No início de setembro, o PP deu um prazo de 30 dias para que o ministro do Esporte deixasse o governo federal. O Partido Progressistas (PP) anunciou nesta quarta-feira (8) o afastamento do ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), da vice-presidência nacional do partido e de todas as decisões partidárias, após ele declarar a permanência no governo Lula (PT). A sigla declarou que líderes que ocupassem cargo no governo Lula (PT) haveriam de sair. Em nota assinada, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), determina também a intervenção no diretório do Maranhão, retirando Fufuca do comando da sigla no estado.
“O Progressistas comunica que, diante da decisão de desobedecer a orientação da Executiva nacional do partido e permanecer no Ministério do Esporte, o ministro André Fufuca, fica a partir de agora, afastado de todas as decisões partidárias, bem como da vice-presidência nacional do partido”, diz o partido em nota. 
No início de setembro, o PP deu um prazo de 30 dias para que o ministro do Esporte deixasse o governo federal. Posteriormente, este período foi estendido até o último domingo (5). No entanto, durante agenda no Maranhão ao lado de Lula, o ministro reafirmou seu apoio ao petista e desafiou a pressão do PP.
“Queria lhe dizer, presidente, que o importante não é justificar o erro, mas evitar que ele se repita. Em 2022, eu cometi um erro, mas, agora em 2026, pode ser que meu corpo esteja amarrado, mas minha alma, meu coração e força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Luiz Inácio Lula da Silva ser presidente do Brasil”, disse Fufuca durante a entrega de unidades habitacionais em Imperatriz, no interior do estado.
Lula (PT) destacou como “equívoco” e “bobagem” a decisão conjunta de União Brasil e PP (que formam uma federação) de que seus líderes deixem o governo — como o caso do ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA).
“Acho que é um equívoco do PP querer expulsar o Fufuca, da mesma forma que acho que é um equívoco do União Brasil querer expulsar o Celso Sabino. Acho um erro, uma bobagem. Mas de qualquer forma eu vou conversar com eles, eles são deputados, eles têm mandato, eles sabem também o que decidir, tem maioridade para isso”, afirmou à TV Mirante, afiliada da rede Globo no Maranhão.
Diário do Poder