Banco Central divulga rombo do Governo Lula nas contas externas do Brasil com déficit de US$ 56 bi, em 2024

O rombo nas contas externas do Brasil mais que dobrou, em 2024, com o registro de saldo negativo de US$ 55,966 bilhões divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (24), em Brasília. O valor representa 2,55% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país. O desempenho é mais que duas vezes pior que em 2023, quando o déficit foi de US$ 24,516 milhões (1,12% do PIB) nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.

A piora na comparação interanual é resultado da queda de US$ 26,1 bilhões no superávit comercial, em razão, principalmente, do aumento das importações. Também contribuiu para o saldo negativo nas transações correntes o aumento no déficit em serviços, em US$ 9,8 bilhões. Os resultados foram compensados parcialmente pela redução de US$ 4,1 bilhões no déficit de renda primária (pagamento de juros e lucros e dividendos de empresas) e pelo aumento no superávit de renda secundária, US$ 367 milhões.

“De modo geral, o que motivou foi o aumento da demanda por bens e serviços do exterior, o que pode ser visto nos dados da balança comercial e na conta de serviços”, explicou o chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do BC, Renato Baldini. Segundo o Banco Central, as transações correntes têm cenário bastante robusto e vinham com tendência de redução no déficit, que se inverteu a partir de março de 2024 com a expansão da demanda interna. Ainda assim, o déficit externo está financiado por capitais de longo prazo, principalmente pelos investimentos diretos no país, que têm fluxos de boa qualidade e estoque recorde de US$ 1,5 trilhão. Os resultados do ano passado foram divulgados pelo BC com a consolidação dos dados de dezembro de 2024, quando as transações correntes tiveram resultado negativo de US$ 9,033 bilhões, ante déficit de US$ 5,587 bilhões em dezembro de 2023.

Balança comercial e serviços

No ano, as exportações de bens totalizaram US$ 339,847 bilhões, uma redução de 1,2% em relação a 2023. Enquanto isso, as importações somaram US$ 273,629 bilhões, com elevação de 8,8% na comparação interanual. Com os resultados, a balança comercial fechou com superávit de US$ 66,218 bilhões no ano passado, ante o saldo positivo de US$ 92,275 bilhões em 2023.

O déficit na conta de serviços – viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros – somou US$ 49,707 bilhões em 2024, aumento de 24,7% em comparação com 2023.

Segundo o BC, há crescimento na corrente de comércio de serviços, com diversificação na conta. Na comparação interanual, uma das maiores altas – de 58% – foi no déficit em serviços de propriedade intelectual, ligados a serviços de streaming e venda de softwares, totalizando US$ 8,683 bilhões. Serviços de telecomunicação, computação e informações, também puxados por operações por plataformas digitais, chegaram a US$ 7,158 bilhões.

Outro destaque são as despesas líquidas com transportes, que somaram a US$ 15,057 bilhões, resultado dos aumentos na corrente de comércio e no preço dos fretes. No caso das viagens internacionais, em 2024, o déficit na conta fechou em US$ 7,484 bilhões, resultado de US$ 7,341 bilhões nas receitas (que são os gastos de estrangeiros em viagem ao Brasil) e de US$ 14,825 bilhões nas despesas de brasileiros no exterior. Segundo Baldini, a receita de viagens – de gastos de turistas no país – em 2024 é o recorde da série histórica iniciada em 1995. Já as despesas foram as maiores desde 2019, quando os brasileiros gastaram US$ 17,6 bilhões em viagens fora do país.

Rendas

Em 2024, o déficit em renda primária – lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários – chegou a US$ 75,403 bilhões, 5,1% abaixo do registrado em 2023. Normalmente, essa conta é deficitária, já que há mais investimentos de estrangeiros no Brasil – e eles remetem os lucros para fora do país – do que de brasileiros no exterior.

A conta de renda secundária – gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens – teve resultado positivo de US$ 2,925 bilhões no ano passado, contra superávit US$ 2,558 bilhões em 2023.

Financiamento

Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) subiram 13,8% na comparação interanual. O IDP somou US$ 71,070 bilhões (3,24% do PIB) em 2024, ante US$ 62,442 bilhões em 2023, resultado de ingressos líquidos de US$ 60,074 bilhões em participação no capital e de US$ 10,996 bilhões em operações intercompanhia. Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo e costumam ser investimentos de longo prazo.

No caso dos investimentos em carteira no mercado doméstico, houve saída líquida de US$ 4,287 bilhões em 2024, composta de saídas líquidas de US$ 17,115 bilhões em ações e fundos de investimentos e ingressos líquidos de US$ 12,827 bilhões em títulos de dívida. O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 329,730 bilhões no final de 2024. No final de 2023, as reservas estavam em US$ 355,034 bilhões.

Agência Brasil

 

Morte do repórter fotográfico Douglas Cunha Júnior, após engolir espinha de peixe tambaqui é notícia nacional

O repórter fotográfico Douglas Pires da Cunha Júnior, conhecido como Douglas Júnior, faleceu na noite desta quarta-feira (22), aos 47 anos, em São Luís. Internado no Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I) desde o início da semana, ele sofreu complicações de saúde, após engolir uma espinha de peixe tambaqui. O fato mereceu a atenção de vários veículos da imprensa nacional, como um acidente raro com um profissional de considerável nível na imprensa maranhense.

De acordo com familiares, o incidente resultou na perfuração do intestino grosso, causando uma infecção grave que levou ao seu falecimento. Filho do jornalista Douglas Cunha, Douglas Júnior construiu uma trajetória sólida no jornalismo maranhense. Ao longo da carreira, passou por importantes veículos de comunicação de São Luís, como o Jornal O Estado do Maranhão, Jornal Pequeno e O Imparcial. Seu talento e compromisso com a profissão o levaram a ocupar cargos de destaque, incluindo o de editor de fotografia.

Jornal da Cidade Online

Deputado denuncia facções venezuelanas em Roraima e 09 corpos em cemitério clandestino de Boa Vista

O deputado federal Nicoletti (União-RR) denunciou, nesta quarta-feira (22), o crescimento da atuação de facções venezuelanas na região de Boa Vista, em Roraima. Nove corpos já foram encontrados em cemitério clandestino criado pela gangue “El Tren de Aragua”.

“Recebi denúncias sobre cemitérios clandestinos criados por essas facções, onde corpos de vítimas são enterrados sem que as autoridades consigam intervir”, declarou o parlamentar em vídeo postado nas redes socais. 

Segundo Nicoletti, a imigração desgovernada tirou a “tranquilidade das pessoas”. “Hoje, com essa imigração descontrolada, isso acabou. A segurança pública está abandonada, e as facções criminosas estão dominando nossas ruas. Podíamos sair nas ruas, dormir com as janelas abertas e viver em paz”. 

O deputado cobrou uma atuação mais efetiva do governo do estado, federal e criticou o governo Lula (PT) por sucatear as forças de segurança que atuam nas fronteiras e demais regiões do Brasil.

“O desgoverno Lula está sucateando as forças de segurança pública federais e as Forças Armadas, por questões ideológicas. Cadê o Exército Brasileiro numa hora dessas? Cadê a Polícia Federal com mais efetivo e fiscalização na fronteira? Cadê a Polícia Rodoviária Federal?”

Diário do Poder

 

Presidente argentino, Javier Milei qualificou como censura, o STF impedir Bolsonaro na posse de Trump

O presidente da Argentina, Javier Milei, classificou como lamentável e desrespeitoso, sob todos os aspectos, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que impediu o ex-presidente Jair Bolsonaro de comparecer à posse de Donald Trump nos Estados Unidos. Milei também, considerou a medida, uma censura à liberdade de movimento.

Questionado pela CNN Brasil sobre a ausência de Bolsonaro, Milei afirmou: “Acho lamentável que a liberdade de movimento tenha sido censurada.”

Milei esteve presente na posse do presidente dos EUA na última segunda-feira (2). Já o ex-presidente do Brasil não foi autorizado a comparecer ao evento, pois está com seu passaporte apreendido por decisão do Ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Diário do Poder

Já ouviu falar de câncer de vulva? Caroço, coceira e feridas podem ser sintomas

A ginecologista Cristina Anton (CRM: 112.017/ SP) fala sobre o câncer de vulva. O câncer de vulva é raro, geralmente afeta mulheres acima dos 60 anos, mas pode ocorrer em idades menores. A vulva inclui lábios grandes e pequenos, clitóris e pele ao redor da uretra e vagina. Os sintomas incluem lesões que não cicatrizam, alterações de cor, sangramento ou dor local.

Fatores de risco incluem HPV, líquen escleroso e imunossupressão. O diagnóstico é feito por biópsia, e o tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. A prevenção inclui vacinação contra HPV e uso de preservativos. Notando alterações, consulte um ginecologista.

BRASIL 61

 

Enquanto Michelle brilha nos EUA, Janja volta a ser chacota por erros e gafes frequentes

A internet não perdoa. Assim, a comparação entre a elegância, princípios e valores éticos de Michelle Bolsonaro e a postura indecente de Janja, é comumente lembrada nas redes sociais. Esta semana, após Michelle brilhar na posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, um vídeo de Janja voltou a viralizar.

A mulher de Lula, sempre com seu jeitão atabalhoado e fanfarrão, comete mais um erro ao tentar atribuir ao feminino de faraó a expressão “faraona”, que simplesmente não existe no vernáculo. Para piorar a situação, no vídeo Janja revela que teria enviado uma mensagem para que a ministra da Cultura, Margareth Menezes, mude a letra de uma música com a qual ela fez sucesso como cantora. A música se chama “Faraó” e passaria a se chamar “Faraona”.

Jornal da Cidade Online

 

Plenário do Tribunal de Contas da União toma decisão que pode dar início ao impeachment de Lula

O plenário do TCU acaba de referendar a decisão cautelar do ministro Augusto Nardes que bloqueou recursos do ‘Pé de Meia’ por violação a regras orçamentárias – ou seja, crime de responsabilidade. O deputado federal Marcel van Hattem publicou em suas redes sociais:

“A história se repete: impeachment à vista! Vamos voltar às ruas; fora, Lula!”

Recentemente, o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) apresentou uma denúncia contra Lula, alegando crime de responsabilidade fiscal justamente por possíveis irregularidades no Programa Pé-de-meia. De acordo com o parlamentar, pagamentos foram efetuados ao longo de 2024 sem autorização prévia do Congresso Nacional, utilizando recursos extraorçamentários. Além disso, ele aponta que repasses foram feitos às vésperas das eleições municipais, o que, segundo a denúncia, poderia comprometer a isonomia do processo eleitoral.

O pedido de impeachment também inclui os ministros Camilo Santana, da Educação, e Fernando Haddad, da Fazenda. Em 2024, o programa beneficiou aproximadamente 3,9 milhões de pessoas, com um investimento total de 12,5 bilhões de reais.

Jornal da Cidade Online

Zelenski, presidente da Ucrânia, vê Lula irrelevante para mediar fim da guerra com a Rússia

Ucraniano diz que irrelevância do petista fica ainda mais clara com Trump. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que o “trem do Brasil passou”, ao atestar a irrelevância do papel atual do presidente Lula (PT), nas negociações pelo fim da guerra dos ucranianos contra a invasão de seu território pela Rússia. A fala foi feita para a TV Globo, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

A nova crítica do ucraniano ao presidente do Brasil também minimiza a relevância de Lula diante do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. E acontece oito meses após Zelensky concluir que Lula priorizava uma aliança do governo do Brasil com sua agressora, a Rússia. Há quatro meses, o presidente da Ucrânia duvidou do real interesse de uma “proposta de paz” sugerida pelo brasileiro e pela China, que pressionava por diálogo entre os países em guerra.

“Hoje eu acho que o trem do Brasil, para ser sincero, passou. Falei com Lula, nos encontramos e pedi que ele fosse um parceiro para acabar com a guerra, etc. Agora ele não é mais um ‘player’. Ele também não será um ‘player’ para Trump”, disse o presidente ucraniano.

Diário do Poder

Justiça do Estado de Washington suspende decreto de Trump sobre cidadania dos filhos de imigrantes

Um juiz federal de Seattle, no estado de Washington, bloqueou nesta quinta-feira (23), um decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que proíbe o direito à cidadania para filhos de imigrantes em situação irregular ou com status de permanência temporário. A medida vai contra a 14ª emenda da Constituição, que atesta que qualquer pessoa nascida em território americano é uma cidadã do país.

A decisão ocorre após 22 estados governados por políticos do Partido Democrata entrarem na Justiça contra a ordem executiva, assinada na segunda-feira, durante a posse do republicano, alegando sua inconstitucionalidade. As queixas citam ainda uma decisão da Suprema Corte dos EUA de 1898, que determinou que crianças nascidas de pais não cidadãos têm direito à cidadania americana.

O juiz John Coughenour, a pedido de quatro estados liderados por democratas, emitiu uma ordem de restrição temporária impedindo o governo de aplicar a ordem executiva, que o presidente republicano assinou na segunda-feira, seu primeiro dia no cargo.

“Esta é uma ordem flagrantemente inconstitucional”, disse Coughenour a um advogado do Departamento de Justiça americano, que defendia a ordem de Trump. A procuradora-geral assistente do estado de Washington, Lane Polozola, também afirmou durante audiência em Seattle: “Sob esta ordem, bebês nascidos hoje não contam como cidadãos dos Estados Unidos”.

Jornal da Cidade Online

OAB questiona normas do CNJ que afetam a prática da advocacia

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil questiona no Conselho Nacional de Justiça três normativas que, segundo a entidade, ameaçam o exercício da advocacia. Foram protocoladas três petições assinadas pelo presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, que tratam da prerrogativa de sustentação oral síncrona nas sessões de julgamento nos processos submetidos ao plenário virtual; da manutenção dos dez dias para início da contagem do prazo judicial nas intimações efetivas por meio dos portais de processos eletrônicos; e do respeito à legislação estadual sobre advocacia dativa. 

Sustentação oral

A OAB Nacional pede a suspensão dos efeitos de parte da Resolução 591/2024, que limita a prerrogativa da advocacia de se opor ao julgamento em plenário virtual e de realizar sustentações orais síncronas à sessão de julgamento colegiada.

“A prorrogativa de sustentação oral no momento do julgamento garante a plena e efetiva atuação da advocacia, estimulando o debate entre os julgadores, aprimorando o contraditório e viabilizando decisões melhor fundamentadas. Privar o advogado do direito de debater oralmente a causa representa, sem dúvida, limitação ao direito de defesa e do amplo.”

Prazo prévio de dez dias

A OAB Nacional requer a manutenção do prazo legal de dez dias para leitura das intimações eletrônicas, conforme a Lei 11.419/2006, e a reconsideração da supressão desse prazo pelo § 3º do art. 11 da Resolução CNJ 455/2022.

Conforme ofício do CFOAB, “a supressão desse prazo representaria um retrocesso para a advocacia, aumentando a carga de trabalho e retirando uma facilidade sem qualquer justificativa razoável. Tal prática, além de não ser causa de morosidade processual, já conta com o respaldo de mecanismos automáticos para leitura de intimações após o prazo legal”. Caso o pedido não seja acolhido, a Ordem requer a suspensão da aplicação do dispositivo até o julgamento definitivo do Pedido de Providências n. 0000560-97.2022.2.00.0000, iniciado em maio de 2023.

Advocacia dativa

Por fim, o CFOAB requer a manutenção das legislações estaduais que disciplinam a advocacia dativa. A entidade argumenta que a imposição de critério único enfraquece a autonomia dos estados, destacando a eficácia dos modelos locais que já estão funcionando e a necessidade de respeitar especificidades regionais. 

“A Constituição Federal assegura autonomia aos estados para legislar sobre temas de interesse regional, bem como competência concorrente para tratar de assuntos como assistência jurídica e organização judiciária, nos quais se incluiu a advocacia dativa. Nesse contexto, as leis estaduais criadas para regulamentar a advocacia dativa e a prestação de assistência jurídica gratuita, com vistas a atender às necessidades específicas de cada estado, devem ser preservadas”, afirma trecho do documento.

Fonte: CONJUR