Sucesso da festa do 1º Centenário do Bairro da Liberdade continua repercutindo em toda São Luís

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Apesar das inúmeras tentativas para impedir a realização da festa do 1º Centenário do Bairro da Liberdade, a determinação e compromisso do vereador Cézar Bombeiro e dos vários segmentos comunitários transformaram um sonho em liberdade, superando todas as expectativas. Quando o povo quer e luta por anseios, todas as adversidades criadas, inclusive com objetivos de destruição, são vencidas e a comunidade se sobrepõe, diz a pedagoga Josélia Costa, expressiva líder comunitária da Liberdade.

A verdade é que as comunidades do bairro da Liberdade entenderam que as articulações para impedir a realização da festa, não foi apenas ao vereador Cézar Bombeiro, mas aos cidadãos e cidadãs, que poderiam ser privados de um direito digno e legítimo, daí a resposta com a participação massiva com a vitória espelhada em cada rosto e nas importantes apresentações do rico folclórico de todo o rincão da Liberdade, em suas expressivas manifestações potencializadas com alegria e sentimento de orgulho, afirma a líder Josélia Costa.

O vereador Cézar Bombeiro, depois do consagrado sucesso da festa do 1º Centenário do Bairro da Liberdade, disse que a importante vitória é de todos os segmentos comunitários, que além de terem contribuído para a organização, participaram com as suas famílias os dias de consagração. Não se pode desrespeitar e tentar mexer com os brios das pessoas pobres e humildes, uma vez que elas têm sentimentos, dignidade e sabem dar respostas aos que tentam transformá-las em massa de manobra, afirmou o vereador do PSD.

A programação cultural do evento, fruto da comissão de organização. teve uma participação bem acentuada dos grupos culturais das comunidades da Liberdade. Quanto aos batalhões pesados do bumba-boi por lá passaram os inquestionáveis Boi Novilho Branco, Boi de Leonardo e o Boi da Maioba, que gravou na festa o seu mais novo dvd. O certo dentro do contexto, é que a organização comunitária precedida de compromisso, seriedade e transparência se transformaram em conquistas com a multiplicação de vitórias, que estão apenas iniciando.

A participação dos deputados estaduais Eduardo Braide e Welington do Curso, do deputado federal Hildo Rocha e do vereador Garcez, além de expressivas lideranças sindicais e comunitárias como Cleinaldo Bil Lopes, foram importantes para abrilhantar o maior acontecimento do ano no Bairro da Liberdade.

 

Vereador Estevão Aragão denuncia a existência de mais de 6,5 mil servidores no Sistema Municipal de Saúde

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O vereador  Estevão Aragão voltou a fazer mais uma séria denuncia contra a administração do prefeito Edivaldo Holanda Júnior.

O vereador Estevão Aragão (PSDB) usou a tribuna da Câmara Municipal para denunciar o número de funcionários lotados na saúde em São Luís, que chega a 6.513. De acordo com as informações obtidas pelo parlamentar por meio do Portal da Transparência, os mais de 6 mil servidores são 1.231 do Hospital Municipal Djalma Marques, 786 agentes de saúde, 499 agentes de endemias, 266 no Samu e 3.771 na própria Secretaria Municipal de Saúde.

 

“Com essa quantidade de funcionários, a saúde pública da nossa cidade deveria ser de primeiro mundo, mas está muito longe de, sequer, ser melhorada. Enquanto o prefeito de São Luís gasta acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, faltam medicamentos, pagamentos, e a obra do Hospital da Criança continua parada”, acentuou.

 

Confira o quadro de servidores:

 

Setor  Número de funcionários
Hospital Municipal Djalma Marques  1.231
Secretaria Municipal de Saúde 3.771
Agente de Saúde (Semus) 786
Agente de Endemias (Semus) 499
Serviço Atendimento Móvel de Urgência 226
TOTAL 6.513

 

 

Convênios

 

Estevão Aragão também falou sobre o convênio firmado entre o Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal para ampliação das unidades de urgência e emergência, celebrado em 2012 e que termina em dezembro de 2018, no valor de pouco mais de R$ 2 milhões. “Apenas R$ 977 mil foram usados. Então, não sei para onde vai esse dinheiro, porque para a saúde não é”, afirmou o vereador.

 

O vereador tratou ainda de outro convênio, também firmado entre o Governo Federal e Municipal, que destina R$ 25 milhões para a construção da maternidade da cidade operária, a primeira de São Luís. São R$ 24 milhões do MS mais uma contrapartida de R$ 1 milhão da Prefeitura de São Luís. A vigência foi celebrada em dezembro de 2013 e terminará em agosto de 2018.

 

Segundo o Portal da Transparência, desses R$ 24 milhões foram repassados apenas R$ 3.386.400,00 entre os anos 2014 e 2016. “O prazo vai acabar e o dinheiro não chega. Isso prova a péssima gestão da atual Prefeitura de São Luís, que não consegue a liberação do restante da verba por falta de projeto. E esses três milhões de reais, não sei onde foi aplicado porque nem máquinas, nem operários são vistos trabalhando há muito tempo”, pontuou Estevão ao finalizar.

Fonte: Diretoria de Comunicação da CMSL

SINTSEP vai a justiça contra o Governo do Estado para restabelecer gratificações de servidores públicos

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  Não há respaldo legal para a retirada das gratificações do servidor no mês em que ele tirar suas férias, tampouco no período em que gozar de licença-prêmio.

               Diante da ausência de resposta por parte do Governo do Estado, não restou alternativa ao SINTSEP a não ser ingressar com um mandato de segurança na Justiça, para garantir o restabelecimento da gratificação de insalubridade dos servidores afetados com o corte na remuneração ao saírem de férias. A mesma situação também está acontecendo com aqueles que se afastam para gozar da licença-prêmio por assiduidade.

               Dependendo do grau de insalubridade que esteja incorporado no contracheque, os servidores estão tendo um corte de 20%, 30% ou 40% do vencimento no mês em que se afastam de férias.

                Lembramos à administração pública que, segundo o artigo 110 do Estatuto do Servidor (Lei Estadual Nº 6.107/94), “durante as férias o servidor terá direito a todas as vantagens do seu cargo”. Já o artigo 145 diz que “após cada quinquênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a três meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo efetivo. Mais adiante, o artigo 170 reitera que são considerados como de efetivo exercício, entre outros motivos, os afastamentos em virtude de férias e licença-prêmio.

               “O Estatuto do Servidor é claro ao garantir o direito a todas as vantagens do cargo em ambas as ocasiões. Não sabemos se o que está sendo feito é por puro desconhecimento da gestão ou simplesmente por má-fé”, afirmou Cleinaldo Bil Lopes, presidente do SINTSEP.

                 Ou seja, não há respaldo legal para a retirada das gratificações do servidor no mês em que ele tirar suas férias, tampouco no período em que gozar de licença-prêmio. É apenas mais uma medida infundada da gestão Flávio Dino, que, cada vez mais, penaliza os servidores do Poder Executivo.

Fonte: SINTSEP-Noticias

Repercute a atitude ditatorial do Governo do Estado em mandar destruir outdoor do Sinpol

O Governo do Estado do Maranhão acaba de escrever mais uma página da triste história de terror que tem impregnado o Estado, numa volta à ditadura, em pleno Século XXI. Após o Brasil inteiro se chocar com o caso de investigação feita pelo governo contra seus opositores, a Gestão Flávio Dino e seu “general” Jefferson Portela, mais uma vez usando do braço militar do Estado para impor sua tirania, acabaram de golpear a Democracia, ferindo de morte um dos seus pilares mais sagrados, que é a liberdade de expressão.

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Num direito democrático que lhe assiste, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão (SINPOL-MA) usou de um meio legal de publicidade para                  divulgar uma informação de interesse público, qual seja, a de que o Governo do Estado tem desprezado o investimento na Polícia Civil e destinado a esta menos de 1% da verba de Segurança Pública.  Além das mídias virtuais, o Sindicato usou os tradicionais outdoors como forma de veicular tal denúncia. Assim, foram espalhados pela capital maranhense e por outras cidades do interior, vários outdoors, onde estampavam as fotos dos públicos Jefferson Portela e Flávio Dino, como legítimos símbolos do Governo que são.

Pois, na manhã desta quinta-feira, 24/05/2018, os diretores do Sindicato dos Policiais Civis foram surpreendidos com a notícia de que um dos outdoors, o que havia sido colocado em frente à Secretaria de Segurança Pública, estava sendo retirado antes de findar o contrato. Incrédulos com tal denúncia, a diretoria classista dirigiu-se imediatamente ao local, onde confirmaram a denúncia. O outdoor que ali estivera, dera lugar a uma propaganda da própria empresa detentora dos direitos daquela placa publicitária.

Já prevendo o que acontecera, o SINPOL-MA logo buscou esclarecer os fatos: a empresa contratada para colocar os outdoors fora ameaçada pelo Governo do Estado. Ou eles tiravam aquele outdoor do SINPOL-MA, ou perderiam a placa e o direito de explorar aquele espaço. Tal informação deixou estarrecida a Diretoria do Sindicato, pois, além de atacar diretamente a liberdade de expressão, o que o Governo do Estado praticava naquele ato, era uma violência a própria República, num ataque claro e direto à livre iniciativa, que é um dos princípios fundamentais previstos no primeiro artigo de nossa constituição, em seu quarto inciso.

Diante do que fora levantado, não restou dúvida de que o Autoritarismo mais uma vez se impusera. O local explorado pela referida empresa, fora cedido para ser explorado comercialmente pelo próprio Estado, numa área que hoje pertence ao Corpo de Bombeiro Militar. E não coincidentemente, a ordem para que a publicidade ali exposta fosse retirada, foi dada por um tenente daquela honrada instituição. Resta agora saber: assim como no caso do Circular nº 08, terá o Governo a coragem de dizer que não sabia de nada? Será que as instituições militares resolveram se rebelar contra a tão rígida hierarquia militar, que passaram agir por conta própria, sem a anuência de seus superiores?

A DIRETORIA

 

A Igreja Católica é para semear a paz e a união. No Cohatrac interesses colocam cristãos em conflitos

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Lamentável sob todos os aspectos, um conflito entre a comunidade católica e a Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, protagonizam com outro grupo da comunidade, que há pelo menos 10 anos é quem organiza o principal arraial do Cohatrac.

                 A Paroquia Nossa Senhora de Nazaré ao criar um comitê gestor naturalmente entende que o arraial bem em frente ao templo católico deve passar para a administração do seu próprio comitê gestor. A princípio, os interessados não chegaram a um entendimento e o conflito foi o caminho aberto para uma disputa. Qualquer que seja o vencedor, com certeza ficará sequelas, que vão interferir diretamente entre os fiéis, com muitos e requintados questionamentos.

                   O mais vergonhoso em todo o conflito é a utilização da frente do templo, que não á apenas referência do bairro e nem municipal ou estadual, mas nacional, para manifestação que foge aos princípios emanados dos valores cristãos. Na verdade, o que está em jogo pelo arraial é o interesse financeiro com visão de arrecadação, o que realmente é vexatório. Pelo que ouvi, as partes pretendem recorrer a justiça, visando unicamente auferir lucros com os festejos juninos.

Fonte: AFD

Matéria Publicada em Junho de 2018

CPT denuncia 05 Massacres no Campo com 31 mortes em 2017

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Massacres: a pedagogia do terror

                     2017 ficará marcado na história pelos Massacres no Campo. Cinco massacres com 31 vítimas, 44% do total de assassinatos em conflitos no campo. No primeiro semestre de 2017, em pouco mais de um mês, ocorreram os massacres de Colniza, Vilhena e Pau D’Arco, com 22 mortos.

O professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Cláudio Maia, ao analisar os dados registrados pela CPT identificou que em dois dos massacres ocorridos em 2017, Colniza (MT), com 9 mortos, e Pau D’Arco (PA), 10 mortos, o número de pessoas mortas só foi menor que o de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996, com 19 mortes. Números de massacres, próximos aos de 2017, foram registrados somente no ano de 1985, com 10 casos, e em 1987, com seis casos. Desde 1988 não se registrava, num único ano, mais do que dois massacres. No entender de Airton Pereira e José Batista Afonso, ambos integrantes da CPT, o que assusta é identificar o “grau de brutalidade e crueldade que os acompanharam. Cadáveres degolados, carbonizados, ensanguentados, desfigurados. Exemplos que deverão ficar marcados para sempre na alma de homens, de mulheres, de jovens e crianças. Uma pedagogia do terror”.

A CPT registra como massacre quando em um conflito, no mesmo dia, são assassinadas três ou mais pessoas. Após divulgação dos dados de assassinatos em conflitos no campo, no dia 16 de abril passado, a Pastoral incluiu o caso de Canutama (AM) também como massacre, aumentando para cinco o número de massacres em 2017. Voltamos a destacar a suspeita de ter ocorrido mais um massacre, de indígenas isolados, conhecidos como “índios flecheiros”, do Vale do Javari, no Amazonas, entre julho e agosto de 2017. Seriam, pelas denúncias, mais de 10 vítimas. Contudo, já que nem o Ministério Público Federal no Amazonas e nem a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) chegaram a confirmar as mortes, as mesmas não foram computadas.

Fonte: CPT Nacional

Brasil é o 4º país que mais prende mulheres: 62% delas são negras

O sistema prisional brasileiro é um dos que mais prende mulheres no mundo. Somos a quarta maior população carcerária feminina do planeta. Mantemos privadas de liberdade cerca de 42.355 mulheres, de acordo com o novo Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias sobre Mulheres, o Infopen Mulheres, divulgado (sem alarde) na quarta-feira (9), pelo Ministério da Justiça. Estamos atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Rússia.

A situação é grave e não há indícios de melhora: o Brasil mantém uma taxa de aprisionamento feminino de 40,6, o que representa um aumento de 455% entre 2000 e 2016, como informa a Conectas, organização social de direitos humanos. No mesmo período, a Rússia diminuiu essa população carcerária em 2%.

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“A expansão do encarceramento de mulheres no Brasil não encontra parâmetro de comparabilidade entre o grupo de cinco países que mais encarceram mulheres no mundo”, diz o relatório.

Não existem vagas para todas. Há um déficit de mais de 15.300 vagas para receber essas mulheres, além de os presídios não serem adequados às mulheres e suas demandas. Um ponto escandaloso é que quase a metade das mulheres presas não foi condenada, o que configura um enorme descaso e descompromisso da Justiça e do Estado com essa população.

Lei de drogas para prender mulheres negras

O Brasil teve a mais longa e numerosa escravidão do mundo. Foi o último país a botar fim a esse regime e instituiu há exatos 130 anos a Lei Áurea, que em tese acabou com a escravidão. Mas a nova lei não promoveu a inserção dos ex-escravos na sociedade brasileira, nem reparou os anos de serviços forçados a que essas mulheres e homens foram submetidos, ou tampouco garantiu direitos aos afrodescendentes. Bem ao contrário.

O país não chegou a criar leis segregacionistas, como as Jim Crow, nos Estados Unidos, ou como as legislações da Jamaica e de Porto Rico. O Brasil fingiu ser cordial, alimentando o seu racismo de maneira sorrateira. “Serviu como um argumento para que o Estado dissesse que no Brasil não tem racismo, que a questão da escravidão está resolvida, é passado”, explica o historiador e professor Rafael de Bivar Marquese, do departamento de História da USP, que estuda “Escravidão e História Atlântica”.

Marquese explica que foi por meio de regras informais que essa segregação racial se estruturou na sociedade brasileira, gerando consequências até hoje. “Abriu-se um amplo espaço para arbitrariedades por parte dos agentes públicos. Discriminação religiosa, criminalização do negro, desigualdades raciais no mercado de trabalho, tudo o que nós estamos vendo hoje é algo que vem historicamente desde o início da escravidão.”

Dessa forma, o Estado criou outras regras para controlar a população negra sem, no entanto, explicitar o componente racial. Não é por acaso que a maioria das mulheres presas (62%) é negra ou que a taxa de aprisionamento de negras (62,5) é muito superior à de brancas (40,1). Há, obviamente, uma seletividade racial que determina, por meio da Justiça, que mulheres negras são mais suspeitas que mulheres brancas.

O mecanismo que opera esse aprisionamento em massa é a nova Lei de Drogas, instituída em 2006. Nela, falta regulamentar de maneira mais explícita o que define quem é traficante e quem é usuário. Essa margem faz com que o racismo opere livremente: cabe primeiro ao policial/delegado e depois ao juiz (geralmente homem e branco) definir se a mulher se enquadra como traficante ou como usuária.

Dados os estereótipos do “suspeito” a que o Brasil está acostumado e a julgar pelas desigualdades que essas mulheres enfrentam, sendo, portanto, muito mais vulneráveis, sabemos quem será privada de liberdade na escolha da Justiça.

“As prisões modernas têm o ‘privilégio’ de ser o lugar onde se materializam as estruturas hierárquicas impostas pela lógica racial da desumanização do corpo negro. A desumanização na prisão abre caminho para a criminalização pelo Estado penal”, afirma a advogada e pesquisadora Dina Alves, em sua análise Rés negras, juízes brancos.

Um sistema inadequado às mulheres

                    Mesmo com uma população carcerária feminina tão grande, o Brasil não tem estrutura para dar conta das demandas das mulheres: a maioria dos estabelecimentos penais que as abriga é masculina ou mista. Significa que não tem espaço adequado para gestantes, berçários, locais de aleitamento materno, atenção à saúde da mulher ou visitas. A separação por gênero dos estabelecimentos destinados ao cumprimento de penas privativas de liberdade está prevista na Lei de Execução Penal e foi incorporada à Política Nacional de Atenção às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional.

O relatório revela que apenas 55 unidades em todo o país declararam apresentar cela ou dormitório para gestantes. Os estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins não possuem nenhum espaço para gestantes. As unidades que declararam ser capazes de oferecer esse local somam uma capacidade total para receber até 467 bebês. Apenas 3% das unidades prisionais femininas ou mistas que declararam ter creches dizem ter condições de receber crianças acima de dois anos.

É o direito à maternidade que está sendo violado. Assim como o direito da criança de conviver com a mãe.

Incompatível com a vida e com a dignidade

A chance de uma mulher cometer suicídio no sistema prisional é 20 vezes maior se comparada à população brasileira. “Entre a população total foram registrados 2,3 suicídios para cada grupo de 100 mil mulheres em 2015, enquanto entre a população prisional foram registradas 48,2 mortes autoprovocadas para cada 100 mil mulheres”, diz o relatório.

Esse quadro permite afirmar que o sistema penitenciário brasileiro é um “estado de coisas inconstitucional”, como reconheceu o Supremo Tribunal Federal. O plenário afirmou que o sistema produz “violação generalizada de direitos fundamentais dos presos no tocante à dignidade, higidez física e integridade psíquica. As penas privativas de liberdade aplicadas nos presídios converter-se-iam em penas cruéis e desumanas.”

Por tudo isso, não adianta construir mais e mais presídios. É preciso adotar políticas de desencarceramento. É urgente acelerar o processo dos presos provisórios. É necessário rever a Lei de Drogas.

Fonte: Pastoral Carcerária Nacional