Ministros do STF teriam ligado para senadores investigados pedindo ajuda na CPI da Lava Toga, diz jornalista

O jornalista da Jovem Pan, José Maria Trindade, trouxe uma informação bombástica durante o programa “Pingo nos Is”. Segundo Trindade, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ligaram para senadores pedindo para que os mesmos se opusessem à assinatura do requerimento da CPI da Lava Toga.

“O simples fato de um ministro do Supremo pegar o telefone e ligar para um senador – investigado ou não – […] isso já é motivo de impeachment”, disse José Maria Trindade.

Se confirmada a informação, trata-se de um escândalo sem precedentes, observando-se o que teria sido oferecido aos investigados para barrarem a CPI da Lava Toga. Se apurado e confirmado, poderemos ter um dos maiores escândalos no Poder Judiciário Brasileiro. O denunciante no entanto não apontou qualquer nome de senador que tivesse recebido ligação.

A Lava Toga foi criada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania – SE) com o objetivo de investigar ilicitos de membros de tribunais superiores, especialmente ministros do STF e STJ.

Jornal da Cidade Online                   

Pesquisa detecta declínio da imagem do Poder Judiciário Brasileiro

A mais recente rodada da pesquisa “A Cara da Democracia”, publicada nesta segunda-feira (27/1) pelo Valor Econômico, mostra declínio da imagem positiva do Poder Judiciário.

 

Em março de 2018, 33,9% dos brasileiros não confiavam no Poder Judiciário, outros 22,2% diziam confiar pouco. Na pesquisa mais recente, feita com o mesmo método, essas taxas subiram para 38,2% e 24,1%, respectivamente.

Tendência no sentido oposto foi observada no grupo dos que dizem confiar muito no Poder Judiciário. Eram 12,9% dois anos atrás. São 8,3% agora.

Outros recortes da pesquisa apontam para a mesma direção. Apenas 26% dos brasileiros acreditam que o Judiciário toma decisões sem ser influenciado por políticos, empresários ou outros interesses.

Outros 61% disseram não acreditar na independência e outros 13% não souberam responder.

Fonte: CONJUR

 

Justiça do Maranhão fará audiências de custódia em até 24 horas após prisão

A Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão editou provimento determinando que as audiências de custódia no Estado sejam realizadas em até 24 horas após o recebimento do auto de prisão em flagrante lavrado pela Polícia Civil

A medida está em conformidade com o artigo 310 do Código de Processo Penal com redação da lei “anticrime” (Lei 13.964/19). A obrigação de aplicar a medida foi suspensa pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, ao revogar, por tempo indeterminado, a implementação do juiz das garantias.

No entanto, a corregedoria maranhense optou por fazer uso da diligência até que o Plenário do STF decida se irá ou não colocar em prática a figura do juiz que só atua na fase investigatória, sem participar do julgamento.

De acordo com o provimento, “recebido o auto ou a comunicação, o juiz deverá verificar sua legalidade, com eventual relaxamento da prisão, bem como a possibilidade de concessão de liberdade provisória ou medida alternativa”, devendo comunicar a decisão às autoridades competentes para o cumprimento do alvará de soltura.

Nos casos em que o magistrado não decidir pelo relaxamento ou pela liberdade, “a audiência de custódia será realizada em até 24 horas da comunicação da prisão, nos termos do artigo 1º da Resolução nº 213/15” do Conselho Nacional de Justiça.

Nas comarcas de entrância inicial e intermediária, as audiências serão realizadas mediante videoconferência, que obedecerá os atos normativos que disciplinam a utilização desses serviços pelo TJ-MA.

Nos dias de expediente forense, na entrância inicial, as audiências serão realizadas pelo juiz de direito titular ou por aquele que o esteja substituindo. Nas comarcas intermediárias, serão feitas pelos juízes plantonistas, conforme tabela de plantão.

Fonte: CONJUR

Empresa do “rei do bitcoin” deve R$ 507 milhões a 6.445 credores, diz relatório

Claudio Oliveira, conhecido como “rei do bitcoin”, do Grupo Bitcoin Banco Imagem:

Resumo da notícia

Dívida do Grupo Bitcoin Banco com credores é de R$ 507 milhões. Informação consta em relatório da administradora da recuperação judicial da empresa. Grupo pertence ao empresário Claudio Oliveira, conhecido como “rei do bitcoin”. Empresa não libera saques a clientes desde maio do ano passado

O Grupo Bitcoin Banco, empresa de criptomoedas de Curitiba (PR) deve R$ 507 milhões para 6.445 credores. O conglomerado é controlado pelo empresário Claudio Oliveira, conhecido como “rei do bitcoin”, e desde maio do ano passado não libera saques para seus clientes.

A informação sobre a dívida consta no relatório inicial apresentado pela consultoria EXM Partners, administradora judicial da recuperação judicial do grupo. O documento foi entregue neste mêsà 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba.

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Formado por oito empresas, o Grupo Bitcoin Banco, entrou com pedido de recuperação judicial no final do ano passado. Na época, a empresa afirmou que a medida era “o único meio para permitir o reequilíbrio do negócio, a retomada das suas atividades e o consequente cumprimento de suas obrigações”.

90% dos credores são clientes

De acordo com o relatório, 90% dos credores são investidores com recursos presos nas plataformas de negociação de criptomoedas da empresa, a Negocie Coins e a TemBTC. Antigos clientes do grupo emprestaram até dinheiro da avó para aplicar no negócio.

Entre os credores do conglomerado também está o escritório de advocacia Nelson Wilians & Advogados Associados. Um dos maiores do Brasil, o escritório defendeu o Grupo Bitcoin Banco no ano passado, mas deixou o caso. A dívida do grupo com a empresa é de R$ 1,8 milhão.

Problemas nas informações prestadas pela empresa

A EXM Partners apontou divergências contábeis nas informações apresentadas pela empresa. O relatório cita, por exemplo, que o Grupo Bitcoin Banco deixou de prestar informações importantes sobre a real situação do negócio. Além disso, a empresa teria repassado informações incorretas sobre o passivo (total de contas a pagar).

Ainda segundo o relatório, o conglomerado também não liberou o extrato que mostra as movimentações de criptomoedas do ano passado e teria apresentado demonstrações contábeis de setembro de 2019 “que não refletem a realidade”.

O que diz a empresa?

Procurado pela reportagem, o Grupo Bitcoin Banco informou que não comentará o relatório porque ele faz parte do processo judicial.

No relatório, a empresa se manifestou dizendo que está “trabalhando na regularização de sua contabilidade”. Informou também que não conseguiu passar todas as informações à administradora da recuperação judicial por causa de problemas com a Amazon Web Services.

A Amazon, uma das credoras do conglomerado, presta serviço para o Grupo Bitcoin Banco, mas teria bloqueado o acesso aos servidores do negócio por falta de pagamento.

A dívida das empresas do “rei do bitcoin” com a Amazon é R$ 730 mil. Esse montante, no entanto, já teria sido quitado no final do ano passado, segundo o próprio documento da EXM Partners.

Especialista diz que divergências são normais

Divergências nos números são comuns no início de processos de recuperação judicial, segundo João Paulo Godri, advogado e professor de Direito Empresarial, Recuperação Judicial e Falências da FAE Business School.

Isso pode ocorrer devido a diferenças entre o passivo concursal (que entra na recuperação judicial) e o passivo extraconcursal (dívidas que não entram na recuperação judicial).

“Nesse início, é normal que apareçam algumas divergências quanto a créditos e obrigações. Ao longo do processo, todavia, os valores devido aos credores podem ser alterados, podendo a variação ser maior ou menor do que a atual”, disse Godri.

R$ 1,1 milhão a funcionários e ex-funcionários

No seu auge, o Grupo Bitcoin Banco teve quase 200 funcionários, que ficavam espalhados em seis andares do Curitiba Trade Center, um dos prédios comerciais mais sofisticados da capital paranaense. Hoje, no entanto, tem apenas 30 colaboradores, segundo o relatório.

De acordo com o documento, os colaboradores ativos e os dispensados não recebem há cerca de dois meses. Por causa disso, a dívida da empresa com eles, incluindo verbas rescisórias, é de cerca de R$ 1,1 milhão.

Entenda o caso

A crise do Grupo Bitcoin Banco começou em maio do ano passado. Naquele mês, a empresa afirmou que clientes se aproveitaram de uma falha no sistema para fazer saques duplos nas plataformas de negociação de criptomoeda do conglomerado. Na época, o grupo informou que o prejuízo foi de R$ 50 milhões.

Desde o início da crise, a Polícia Militar do Paraná e oficiais de Justiça do Estado cumpriram diversos mandados de busca e apreensão na sede da empresa e nas residências de Claudio Oliveira.

No ano passado, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), órgão regulador do mercado financeiro, impediu a empresa e seus sócios de oferecer ao público títulos ou contratos de investimento coletivo.

UOL Notícias

 

Organização Mundial de Saúde admite erro e eleva avaliação de risco do coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) corrigiu nesta segunda-feira sua avaliação do risco do coronavírus que surgiu na China, considerando elevado para o nível internacional, depois de tê-lo descrito como moderado por “erro de formulação”.

Em seu relatório sobre a situação, publicado nas primeiras horas desta segunda-feira, a OMS indica que sua “avaliação de risco (…) não mudou desde a última atualização (22 de janeiro): muito alto na China, alto no nível regional e em todo o mundo”.

Em relatórios anteriores, a agência especializada das Nações Unidas apontou que o risco global era “moderado”.

“Foi um erro de formulação nos relatórios de 23, 24 e 25 de janeiro, e nós o corrigimos”, explicou à AFP uma porta-voz da instituição com sede em Genebra.

Na última quinta-feira, a OMS considerou “muito cedo para falar de uma emergência de saúde pública de alcance internacional”.

“Ainda não é uma emergência de saúde global, mas pode vir a ser”, declarou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que viajou para a China.

A OMS só utiliza esse termo para epidemias que exigem certa reação global, como a gripe suína H1N1 em 2009, o vírus zika em 2016 e a febre ebola, que atingiu parte da África Ocidental entre 2014 e 2016 e República Democrática do Congo desde 2018.

Da família dos coronavírus, como o SARS, o vírus 2019-nCoV causa sintomas gripais em pessoas que o contraíram e pode levar à síndrome respiratória grave.

Até agora, pelo menos 81 pessoas morreram das mais de 2.700 que foram infectadas na China desde o seu surgimento no final de dezembro.

Desde então, se espalhou pela Ásia, Europa, Estados Unidos e Austrália.

Com o surto de SARS (2002-2003), a OMS criticou Pequim por ter demorado a alertar e tentar esconder a verdadeira extensão da epidemia.

A OMS também foi criticada nos últimos anos. Considerada alarmista por alguns durante a epidemia do vírus H1N1 em 2009, foi acusada, durante a epidemia de ebola na África Ocidental (2014), de não ter calibrado a verdadeira extensão da crise.

Fonte: AFP

 

Bolsonaro e Lula veem Moro como presidenciável

Josias de Souza

Faltando dois anos e nove meses para a próxima sucessão, Jair Bolsonaro cuida da reeleição como se outubro de 2022 já estivesse na virada da folhinha. Alheio à sua ficha suja, Lula faz pose de candidato como se nada tivesse sido descoberto sobre ele. Estilhaçadas, as forças políticas de centro demoram a produzir alternativas. E Sergio Moro já é tratado como presidenciável por Bolsonaro e Lula.

Avalia-se que o ministro da Justiça e da Segurança Pública, dono de uma popularidade superior à do chefe, tem potencial para firmar-se como um adversário duro de roer. O receio é que Moro se lance na disputa como alternativa capaz de quebrar o jogo viciado da polarização. Um jogo que interessa tanto a Lula quanto a Bolsonaro. Tomado pelas palavras, a aversão de Moro às urnas é apenas retórica.

Na última sexta-feira (24/01), Bolsonaro e Lula citaram Moro num par de entrevistas. Ao desembarcar em Nova Dhéli, o presidente virou seu ministro na frigideira, negando o plano de retirar a segurança pública de sua pasta. Algo que admitira na véspera, antes de voar para a Índia. De passagem por Belo Horizonte, Lula falou à Rádio Itatiaia: “Eu acho que o Moro quer estar nas urnas, sim.”

Quatro dias antes, espremido no programa Roda Viva, Moro reiterou que não cobiça o Planalto: “Não tenho esse tipo de ambição.” Na sequência, torceu o nariz para a sugestão de descartar uma futura candidatura por escrito. “Não faz o menor sentido assinar um documento desses, porque muitas pessoas assinaram esses documentos e depois rasgaram.”

O projeto Moro-2022 começa a ficar em pé sem que o ministro faça muito esforço. Bolsonaro, além de antecipar o debate sucessório, encurralou Moro. Primeiro, roeu o compromisso de indicá-lo a uma vaga no STF. Depois, submetido à necessidade de proteger o primogênito Flávio, investigado por peculato e lavagem de dinheiro, firmou uma aliança tácita com a oligarquia que joga água no chope da Lava Jato.

Na entrevista de sexta-feira, Lula disse estar convencido de que Moro será candidato por conta do veredicto emitido no caso do tríplex, que o levou à cadeia. “A sentença contra mim já mostrava que ele era político. Um juiz político que me condenou por atos indeterminados. Ou seja, nem ele sabe porque me condenou”.

Longe de enfraquecer, os ataques de Lula tendem a vitaminar uma eventual candidatura de Moro. A Presidência de Bolsonaro é o resultado de dois fenômenos: o antipetismo e a falência das forças políticas de centro.

Em 2022, se tiver resultados econômicos a exibir, Bolsonaro será um candidato competitivo. Do contrário, os vícios do capitão, acumulados em 28 anos de vida parlamentar, podem aparecer na vitrine em primeiro plano. E o pedaço do eleitorado que tem ojeriza a Lula e ao PT pode buscar fora da política uma novidade genuína. Moro entra nesse jogo ao lado do apresentador Luciano Huck.

Interessada em preservar a polarização, Gleisi Hoffmann, a presidente do PT, costuma dizer que “é nas ruas” que seu partido “vai vencer essa pauta de retrocesso” do governo Bolsonaro. Ela ainda não se deu conta. Mas o PT não perdeu apenas o monopólio do asfalto. Vem perdendo votos.

Nas eleições presidenciais de 2002 e 2006, Lula prevaleceu com 61% dos votos válidos. Em 2010, Dilma ganhou o trono com 56%. Em 2014, a pseudo-gerentona foi reeleita com 52%. Na sequência, foi enviada mais cedo para casa.

Em 2018, com Lula na cadeia, Fernando Haddad obteve 44,8% dos votos válidos no segundo turno contra Bolsonaro. De saco cheio do petismo, os brasileiros optaram por içar Bolsonaro do baixíssimo clero da Câmara para o Planalto.

As pesquisas demonstram que uma parte do eleitorado de Bolsonaro já se arrependeu. Mas esse eleitor não faz fila na porta do PT. Parece desejar o cometimento de erros novos em 2022. É nesse contexto que Sergio Moro emerge como mais uma opção.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

 

Justiça cita senador Weverton Rocha e mais dois réus por irregularidades nos recursos do Projovem

Do Blog Atual 7

O senador e outros dois elementos são réus por improbidade. MPF que a devolução de R$ 6 milhões e a suspensão dos direitos políticos dos implicados

O juiz federal Lino Osvaldo Segundo, da 6ª Vara de São Luís, mandou citar o líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA), em ação de improbidade em que ele é réu por supostas irregularidades no Programa Nacional de Inclusão de Jovens, o Projovem Urbano. O mandado foi expedido no último dia 17, para cumprimento por oficial de Justiça.

Movida pelo Ministério Público Federal, a ação é baseada em investigação do próprio órgão e em relatório de auditoria da CGU (Controladoria Geral da União) que aponta para malversação de recursos públicos federais destinados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) ao Estado do Maranhão, por intermédio do Projovem, no exercício financeiro de 2008. À época, o senador maranhense era titular da extinta SEJUV (Secretaria de Estado de Esporte e Juventude), no então governo de Jackson Lago.

A denúncia foi recebida em novembro de 2018, tendo Weverton apresentado embargos e agravo, alegando nulidade das provas-relatório da CGE/CGE (Auditoria Geral Adjunta da Controladoria-Geral do Estado) pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, e de haver sido absolvido em ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre os mesmos fatos —o que confirmaria, segundo a tese da defesa do pedetista, a inexistência de improbidade administrativa.

Os recursos, porém, foram rejeitados ao longo de 2019, e a decisão de aceitação da denúncia mantida.

Também são réus Cléber Viegas, ex-chefe da Assessoria Jurídica da pasta, e Zeli Raquel da Rocha, que coordenava o programa federal. A citação a eles foi feita por edital e carta precatória, respectivamente.

De acordo com a ação do MPF, em 2008, o FNDE transferiu para a SEJUV exatos R$ 6.930.900,00 destinados ao ProJovem Urbano. Weverton Rocha, então secretário, contratou por meio de dispensa indevida de licitação a Fundação Darcy Ribeiro e o Instituto Maranhense de Administração Municipal.

Para justificar a contratação direta, o então assessor jurídico Cléber Viegas elaborou parecer, alegando inexigibilidade de licitação. Porém, em análise do documento, a investigação apontou que o parecer foi montado com o nítido propósito de conferir um aspecto de legalidade ao processo de contratação direta.

A CGU diz que Weverton, com a participação de Zeli Rocha, autorizou a liberação indevida de pagamentos de despesas fictícias, que totalizaram R$ 6.098.010,00.

Na ação, o MPF pede à Justiça Federal que os três sejam condenados nas penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa: perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos e multa. Também que devolvam ao erário todo o dinheiro público gasto indevidamente.

Do Blog ATUAL 7

 

Colunista de O Globo se refere a Doria e Huck como “futuros presidentes do Brasil”

O jornalista do grupo Globo, Lauro Jardim, publicou uma matéria em seu Blog com a foto do apresentador Global, Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria, no Fórum Mundial da Economia, em Davos, na Suíça. O que mais chama a atenção é a manchete da notícia: “Davos e os futuros presidentes do Brasil”, diz o título da matéria.

Segundo o jornalista, na Suíça, chamaram Huck e Doria de “futuros presidentes do Brasil” por diversas vezes.

A extrema imprensa nem se preocupa mais em esconder suas preferências. Agora, de peito aberto, fazem “campanha política” visando as próximas eleições presidenciais.

Jornal da Cidade Online    

Juíza destemida manda forte mensagem para figurão da magistratura

A juíza Ludmila Lins Grillo, uma revelação da nova geração do meio jurídico do país, extremamente corajosa e grande patriota, vem sofrendo ameaças de um grande “figurão” da magistratura nacional. Ele, uma figura odiosa, nojenta e inescrupulosa, não é citado nominalmente pela magistrada, mas, não é difícil descobrir de quem se trata. Basta ler o texto.

Não existe no país outra figura tão sórdida quanto este cidadão.

Leia o texto da magistrada:

“Tu, ó elevado figurão da magistratura nacional: soube que passas teus dias traçando estratégias para me neutralizar. “Como ousa desafiar-nos a neófita?” És deprimente.

Tentas desesperadamente angariar colegas simpáticos à tua causa de querer me eliminar, mas sei que estás em dificuldade: ninguém te leva a sério. Não deve ser fácil ocupar cargo tão elevado e obter nem meia dúzia de adeptos para a perseguição que desejas iniciar.

Teu cargo é tudo que tens – tua própria substância -, por isso temes perdê-lo tal como tua própria vida. Projetas teus medos em mim, como se meus medos fossem os mesmos que os teus. Achas que compartilho de tua miséria.

Sim, se teu cargo é tua vida, és miserável. Desconheces por completo o sentido de tua própria existência. Tens as pernas trêmulas só de pensar em perder teu cargo e tua posição – e borras as calças só de pensar na possibilidade.

Enquanto lês estas palavras, sentes raiva. Neste momento, procuras meios de calar quem te perturba a alma e desnuda tua inépcia. Estás nu diante de tua própria consciência. Tua ira é compreensível – e até mesmo previsível: é bíblica. As coisas são assim desde o início dos tempos.

Procuras meios de me calar porque te causo incômodos. Logo eu, que consideras tão pequena e insignificante, causando-te incômodos, ó imponente figurão da República! Não te envergonhas? És tão grande e de importância tão monumental, por que te afliges com uma reles como eu?

Minhas palavras te atingem diretamente, ou ao teus benfeitores, de quem vives de lamber as botas – única forma que tens de ter alguma relevância na vida. És lamentável.

Saber que a obtenção de algum valor nessa vida dependeu de alguém que gentilmente concedeu-te um cargo – e ainda assim não receber o alto reconhecimento que desejarias – deve ser desesperador. És mesmo um miserável.

Perdes tuas noites – e tua vida – em claro preocupando-se em como eliminar do mapa miudezas como eu, enquanto eu até ontem desconhecia tua fixação em mim por completo: costumo mesmo dedicar minha atenção a coisas mais elevadas.

Sou-te desagradável e inconveniente, pois, quando apareço, tu te vês defronte à imensidão de tua ignorância. Eliminar-me é como tirar o sofá da sala: estarás satisfeito ocultando tua decadência que continuará a existir.

És um completo engodo: passar toda uma vida posando de erudito e tendo de fingir possuir uma capacidade que não tem, além de deprimente, deve dar um trabalho dos diabos.

Recebo afetos espontâneos que jamais receberás, porque o ser humano corre naturalmente na direção do que os instintos dizem ser-lhe bom. Contigo isso jamais acontecerá, pois és uma falsificação grotesca de virtudes: não emanas positividade alguma.

Minhas palavras podem significar, para ti, o descortino de algo que tu gostarias que permanecesse incógnito e incompreendido, pois te beneficias de certos segredos inconfessáveis. Nesse caso, lamento. Não tenho rabo preso como tu tens – e quero mais é que te lasques.

Deve ser mesmo incômodo ver opiniões que te são repulsivas receberem tamanha aceitação pública. Sei que não tens muita afeição ao contraditório e à divergência – embora exerças a magistratura -, tampouco à liberdade de expressão de que dizes ser defensor. És hipócrita.

Aceitas amizades cabulosas e favores de figurões duvidosos que possam te beneficiar, ao mesmo tempo que enxergas em mim o mal a ser extirpado. Teu aleijado senso das proporções é a própria representação da destruição total do que restou de tua inteligência e de teu caráter.

Sei bem que, ao ler estas palavras, não desenvolverás a humildade ou qualquer destas virtudes que não possuis – isso seria um comportamento dos fortes de espírito, e não de homenzinhos gelatinosos de perninhas trêmulas.

Sentes raiva: estás vermelho e teus dentes rangem, correto? Sofres uma ardência no tórax como se tivesses tomado ácido. Já sei: já estás correndo ao teu grupo de zap, tentando achar algum meio legal de me descartar, mas não consegues nem a lei, nem o apoio. Não és levado a sério.

Tua fortuna é que o teu estado de completa indigência espiritual não é estanque: é possível evoluir até o fim de nossas vidas. Ainda há tempo e salvação. Boa sorte. Com esta vida de bosta e sem sentido, vais mesmo precisar.”

Jornal da Cidade Online

Com ‘jeitão de pastor’, Lula quer o PT perto dos evangélicos

– Nos 580 dias preso em Curitiba, Lula tinha na TV uma das poucas distrações e, bom, queria fugir da Rede Globo. Em outros canais, pululavam programas de pastores e padres. Mais do que hobbie, viraram aprendizado. Entre evangélicos, seu PT, afinal, perdeu de lavada na eleição presidencial de 2018 — estima-se que no segundo turno tenha conquistado 03 de cada 10 votos nesse grupo.

O ex-presidente compartilhou com amigos, quão impressionado ficava com a prosa dos religiosos. Passou a achar que, assim como ele, militantes petistas deveriam assistir mais às pregações na TV. Em vez de irem uma vez por mês às reuniões do PT com boas ideias, mais valia bater diariamente nessa mesma tecla de que é preciso criar elos com os evangélicos, dizia.

Na semana passada, há dois meses fora da prisão, Lula voltou ao tema em entrevista à TVT (TV do Trabalhador). Rindo, disse que quer “entrar nessa” e até tem “jeitão de ser pastor, tô de cabelo branco”. Também podia ser padre, “é só a Igreja [Católica] acabar com o celibato que eu topo”.

O bate-papo reverberou na legenda como um sinal para que ela se empenhasse em reconquistar uma fatia do eleitorado que já lhe foi mais amigável. A dúvida, entre evangélicos, inclusive aqueles à esquerda, é se o PT incorrerá em erros passados ao acenar ao segmento.

“Quero até fazer discussão com eles [evangélicos]. Quero mostrar quem foi o presidente que mais os tratou com respeito”, afirmou Lula à TVT, para seguir com uma alfinetada em Jair Bolsonaro: “Não tem esse negócio de me batizar, não, nunca neguei que sou católico”.

Já com a candidatura ao Planalto em mente, quatro anos atrás o atual presidente, também católico, foi batizado em águas de Israel pelo líder do PSC, sua sigla à época.

Na entrevista, Lula recordou ainda de um tio e um sobrinho que já foram aliados: “Pergunte para Edir Macedo, [Marcelo] Crivella, quem tratou eles melhor”.

E lembrou que o eleitorado que votou em peso em Bolsonaro já foi seu. Logo, não daria para “ficar quieto” diante das fake news que contaminaram os evangélicos em 2018. “Aquela tal de mamadeira [com bicos em formato de pênis] que inventaram, e não vou citar o nome aqui porque acho grotesco, não pegaria em mim.”

Se projeções indicam que evangélicos são 3 de cada 10 eleitores e podem ser maioria em pouco mais de uma década, o PT fica onde nessa história? Daí Lula orientar sua militância a tentar reverter a sangria eleitoral no nicho.

Ele está certo quando diz que evangélicos já tiveram o PT em mais alta conta.

O pastor Silas Malafaia, por exemplo, destoou dos colegas que viam em sua versão de 1989 um belzebu comunista e o apoiou. Em 2002, até na campanha ele fez uma pontinha.

O bispo Edir Macedo era um dos que o satanizou em 1989. O líder da Igreja Universal mudou de ideia e, em 2010, o jornal Folha Universal chegou a publicar reportagem para blindar Dilma Rousseff contra acusações de que ela seria uma “aborteira”: “Boato do Mal”.

Caso similar ao da Assembleia de Deus, maior guarda-chuva evangélico do país. Algumas de suas alas mais poderosas, como o Ministério Madureira, estiveram com Dilma antes e hoje são Bolsonaro desde criancinhas.

A cena se repete com políticos do bloco da fé. A aliança com petistas atraía do ex-senador Magno Malta ao deputado Marco Feliciano, agora entre os que mais torpedeiam a legenda.

Pesquisas Datafolha mostram o apequenamento do PT nesse nicho. Em 2006, às vésperas do segundo turno, 59% dos evangélicos declaravam estar com Lula, e o resto iria de Geraldo Alckmin (PSDB).

A eleição de 2010 foi um marco na mudança dos humores do grupo, com o tema do aborto sombreando a campanha de Dilma. Ainda assim, a petista aparecia numericamente a frente (51%) do tucano José Serra nas intenções de voto.

Quatro anos depois, a dianteira do PT já era. Dilma até ganhou, mas, a dias de votar, 53% dos evangélicos declararam preferir Aécio Neves (PSDB). Em 2018, a queda foi feia: a intenção de votos válidos era de 69% para Bolsonaro.

O PT já tem um núcleo evangélico desde os anos 1980, quando eram tachados, também por causa da ligação com católicos, de “igrejeiros”, lembra a deputada Benedita da Silva (RJ). Ela, coordenadora nacional da célula evangélica do partido, e Rejane Dias (PI) são as únicas evangélicas entre os 53 petistas na Câmara.

Está previsto para março o segundo encontro do PT sobre o tema. “Queremos debater o porquê desse afastamento”, diz a presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PR), que aponta evangélicos como grandes beneficiários de programas como o Bolsa Família.

Ela só não vê como reconstruir algumas pontes implodidas. Papo com Malafaia, Edir Macedo? “Sobretudo depois do que aconteceu em 2018 e até antes, no golpe de 2016 [impeachment de Dilma], de como trataram a gente, acho muito difícil uma reaproximação.”

Para Benedita, nem é tanto “questão de se reconectar”. “Você sabe que a igreja é também um poder e se articula com qualquer que seja o governo. Já estiveram com Dilma, Temer, Lula, FHC, Sarney. ‘Hay poder, no soy contra’.”

Há dentro do PT quem diga que o esforço para dialogar com evangélicos, por ora, é mais espuma do que substância. Também reconhecem, nos bastidores, que pastores alinhados são de menor porte, têm influência limitada.

Mas a esperança é achar arestas num meio religioso tão pulverizado, com milhares de igrejas independentes –não existe essa que um Edir Macedo da vida manda em tudo, como pode parecer para quem vê de fora, dizem.

Daniel Elias, líder de uma pequena Assembleia de Deus em Duque de Caxias (RJ), ficou encarregado de encontrar fiéis no Rio dispostos a vir para o lado petista da força.

“Só quem é evangélico entende que a palavra do pastor é muito grande. Tem muito evangélico que não gosta do Bolsonaro e está silenciado. Só que, se você for contra pastor, acabou sua vida lá no templo.”

A ideia é “armar esses crentes com argumentos” para não caírem na lábia do pastor que diz que “cristão genuíno não vota em esquerda”. “Importante que esse debate seja feito de evangélico pra evangélico”, afirma Daniel. “O camarada não considera muito a palavra de fora. Quem falou que Bolsonaro é enviado a Deus foram pastores. Quem rebatia isso não era de dentro.”

Há exemplos práticos de como comprar essa briga. Se o evangélico for contra casamento homoafetivo, diga “simples, então você não casa”. Da mesma forma que a maior parcela evangélica não bebe cerveja, mas não faz lobby para proibir o álcool, diz Daniel.

Chamar atenção para condutas anticristãs também vale, como o apoio bolsonarista a armas e a apropriação de fala nazista pelo ex-secretário da Cultura Roberto Alvim.

“Cara, nem evangélico [Bolsonaro] é. Na minha visão de crente, quando olho profecia bíblica, ele tem características de anticristo: camarada levantado dentro da igreja, apoiado por cristãos.”

FOLHAPRESS