundo, era de se esperar que os responsáveis pela administração pública se unissem para planejar ações conjuntas, atendendo às peculiaridades relevantes.

Não foi isso o que aconteceu. Nem há perspectiva de que aconteça. Alguns veem no vírus um aliado para tentar desestabilizar e afastar o presidente da República. Motivo: seus pronunciamentos, suas palavras. Não o acusam de corrupção. Até admitem que seu ministério está fazendo a coisa certa. O que está por trás da trama contra o presidente é o fato de que atacou os esquemas de corrupção.

Para os golpistas é como se o povo brasileiro tolerasse a corrupção, mas não tolerasse a verborragia. Não é verdade. As últimas eleições provaram o contrário. Quanto às palavras rudes do presidente, têm sido usadas como argumento porque não há outro. Coisa que não houve contra os ex-presidentes que chamaram os aposentados de vagabundos e ofenderam inúmeros segmentos sociais e autoridades públicas, sem que tais manifestações causassem a mesma reação.

O que a população esperava de seus governantes é que de fato os discursos de união e solidariedade tivessem uma correspondência de honestidade e coerência com suas condutas e todos procurassem comunicar-se de forma saudável, na busca de solução para o problema, ainda que não fosse definitiva, mas que fosse consensual, permanentemente avaliada, para correção das medidas, conforme a necessidade. Para isso seria necessário que a pandemia fosse tratada com seriedade e não como aliada eleitoreira.

Dizer que quem prefere um tipo de enfrentamento a outro está escolhendo a economia em vez da vida é má-fé ou ignorância. É maldade, irresponsabilidade e falácia, para parecer bom moço, escondendo a crua realidade que deveriam todos analisar e avaliar.

Sobre o vírus devem falar os infectologistas, os cientistas e deles vir a orientação. E aos médicos, onde o vírus chega com intensidade superior à de seu enfrentamento, tem cabido a difícil tarefa de decidir a quem dar atendimento em detrimento de outrem.

No caso da decisão da administração pública, lamentavelmente cabe tarefa semelhante, porque ao tomar medidas extremas como de confinamento além da capacidade de subsistência, virá a violência, inclusive a doméstica, o caos, causando mais mortes do que as habituais, cujos números já são absurdos, mas compreensíveis pela falta de políticas e serviços públicos decentes efetivamente voltados para a população.

Governantes pedem verbas e suspensão de pagamento das dívidas. Mas não se ouve nada sobre suprimento do que é necessário para enfrentar o vírus. Sequer há preocupação eficaz com médicos e paramédicos, para que a todos sejam assegurados os equipamentos necessários de proteção e inclusive remuneração digna, porque são eles os que estão na linha de frente dessa guerra contra um inimigo invisível, traiçoeiro e letal.

A população espera que os recursos que estão sendo destinados ao combate ao novo corona vírus atinjam sua finalidade.

 *Advogado e jornalista

 Carlos Nina
(98) 9 8899 8381

 

 

 

O assassinato de mais um agente temporário da SEAP aumenta o medo pelas ordens de dentro dos presídios

As autoridades ainda não conseguiram elucidar o assassinato do agente penitenciário temporário  Alberto Diniz, ocorrido na BR 135, nas proximidades do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A vítima deixou a unidade prisional no último domingo, em esteve de plantão e bem próximo do local em que trabalhava foi alvejado a bala, quando conduzia a sua própria motocicleta, tendo caído do veículo já sem vida.

A verdade é que a ordem para a execução de Alberto Diniz partiu de dentro da unidade prisional onde trabalhava. É desconhecido se a vítima já teria tido algum problema com presidiário ou se ele teria feito denuncias de irregularidades e que acabou chegando ao conhecimento dos lideres, que determinaram a sua execução. Há também suspeitas de que no dia anterior ao assassinato que foi no domingo (22), houve suspensão das visitas em razão por causa da coronavírus, o que causou revolta e indignação entre os presos, os quais teriam afirmado que a resposta viria mais rápido do que podiam imaginar.

O certo é que o medo voltou a reinar entre os agentes penitenciários temporários, que hoje representam mais de dois terços da força da SEAP em todo o Sistema Prisional do Maranhão. Eles são contratados por seis meses e depois de acordo com os seus desempenhos ou indicação política podem continuar até por três anos. Para o Governo do Estado, a terceirização é importante sob o aspecto de que os temporários ganham salário de miséria, além de não terem direito a risco de vida e adicional noturno e podem ser postos na rua a qualquer momento. O mais importante dentro do contexto para a SEAP é que os temporários ganham quase um terço do salário de um agente penitenciário concursado e com risco de serem assassinados a qualquer momento.

A indignação dos mais de três mil agentes penitenciários temporários é que não podem ter armas para a defesa própria e ficam expostos, sem que haja um mínimo de proteção pela SEAP, que tem tratado os assassinatos dos temporários com muita indiferença.

 

 

Presidente Bolsonaro anuncia linha de crédito de R$ 40 bilhões para pequenas empresas

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira uma linha de crédito emergencial de R$ 40 bilhões para que pequenas e médias empresas possam pagar salários dos seus trabalhadores por dois meses em meio à crise causada pelo coronavírus. Inicialmente o Ministério da Economia havia sinalizado que permitiria a empresas suspender salários e que o governo compensaria o trabalhador pagando parte da remuneração suspensa.

No entanto, o presidente não disse se o governo ainda estuda essa medida, ou se haverá apenas a possibilidade de as empresas contraírem empréstimos para pagar salários. Ao lado de Bolsonaro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que essa linha de crédito permitirá pagar até dois salários mínimos por trabalhador.

Segundo ele, a empresa terá que decidir entre bancar a diferença no caso das remunerações mais altas ou demitir. “A empresa pode não complementar (a diferença do salário coberto pelo empréstimo). Agora, a empresa vai fazer uma anállise se quer manter o funcionário ou não. O nosso intuito é fazer com que a base dos funcionários permaneça e que diminua o custo para as empresas”, afirmou Campos Neto.

“Vale lembrar que hoje 45% do custo de uma empresa pequena e média é folha de pagamento e a gente está fornecendo recursos a um juros que eles nunca tiveram nem perto”, disse ainda.

Os juros desses empréstimos serão de 3,75% ao ano, com carência de seis meses para início do pagamento, e prazo de 36 meses. Segundo Campos Neto, não haverá cobrança de spread (parte do juros que remunera os bancos).

A linha de crédito foi criada em parceria com o setor privado, por meio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Dessa forma, o governo federal entrará com 85% dos recursos (R$ 34 bilhões) e os bancos privados com 15% (R$ 6 bilhões). Poderão acessar essa linha emergencial empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. O programa deve atender 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhão de de pessoas.

Campos Neto explicou ainda que os bancos que operam as folhas de pagamento das empresas depositarão os recursos emprestados às companhias diretamente na conta dos trabalhadores. “Entre as medidas já anunciadas pelo governo, de modo que nos possamos atender as possíveis vítimas do coronavírus, (há) também uma preocupação em manter os empregos. A gente costuma falar na segunda onda (de impacto da economia). Nós devemos o máximo possível diminuir a altura dessas duas ondas (de contágio da doença e de impacto na economia), e elas caminham juntas”, disse Bolsonaro, ao anunciar a medida.

BBC NEWS