A Capitania dos Portos e o Ministério Público através de preocupações quanto ao risco de tragédias com embarcações em que a maioria apresenta problemas sérios de navegabilidade, é que o governador Flavio Dino decidiu intervir na empresa Servi Porto e determinar a abertura de concorrência pública para a exploração do transporte aquaviário. A precariedade dos serviços prestados aos usuários, que vão desde ao cumprimento de horários até a acomodação digna para as pessoas que utilizam os ferry boats entre a Ponta da Espera e o Cujupe e vice-versa, fazem parte de denúncias antigas e tudo sendo contornado sem levar em conta os direitos e a vida dos usuários.
No último sábado houve a necessidade de intervenção policial na Ponta da Espera para conter os ânimos exaltados de passageiros, que apesar de terem adquirido passagens para o transporte de veículos com antecipação, houve drasticamente a redução de 50% da frota, justamente pelos sérios riscos de acidentes e tragédias.
A intervenção na Servi Porto (que terá interventor nomeado pelo governo do Estado) e a determinação de concorrência pública para os serviços já se faziam necessárias de há muito, principalmente pelos constantes acidentes, além da constatação de que muitas das embarcações já estão em situação precária, resultando em problemas de panes em máquinas em meio a viagens e os casos em que houve necessidades de serem rebocados.
O interessante é que foi a própria Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), que no afã de tornar público que a Capitania dos Portos não havia retirado de circulação mais um ferry boat, deixou bem claro que dois da Servi Porto estão em manutenção pela própria empresa, mas que um deles poderia voltar a perar no próprio sábado e o outro estava retido pela Capitania dos Portos. Na verdade das 06 embarcações que operam regularmente, apenas três da Internacional Marítima estavam em pleno funcionamento, mas com muita dificuldade pelo próprio sucateamento dos ferry boats.
São diários os riscos de tragédias e a indiferença das autoridades demorou
Foram e continuam as denúncias dos serviços precários prestados pelas empresas Servi Porto e Internacional Marítima, principalmente pelo temor de naufrágio, mas a indiferença das autoridades para os sérios problemas demorou muito e a posição nada transparente da MOB, contribuiu para aumentar ainda mais os riscos. Entendem muitos dos usuários que também faltou mais rigor da Capitania dos Portos e aos demais responsáveis para a garantia dos serviços, haja vista que todos os 06 ferry boats que operam em São Luís, são velhos e todos vieram de outros estados, em que foram adquiridas embarcações novas e todos eles descartados. Depois de passarem por uma maquiagem e pintura chegaram aqui como novidades e assim os empresários, sem um mínimo de preocupação com passageiros e mais interessados em ganhar dinheiro foram tocando o barco sem qualquer preocupação os possíveis resultados, que felizmente não aconteceram, muito embora não tenham faltado denuncias graves diante de riscos graves.
A grande expectativa fica agora pela intervenção na Servi Porto e muita mais no procedimento da concorrência pública, uma vez que ela deve merecer muita urgência e qual o caráter dela, se será a nível estadual ou nacional e as exigências, que precisam ser bem transparentes com a realização de audiências públicas em São Luís e na Baixada Maranhense, dentro de um processo de transparente.
Com o grande fluxo de passageiros e veículos que devem transportados neste período de carnaval, necessário se torna, um esclarecimento por parte da MOB, quanto as viagens a serem realizadas e garantia dos direitos as pessoas que compraram passagens antecipadamente, para evitar problemas e até tumultos