A violência é cada vez mais acentuada não apenas na capital, mas em todo o Estado. Os casos de assaltos em São Luís, estão banalizados e só há registro policial, quando o aparelho celular da vítima tem rastreador, os casos de necessidade para as pessoas recorrerem à segunda via de documentos, e ainda se a vítima sofreu lesões corporais, desde que sejam graves. Tem se tornado comum se ver pessoas serem assaltadas nas ruas, em que os bandidos impõem as suas periculosidades abertamente, e quem não sofrer violência física, devem se julgar até privilegiado, diante das atitudes perversas da bandidagem.
À semana passada tive oportunidade de ver por duas vezes, assaltos nas ruas do centro histórico, em que os criminosos tomaram as bolsas de duas mulheres e desapareceram sem maiores dificuldades. Por algumas vezes tive oportunidade de ver o comandante geral da Polícia Militar em entrevista tentar passar a impressão de que existe enfrentamento a criminalidade, pode ser, mais de uma forma bem tímida, uma vez que que o medo das pessoas é cada vez bem maior.
Se a PM tem as suas estratégias de ação, os criminosos são também organizados, além de trocarem informações com os grupos que se instalam nos mais diversos pontos da cidade. Há ações em que eles utilizam bicicletas, motos e veículos, sem falarmos em que muitas das vezes conseguem êxito, pela velocidade, escapando correndo. Geralmente os crimes dos assaltos feitos abertamente são praticados por elementos que buscam qualquer objeto de valor para trocar por drogas. Se foram presos, sabem que não terão maiores dificuldades em serem liberados na audiência de custódia.
Bandidos colocaram saúde de criança autista em risco
À semana passada tive a informação através de um familiar de uma mãe de uma criança a autista, que reside na Zona Rural e cumpre uma peregrinação diária de pegar 03 coletivos para chegar ao Centro de Tratamento do Espectro do Autismo no Olho D’agua, que foi assaltada, quando deixou a unidade tratamento e se dirigia para uma parada de coletivo num trecho bem deserto. Dois elementos em um veículo abordaram a mãe da criança, que a carregava num sol intenso. Empunhando um revólver, queriam o celular dela, que informou já ter perdido em assalto anterior. Diante da resposta, um dos bandidos colocou a arma de fogo contra a criança, que chorava diante da cena e das ameaças de morte á mãe. Ela em momento algum resistiu e entregou a bolsa com documentos e uma pequena importância em dinheiro, e como outro veículo se aproximava do local, eles foram embora. O importante é que o local é bem conhecido pelos constantes assaltos, mas com certeza deve ser ignorado pela PM.
Desde o dia do assalto, a criança que vinha num tratamento bem progressivo, com o forte impacto sofrido entrou em um processo regressivo sério e de risco, que está sendo avaliada pelos profissionais do Centro de Tratamento do Espectro do Autismo do Olho D’agua.
Fonte: AFD