Há poucos dias ocorreu um fato de desrespeito aos direitos e dignidade humana na sede do CADH – Centro Ambulatorial Diagnóstico Holandeses, instituição vinculada a Secretaria de Estado de Gestão e Previdência – SEGEP, localizada no bairro do Calhau.
Uma servidora pública de 76 anos, aposentada e que tem descontos mensais para o FUNBEN – Fundo de Benefícios dos Servidores Públicos, tendo necessidade de uma consulta médica, se deslocou para o local pela madrugada e entrou numa fila às 05h30m da manhã. Teve a rara felicidade de ser atendida no mesmo dia e depois da consulta foi encaminhada para marcar os exames solicitados pelo médico. Enfrentou mais um desafio com a senha de número 183. Por volta das 13h40m, sem dinheiro para comprar pelo menos um lanche, foi ao desespero, quando o painel de chamada pulou do número 182 para 187. Ela entrou em desespero, começou a chorar a recorreu a outras pessoas que também aguardavam ser chamadas pela ordem numérica. Os presentes bastante solidários e com ela foram reclamar sobre os motivos pelos quais houve alteração no painel, tendo ela mostrado a a sua senha e registrado a alteração ocorrida, que prontamente foi ratificada pelos presentes. Uma funcionária, com o maior desrespeito e um sorriso sarcástico, mandou que ele retirasse outra senha e fosse aguardar outra vez.
A revolta foi grande e uma enorme zoada com gritos protestos dominou o ambiente, o que permitiu a presença de seguranças tentando intimidar os presentes, mas como no local havia de uma agente penitenciário identificado com a sua indumentária e que engrossava os protestos pelos direitos da senhora, eles recuaram e imediatamente deram um jeito e atenderam a servidora pública estadual aposentada.
O fato merece uma importante observância, quanto aos direitos dos idosos. Será que dentro da politica do CADH e da Secretaria de Gestão e Previdência, não há o devido respeito ao atendimento prioritário de acordo com as normas do Estatuto do Idoso. Segundo também deveria ser apurado sobre a existência de interesses escusos por parte do pessoal do atendimento para preterir uns e beneficiar outros.
Diante dos sucessivos casos que ocorrem no local, segundo revelação de um senhor, que pacientemente aguardava com senha para ser chamado, necessário se torna uma inspeção ao CADH, pelo Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos. O promotor de justiça José Augusto Cutrim, que vem realizando um importante trabalho em nossa capital, pode perfeitamente inspecionar o local para estabelecer ordem e respeito aos princípios emanados do Estatuto do Idoso e se necessário ajuizar uma ação contra o Governo do Estado.
