Mário Cella, Luca Palmieri, Sílvia Dino e Francesco Cerrato
O Convívio Intercultural, grupo de imigrantes e descendentes de imigrantes criado por Carlos Nina e Francesco Cerrato, voltou a reunir-se presencialmente. A reunião aconteceu na segunda semana de fevereiro, no Golden Shopping, em São Luís, e tratou do retorno das atividades externas do grupo.
Inicialmente criado como parte do Projeto Fênix, com o qual Nina incrementou as atividades do Grêmio Lítero Português, o Convívio Intercultural ganhou vida própria e, no período das dificuldades impostas pela pandemia, vinha sendo alimentado pela troca de mensagens dos participantes no grupo de WhatsApp.
PRIMEIROS PASSOS
A primeira reunião: Cerrato, Abraão Valinhas, Carlos Nina, Mário Cella, Najla Buathem e Jorge Martins
Os primeiros passos do Convívio Intercultural foram dados por Carlos Nina e Francesco Cerrato, em reunião realizada dia 23 de outubro de 2018, na Câmara de Mediação e Arbitragem do Lítero, na sala 610 do Edifício Century, no Calhau, em São Luís, adquirida pelo Lítero, na gestão de Nina, onde funcionava a CMA-Lítero, criada também como parte do mesmo Projeto Fênix.
Dada a largada do Convívio, logo recebeu o apoio de outros imigrantes e descendentes alemães, espanhóis, italianos, libaneses, peruanos, portugueses.
O objetivo do Projeto Convívio Intercultural é “estimular a convivência dos imigrantes das diversas nacionalidades e seus descendentes, promovendo a troca de experiências culturais e a convergência que facilite a superação de diferenças que no mundo tem alimentado a discórdia a violência”, disse Nina em notícia veiculada no Informativo Lítero em Ação, de outubro/dezembro de 2018, disponível no site do Lítero e onde há outras informações sobre o Projeto.
Nina tem dito também, quando fala do Convívio Intercultural, que sua iniciativa não foi original. Nina informa que a ideia já vinha sendo pensada por Mario Cella, que chegara a tratar do assunto com Oliveira Maia, quando este presidia o Lítero.
SEGUNDA REUNIÃO
No final do mês seguinte à primeira reunião, dia 29 de novembro de 2018, Nina e Cerrato voltaram a reunir-se, desta vez com as presenças de Abraão Freitas Valinhas Júnior, Cônsul Honorário de Portugal no Maranhão, professor Mario Cella (Itália), a advogada Najla Buhatem Maluf (Líbano) e o também advogado Jorge Bezerra Ewerton Martins, interessado em participar do Projeto.
O grupo cresceu, mas não pode concretizar as ações inicialmente idealizadas, por causa da pandemia.
RETOMANDO OS PLANOS
No dia 11 de fevereiro de 2021, Nina reuniu-se com Francesco Cerrato, Mario Cella, Luca Palmieri (da comunidade italiana) e Silvia Dino (da comunidade libanesa) e esboçaram projetos de atuação do Convívio com outras instituições, como a Associação Maranhense de Escritores Independentes (AMEI), IMDIC (Instituto Maranhense de Direito Comparado) e Rotary Club, além de outras com as quais manterão contato.
A programação pretende a realização de eventos com a participação online de pessoas nos países cuja cultura esteja sendo tratada pelo Convívio.
CÔNSULES NO CONVÍVIO
Embora o Convívio Intercultural não seja composto por representantes de instituições, mas cidadãos interessados em participar do Projeto, já conta em seus membros com três cônsules honorários: Adalberto Gonçalves, do México; Abraão Freitas Valinhas Júnior, de Portugal; e Francesco Cerrato, da Itália, recentemente designado para a função. Além de Mario Cella, integrante e um dos entusiastas do Convívio, que já foi cônsul honorário da Itália em São Luís.
AMEI INTERCULTURAL
Em artigo recente divulgado na mídia local e web, Carlos Nina destacou o trabalho do presidente da AMEI, José Viegas, e o projeto da Associação de divulgar fora do Brasil a produção artística e literária dos maranhenses, numa atividade de mão dupla, divulgando, aqui, idêntica produção dos artistas e escritores dos países parceiros no Projeto.
“Há uma afinidade nos objetivos do Convívio Intercultural com os do IMDIC, que visa o estudo comparado de normas entre dois ou mais países, e mais ainda com os da AMEI, cujo universo é maior, como os do Convívio. Então percebemos que podemos desenvolver atividades em conjunto, numa parceria que seguramente propiciará resultados valiosas para as comunidades, individualmente e coletivamente”, disse Nina.
Segundo Carlos Nina o presidente da AMEI, José Viegas, já sinalizou positivamente sobre a possibilidade de atividades conjuntas com o Convívio Intercultural e o IMDIC. A programação dependerá de reunião que farão para planejar as ações e como viabilizá-las.
“É importante a participação da AMEI porque o Viegas é um realizador arrojado, criativo, de sucesso comprovado, apesar de todas as dificuldades que conhecemos para implementar essas atividades aqui no Maranhão. A AMEI rompeu casulos na província e agora vai abrir suas janelas para mostrar para o mundo a riqueza cultural que temos aqui e não é conhecida. Nós, do Convívio, estamos confiantes de que o resultado dessa parceria contribuirá inclusive para que as comunidades de imigrantes e seus descendentes aqui em São Luís incrementem sua organização para esse convívio saudável e harmonioso intercultural”, esclareceu Carlos Nina.
O desembargador Jorge Rachid Maluf, as advogadas Malba Maluf Batista e Najla Buhatem Maluf e a administradora Silvia Dino, também tem envidado esforços para a participação atuante da comunidade libanesa. Pablo Castro Lima (Espanha) e Lídia Pflueger (Alemanha) também integram o Convívio.
A participação das comunidades, informa Nina, “é livre, não é por representação institucional, mas pelo interesse dos próprios imigrantes ou seus descendentes dispostos a contribuir para a finalidade do Convívio. E o contato pode ser feito através de qualquer um dos participantes do projeto. O grupo visa a convivência harmoniosa, respeitando as diferenças, não comportando a discussão político-partidária, nem local nem dos países de origem dos participantes. Cuida apenas da cultura, para que possamos todos conhecer as individualidades nacionais e as diversidades culturais, da culinária aos costumes, da produção artística, música, literatura, visando a troca de informação para melhor conhecer e melhor conviver, respeitando as individualidades culturais. Um processo de enriquecimento, união e harmonia.”
Assessoria do Movimento