Tyrone José Silva é o mais novo desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão

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Tyrone José Silva assinou o termo de posse no Gabinete da Presidência do TJMA (Foto:Ribamar Pinheiro)

       O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) elegeu em sessão administrativa nesta quarta-feira (24) o juiz Tyrone José Silva (4ª Vara Cível) para o cargo de desembargador.  Após a eleição, o novo desembargador prestou juramento e assinou o termo de posse e exercício no cargo.

Tyrone Silva encabeçou a lista tríplice dos candidatos mais pontuados na votação aberta, nominal e fundamentada, com 2.139 pontos, sendo seguido pelos juízes Maria Francisca Gualberto de Galiza (4ª Vara da Família), com 2.127, e José Jorge Figueiredo dos Anjos (3ª Vara da Fazenda Pública), com 2.117.

A escolha do novo integrante do Pleno se deu pelo critério de merecimento e o magistrado vai preencher a vaga aberta no colegiado com a aposentadoria do desembargador Benedito de Jesus Belo. Os desembargadores avaliaram e pontuaram a trajetória do candidato quanto aos critérios técnicos de desempenho; produtividade; presteza no exercício da jurisdição; aperfeiçoamento técnico e adequação da conduta.

O Regimento Interno do TJMA torna obrigatória a nomeação do magistrado que constar por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista tríplice de merecimento. Como os juízes Tyrone Silva e José Jorge Figueiredo já haviam integrado a lista por duas vezes, foi eleito o mais votado, restando ao terceiro colocado aguardar a oportunidade de nova vaga para acessar o cargo.

Também concorreram à eleição os juízes de entrância final: Samuel Batista de Souza (5º Juizado Especial Cível), José Eulálio Figueiredo de Almeida (Juizado de Trânsito), José Gonçalo de Sousa Filho (3ª Vara Criminal), Oriana Gomes (8ª Vara Criminal), Luiz de França Belchior Silva (2ª Vara Cível), Lucas da Costa Ribeiro Neto (2ª Vara da Família), Raimundo Nonato Neris Ferreira (9ª Vara da Fazenda Pública), Manoel Aureliano Ferreira Neto (8º Juizado Cível) e Maria do Socorro Mendonça Carneiro (5ª Vara da Família).

POSSE – Encerrada a sessão, o Tyrone Silva compareceu à presidência do TJMA acompanhado da esposa, Sônia Wernz e do filho Bruno César. Diante da presidente em exercício do TJMA, desembargadora Anildes Cruz, prestou juramento e  assinou o termo de compromisso, posse e exercício no cargo.

“Agradeço a todos os membros que votaram em nosso nome e que trabalharam para que a nossa caminhada tivesse sucesso, aos servidores que estiveram na torcida quando estávamos postulando o cargo, e a Deus, por nos ter permitido chegar a esse ponto. Estamos aqui para servir e defender a lei, o direito e a Justiça”, disse o novo desembargador.

A presidente em exercício deu as boas-vindas ao novo integrante do TJMA e disse estar certa de que o novo desembargador chega para “somar para elevar, ainda mais, o nome do Judiciário do Maranhão”.

Compareceram à solenidade de posse a corregedora geral da Justiça, desembargadora Nelma Sarney; os desembargadores Jamil Gedeon, José Bernardo, Graça Duarte, Raimundo Barros, Marcelino Ewerton e Ricardo Duailibe; os juízes Osmar Santos, diretor do fórum de São Luís; Márcia Chaves, coordenadora dos juizados especiais;  Mário Márcio, José Américo, Francisca Galiza e Oriana Gomes – auxiliares da Corregedoria -; o deputado estadual Edilázio Júnior, e o conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Município, Ronald Sarney, dentre outras autoridades.

Helena Barbosa

Assessora de Comunicação da Presidência

Ao trazer ao Maranhão a CPI do Sistema Carcerário ao Maranhão a deputada Eliziane Gama resgata direitos, dignidade humana e a verdade

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A deputada Eliziane Gama e o deputado Alberto Fraga, presidente da CPI do Sistema Carcerário

     Quando deputada estadual, Eliziane Gama foi bem atuante e deu importante destaque para a Comissão dos Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa do Estado, no exercício da presidência. Como presidente da comissão e não contando com os necessários apoios da direção da casa, mesmo assim não mediu esforços para exercitar a sua luta em defesa de direitos de mulheres, crianças, deficientes, detentos e os inúmeros problemas que chegaram ao seu conhecimento e dos demais membros sobre direitos humanos.

    Os problemas registrados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, mereceram a atenção da Ouvidora Nacional do Sistema Penitenciário, Marlene Inês da Rosa, que encaminhou para a deputada algumas matérias do meu blog relatando fugas, destruição de unidades prisionais e agressões a presos, que já prenunciavam as barbáries. Quando o material chegou às mãos de Eliziane Gama, ela já estava em plena ação, fazendo discursos duros no plenário e cobrando providências sérias e imediatas de todos os Poderes Constituídos. No parlamento estadual contou com o importante apoio dos deputados Bira do Pindaré e Raimundo Cutrim e várias entidades da sociedade civil organizada decidiram somar esforços com a parlamentar.

    Quando ela decidiu fiscalizar o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, juntamente com membros da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, o então todo poderoso secretário Sebastião Uchôa, da Administração Penitenciária mandou barra-la, mas diante do sério posicionamento de Eliziane Gama e das consequências, que teria de arcar, o homem perdeu a arrogância momentaneamente  e ainda levou uma esculhambação que veio do Gabinete da Casa Civil do Governo. Foi a partir dali, que a deputada teve a plena e convicta certeza do que poderia ocorrer no Sistema Penitenciário, principalmente pelas graves denúncias feitas a ela por detentos em condições subumanas, caso não houvesse providências imediatas. Infelizmente, as barbáries e fugas foram decorrentes da omissão do governo e a incompetência na gestão da SEJAP.

     Foram feitas inúmeras articulações dentro do Sistema Penitenciário para abafar o desaparecimento do preso Ronalton Silva Rabelo. A partir do momento em que a denuncia chegou a Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia, a deputada Eliziane Gama registrou graves denuncias no plenário do legislativo estadual e cobrou providências. O Sindicato dos Agentes Penitenciários, até então vítima de uma perseguição por denunciar a corrupção na SEJAP, contribuiu com importantes informações à parlamentar.

     Quando os responsáveis pela custódia de presos nos estabelecimentos penais acreditavam totalmente na impunidade, eis que surge novamente a deputado Eliziane Gama, com mandato na Câmara Federal e com alcances maiores.

     O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados, o deputado Alberto Fraga, diante da gravidade do problema como o desaparecimento do preso Ronalton Silva Rabelo, na véspera em que deveria ser posto em liberdade e as constantes movimentações feitas com ele entre a CCPJ do Anil e presídios de Pedrinhas, revelação feita pela senhora Maria da Conceição Rabelo, mãe da vítima, defendeu imediatamente a convocação do então ex-secretário Sebastião Uchôa e do delegado Larrat, os quais afirmaram que Ronalton Rabelo havia fugido, com a facilitação feita por monitores do presidio, mas sem qualquer justificativa para tanto.

     A verdade é que a deputada federal Eliziane Gama, com a presença da CPI do Sistema Penitenciário no Maranhão, conseguiu acender a chama da justiça nas pessoas e entidades tripudiadas pelo governo das barbáries.  Há um forte anseio de que todos os gestores do Sistema Penitenciário, durante todo o período em que foram mortas quase 80 pessoas, incluindo as barbáries, sejam responsabilizadas criminalmente.

SINDSPEM entregou a CPI do Sistema Carcerário farto material com registro de corrupção na SEJAP na administração de Sebastião Uchôa

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  Farto material contendo cópias principalmente do Diário Oficial do Estado, com a concessão de aumentos suspeitos e contratos que variam entre 10 e 38 milhões de reais com empresas de serviços terceirizados, sem qualquer licitação, apenas através de termos aditivos.  Outro documento com substanciais provas de corrupção deslavada foi denunciado pelo Movimento de Auditores Unidos Contra a Corrupção, que apontou o desvio mensal de mais de um milhão e meio de reais, através da empresa Gestor, para garantir salários a 194 pessoas com salários que variavam entre um mil e quinhentos e sete mil reais, sem a necessidade de trabalhar. Quanto as denúncias que envolvem outros graves problemas, inclusive questão de construções, o SINDSPEM, pede que a CPI do Sistema Carcerário faça levantamentos para verificar o montante de recursos federais desviados. Diante dessas questões é que os fatos também merecem investigações do Ministério Público Federal e da própria Policia Federal, sem prejuízos das investigações que estão sendo procedidas pela Secretaria de Estado e da Transparência. Uma sacola grande foi entregue diretamente pela diretora de comunicação do SINDSPEM, Liana Furtado Gomes ao deputado federal Alberto Fraga, presidente da CPI.

10ª Edição da Semana Nacional da Conciliação do Conselho Nacional de Justiça

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Semana Nacional de Conciliação 2014 na Bahia (Nei Pinto/ASCOM-TJBA)

Os tribunais brasileiros, em parceria com o Conselho Nacional da Justiça (CNJ), promovem entre 23 e 27 de novembro as audiências da 10ª edição da Semana Nacional da Conciliação. Criada pelo CNJ para disseminar a cultura da paz e do diálogo, a Semana Nacional é um esforço concentrado da Justiça para resolver o maior número possível de ações judiciais por meio da conciliação.

Realizadas desde 2006, as semanas nacionais já resultaram em 1,25 milhão de acordos, superando R$ 7 bilhões em valores homologados. “O grande objetivo da Semana Nacional é a conscientização. Não podemos imaginar que, em uma semana, vamos resolver todos os problemas do Judiciário, como o acúmulo de processos ou a demora dos processos, mas queremos mostrar à população que existe uma alternativa consensual dentro do Judiciário”, explica o coordenador do Comitê Gestor do Movimento pela Conciliação do CNJ, conselheiro Emmanoel Campelo.

Quem tiver processos na Justiça e quiser tentar solucionar o conflito por meio de acordo entre as partes deve entrar em contato com o tribunal de seu estado para saber se já é possível fazer a solicitação da audiência. Praticamente toda disputa tem chance de acordo, entre elas: divórcio, partilha de bens, pensão alimentícia, ações trabalhistas, dívidas em bancos, pendências financeiras, problemas de condomínio ou com empresas de telefonia. “O leque é enorme e cresce à medida que magistrados e servidores se capacitam nesse campo”, reforça Campelo.

Programação

Para a Semana Nacional da Conciliação, os tribunais selecionam os processos que tenham possibilidade de acordo e intimam as partes envolvidas no conflito. Caso o cidadão ou instituição tenha interesse em incluir o processo na Semana, deve procurar, com antecedência, o tribunal em que o caso tramita. Quando uma empresa ou órgão público está envolvido em muitos processos, o tribunal é orientado a fazer uma audiência prévia para sensibilizar a empresa/órgão a trazer ao mutirão boas propostas de acordo.

As conciliações pretendidas durante a Semana são chamadas de processuais, ou seja, quando o caso já está na Justiça. A identidade visual da nova edição da campanha ainda está em processo de finalização. Como tem sido nos últimos anos, o conselho deve distribuir adesivos, folder e cartazes aos tribunais participantes. Também serão promovidas ações nas redes sociais e no portal do CNJ.

Fonte – CNJ

CPT – 40 anos caminhando com o povo da terra

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Hoje, 22 de junho de 2015, a CPT celebra seus 40 anos de existência, junto aos “últimos dos últimos”, às causas mais justas e às lutas por dignidade e justiça social.

                  A Comissão Pastoral da Terra (CPT) nasceu durante o Encontro de Bispos e Prelados da Amazônia, convocado pela Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), e realizado em Goiânia (GO). Desde o início a CPT desenvolveu junto aos trabalhadores e trabalhadoras da terra um serviço pastoral. Na definição de Ivo Poletto, que foi o primeiro secretário da entidade, “os verdadeiros pais e mães da CPT são os peões, os posseiros, os índios, os migrantes, as mulheres e homens que lutam pela sua liberdade e dignidade numa terra livre da dominação da propriedade capitalista”.

Fundada em plena ditadura militar, como resposta à grave situação dos trabalhadores rurais, posseiros e peões, sobretudo na Amazônia, a CPT teve um importante papel. Ajudou a defender as pessoas da crueldade deste sistema de governo, que só fazia o jogo dos interesses capitalistas nacionais e transnacionais, e abriu caminhos para que ele fosse superado. Ela nasceu ligada à Igreja Católica. O vínculo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ajudou a CPT a realizar o seu trabalho e a se manter, no período em que a repressão da ditadura militar atingia agentes de pastoral e lideranças populares. Mas já nos primeiros anos, a entidade adquiriu um caráter ecumênico, tanto no sentido dos trabalhadores que eram apoiados, quanto na incorporação de agentes de outras igrejas cristãs, destacadamente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB.

Fábio Câmara cobra prestação de contas do prefeito Edivaldo Júnior

       Requerimento solicitando a apreciação e votação referente aos anos de 2013/2014 foi aprovado por unanimidade pelos vereadores

 O plenário da Câmara Municipal de São Luís aprovou na segunda-feira, 22, requerimento de autoria do vereador Fábio Câmara (PMDB), que solicita à Mesa Diretora da Casa, em caráter de urgência, a apreciação e votação dos dois últimos anos de gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

 Ao discutir a matéria, o parlamentar indagou se os números oficiais já teriam sido encaminhados ao Legislativo e se os mesmos haviam sido submetidos à apreciação pelo Tribunal de Contas.

 “Prestações de contas de quatro ex-prefeitos estão paradas no Legislativo aguardando análise. Até agora nenhuma delas foram submetidas à apreciação da Câmara. Eu não quero discutir o pretérito, por isso, estou cobrando a prestação de contas do atual prefeito”, afirmou o vereador.

 Fábio Câmara afirmou que requer as informações, pois o prefeito Edivaldo Júnior já cumpriu mais da metade do mandato sem que a Câmara aprecie as suas contas.

 “Isso tem que ocorrer num período de dois em dois anos. E o prefeito Edivaldo Júnior já cumpriu dois anos de mandato e caminha para o terceiro ano. Temos essas contas aqui ou no TCE esperando o quê?”, questionou.

 Contas – Em resposta ao questionamento do peemedebista, o presidente da Câmara, vereador Astro de Ogum (PMN), afirmou que as prestações de contas desde a gestão da prefeita Conceição Andrade já se encontram à disposição de todos os parlamentares e a estimativa do chefe do legislativo é de que estas contas sejam apreciadas em Plenário até o segundo semestre do ano.

 “Estamos com uma comissão montada para analisar todos esses casos que vai desde a gestão da prefeita Conceição Andrade até a do prefeito João Castelo e a estimativa é de que estas contas sejam apreciadas em Plenário até o segundo semestre do ano”, garantiu Ogum.

Vereador reivindica recuperação de vias públicas na Forquilha

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O vereador Francisco Chaguinhas é um dos parlamentares municipais bem atuantes.

O vereador Francisco Chaguinhas (PSB) apresentou, no plenário da Câmara Municipal de São Luís, solicitação ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) para que seja recuperado o calçamento da Rua Oito de Dezembro, localizada no bairro da Forquilha. O parlamentar sugere, por meio de ofício, que o prefeito autorize o secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos, Antônio Araújo, a incluir no cronograma de obras da Prefeitura de São Luís, a completa recuperação asfáltica da artéria em regime de urgência.

              O vereador Chaguinhas que está entre os vereadores mais atuantes no Legislativo Municipal, é um politico sempre presente nas comunidades, buscando informações com lideranças e procurando defender com muita intensidade os interesses coletivos.

CPI do Sistema Carcerário depois de audiência com importantes oitivas deve convocar o delegado Sebastião Uchôa

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A audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Carcerário da Câmara dos Deputados, foi marcada pela determinação e compromisso dos seus membros em ver a realidade e buscar alternativas para a séria problemática. Integrada pelos deputados federais Alberto Fraga (presidente), Laudívio Carvalho (vice-presidente) e os membros Edmilson Rodrigues e Eliziane Gama, sendo que a iniciativa de trazê-la ao Maranhão foi da própria Eliziane. Também participaram da audiência parlamentares das Comissões dos Direitos Humanos e das Minorias e de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Estado.

     Inicialmente, a deputada Eliziane Gama, registrou que pediu a vinda da CPI ao Maranhão, decorrente de uma situação inaceitável, diante das barbáries, fugas e banalização da vida, principalmente com o desaparecimento do preso Ronalton Silva Rabelo, que o Sistema Penitenciário do Maranhão, simplesmente diz que ele fugiu e não sabe dar explicação, mesmo com a declaração pública do ex-secretário Sebastião Uchôa, da Administração Penitenciária, que afirmou ter ele fugido através de facilitação, mas nunca apresentou provas para a família, para a Comissão de Direitos Humanos e das Minorias e o Ministério Público.

     A primeira oitiva foi do professor e sociólogo Wagner Cabral, da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos. Através de levantamentos estatísticos mostrou a realidade do Sistema Carcerário do Maranhão, quanto aos números  e a evolução dos gastos elevados se tornaram uma verdadeira caixa preta. Salientou com muita determinação, que hoje não existem informações públicas confiáveis, levando-se em conta a má fé para ludibriar a opinião pública e citou um exemplo. Para camuflar o crescente número de mortes violentas, em uma avaliação técnica, a SMDH constatou que a apresentação pelo Sistema de Segurança de 343 mortes violentas, desviando um considerável número para outro tipo de morte, o levantamento chegou a 444 mortes violentas. Como realmente os dados públicos não são corretamente confiáveis por falta de seriedade e compromisso do poder publico, a verdade, infelizmente permanece camuflada, deixou bem claro Wagner Cabral.

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Wagner Cabral, Diogo Cabral e Joisiane Gamba

        O advogado Diogo Cabral, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Maranhão, foi bem decisivo, informando as medidas cautelares junto a Corte Interamericana de Direitos Humanos, mesmo assim houve o registro de muita violência, inclusive decapitações de presos, num total de oito. Registrou, que a realidade vista hoje pelos membros da CPI são bem degradantes, mas antes eram bem piores e totalmente subumanas, afirmou o advogado.

                     Cézar Bombeiro afirmou que a corrupção causou as barbáries e o caos no Complexo de Pedrinhas

         A terceira oitiva foi do agente penitenciário, César Bombeiro, vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário. Ele foi bem taxativo, quando afirmou que a corrupção deslavada foi o ponto crucial para toda a problemática que marcou os anos de 2013 e 2014 no Sistema Penitenciário do Maranhão. A crise teve inicio com as acusações feitas pelo secretário Sebastião Uchôa e endossada pela governadora Roseana Sarney, de que seriam os agentes penitenciários os responsáveis por alguns problemas em todas as unidades prisionais, proporcionando a retirada de todos e a contratação de milhares de monitores e seguranças armadas a peso de ouro, sem qualquer qualificação. Como os presos deixaram de ser recolhidos às delegacias distritais e não houve aumento da capacidade do Complexo de Pedrinhas, a superlotação tomou dimensão grave. Com a vinda de presos do interior, deram origem as facções. Cézar Bombeiro, adiantou que a terceirização e a politicagem passaram a ser acentuadas para  penitenciário  ter serviço de inteligência, nunca foi capaz de grampear telefones de presos que são muitos, mas são eficientes para grampear de várias pessoas, muitas das quais estão aqui neste recinto, começando pelo meu aparelho.  A Pastoral Carcerária, que em outros tempos era bem atuante, séria e responsável se tornou conivente com toda a problemática, em troca de interesses pessoais. Fui acusado ser chefe de quadrilha, mas continuo andando de cabeça erguida e coloco à disposição da CPI para investigação os meus sigilos bancário e telefônico. Por não vender a minha dignidade e não participar de atos de corrupção foi perseguido pelo delegado Sebastião Uchôa, com punições administrativas e uma ação que impetrei na justiça contra ele por ameaças, quem acabou sendo condenado foi eu, e hoje ele é cuidador de cachorros dentro do atual governo, afirmou o vice-presidente do Sindspem.

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O promotor Pedro Lino , Liana Gomes e Cézar Bombeiro, do Sindspem

       A participação da Defensoria Pública foi muito importante e bastante valorizada pelos membros da CPI, diante dos relatos da defensora geral Mariana Albano de Almeida. Pelas ações desenvolvidas, não apenas no campo carcerário, mas em outros,  com o reduzido número de apenas 148 defensores públicos, além de merecer elogios pela competência, os deputados federais se mostraram bem interessados em dar contribuições para que ela alcance todas as comarcas maranhenses. O promotor público Pedro Lino, mesmo diante das dificuldades e das criticas, conseguiu registrar claramente os esforços e de colegas no enfrentamento à violência no Sistema Carcerário, destacando ações ajuizadas e outras que infelizmente não foram adiante na justiça.

        O juiz da Vara das Execuções Penais, Fernando Mendonça, mesmo sido sido convidado e chamado, não participou da oitiva, embora estivesse local  e não se posicionou, quando o deputado federal Edmilson Rodrigues, integrante da CPI lamentou a ausência do judiciário nas oitivas, muito soubesse que em São Luís existem duas varas específicas.

        O secretário Murilo Andrade solicitou dispensa da oitiva, uma vez que já estivera em reunião com eles e o governador. O delegado Larrat, do serviço de inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária, foi outro que não compareceu e nem justificou.

            Mãe de Ronalton chora perante a CPI

       A senhora Maria da Conceição Rabelo, mãe do preso Ronalton Silva Rabelo, que desapareceu misteriosamente da Casa de Detenção, do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na véspera de ser colocado em liberdade mediante ordem judicial. O caso tomou maiores proporções quando a deputada Eliziane Gama, no parlamento estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias tomou a iniciativa de averiguar o caso. Ela disse, que o seu filho veio de Santa Inês e passou oito meses presos, ficando em constantes transferências da CCPJ do Anil para a Cadet, pelo menos umas quatro vezes.

        Relatou que no dia primeiro de abril falou por telefone com o filho, informando-o que no dia seguinte estaria em São Luís com um advogado portando um alvará de soltura para coloca-lo em liberdade por determinação da justiça de Santa Inês. Ao chegar ao presidio, ele não foi encontrado e depois de buscas e mais buscas, ela esteve com o Secretário Sebastião Uchôa, que lhes afirmou que ele escapou através de fuga facilitada. Ela argumentou como ele fugiu se sabia que seria posto em liberdade no seguinte. Disse que o delegado Larrat também lhe afirmou que Ronalton havia fugido, mas os comentários dentro do cárcere era de que ele teria sido assassinado, o seu corpo esquartejado e desovado no lixo.

         Ela chorou e o deputado Alberto Fraga, presidente da CPI, disse que vai cobrar das autoridades um relatório dos fatos e pediu a defensora geral  Mariana Albano de Almeida apoio para as providências que façam necessárias.

          Membros da CPI e da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa do Estado realizaram à noite uma reunião fechada, em que foram convidados o promotor Pedro Lino, a defensora geral Mariana Albano de Almeida  e o juiz Fernando Mendonça, teria se colocado à disposição para integrar o grupo, muito embora não tenha participado das oitivas, o que acabou gerando muitos comentários.         

Prefeito de Codó da lista do trabalho escravo para homenagem pela ONU na Assembleia Legislativa do Estado

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Sinceramente, entendo que a Organização das Nações Unidas – ONU perdeu seus princípios de valores e seriedade, ao prestar homenagem pública ao prefeito de Codó, Zito Rolim, pela participação do município no Movimento Podemos Mais / Maranhão, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade A indicação teria sido feito pela Secretaria Geral da Presidência da República, naturalmente com informações locais, em reconhecimento ao trabalho da prefeitura desenvolvido para alcançar Metas do Milênio/Maranhão. Por maior que tenham sido os méritos alcançados pela prefeitura de Codó, no programa do PNUD, o passado recente do prefeito no trabalho escravo e as acusações que pesam sobre ele na justiça, jamais poderiam permitir tamanha ostentação, o que suscita a total desinformação da ONU, a não ser que ela também tenha mudado seus juízos de valores.

        Pasmem! O embaixador da ONU no Brasil no Brasil, Jorge Chedieck e o Secretário Nacional de Relações das Politicas Sociais da Secretaria Geral da Presidência, Wagner Caetano vieram ao Maranhão e em solenidade realizada no auditório Fernando Falcão, da Assembleia Legislativa do Estado, prestaram a homenagem ao prefeito Zito Rolim. Ele se fazia acompanhar de algumas crianças e  adolescentes, utilizadas para o ato.

O prefeito Zito Rolim já esteve na lista do trabalho escravo e é acusado juntamente com o deputado estadual César Pires, o ex-prefeito Biné Figueiredo e o ex-deputado Camilo Figueiredo, serem os grandes responsáveis pelos conflitos agrários em Codó, impondo uma rigorosa perseguição a quilombolas e outros trabalhadores e trabalhadoras rurais, que contaram nos últimos quatro anos com a benevolência da Superintendência do INCRA.

A reportagem de ontem no Fantástico sobre o trabalho escravo, mostrando a luta de uma auditora do Ministério do Trabalho em defender direitos e a dignidade de seres humanos explorados foi também uma das realidades idênticas constatadas pela Policia Federal nas propriedades do prefeito Zito Rolim, do ex-prefeito Biné Figueiredo e do ex-deputado Camilo Figueiredo, atualmente assessor do governador Flavio Dino.

Como a ONU trata da defesa da dos direitos e da dignidade humana, bem que poderia se organizar para ver a realidade de milhares de famílias de quilombolas que são perseguidas no município de Codó. Seus direitos são negados pelos poderes constituídos, quanto a legalização de terras ocupadas por mais de um século. Constantemente jagunços tocam fogo em suas casas e roças. Nem a Igreja Católica tem escapado as ações de grileiros e latifundiários, que já chegaram a incendiar templos cristãos.

Banco do Brasil e Bradesco estão entre os mais assaltados e arrombados no Maranhão

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Levantamentos feitos pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão, agências do Banco do Brasil e do Bradesco, estão entre as que mais foram assaltadas e tiveram caixas eletrônicos dinamitados por bandidos. O levantamento feito até a última quinta-feira registrou que o total foi de 37 entre assaltos e arrombamentos durante o ano de 2015. O Banco do Brasil foi assaltado por 07 vezes e o Bradesco veio em seguida com 02, enquanto os arrombamentos geralmente praticados com a explosão de caixas eletrônicos, do total de 26 no presente exercício, o Bradesco e o Banco do Brasil estão empatados com 13 cada estabelecimento bancário.

           Quanto as chamadas saidinhas bancárias, a maioria praticada na capital, o Bradesco e o Banco do Brasil tiveram a preferência nos sete casos registrados. Tentativas de assaltos e arrombamentos de agências, dos 03 casos registrados, a Caixa Econômica desponta com um registro e as demais foram dirigidas ao Bradesco e Banco do Brasil, assim como outras tentativas.

           O acentuado registro de arrombamentos de caixas eletrônicos, geralmente utilizados com dinamite, têm destruído muitas agências bancárias. Por falta de segurança e temendo novas praticas criminosas, as direções dos bancos temem reconstruir as agências, sem que haja uma garantia do Sistema Estadual de Segurança Pública.

           O grande prejudicado pelos assaltos e arrombamentos a estabelecimentos bancários, são as pessoas pobres e humildes, principalmente as que recebem Bolsa Família, Benefícios da Assistência Continuada pelo INSS, aposentados e pensionistas da previdência social. Todos estão sendo obrigados  a se dirigirem as cidades mais próximas, fazendo gastos que comprometem a própria renda, além de correrem sérios riscos de serem assaltados ou furtados. Infelizmente, por falta de efetivos militares, viaturas e de uma politica de segurança pública para o enfrentamento à realidade, a tendência é que haja um aumento da criminalidade e mais municípios maranhenses que tinham as agências bancárias como fator de desenvolvimento, retornarem a um passado bastante difícil, gerando naturalmente indignação da população.