O cantor, compositor e sambista Zeca Pagodinho, de reconhecimento em todo o Brasil e no exterior, jamais imaginou, que a sua música “Camarão que dorme, a onda leva”, poderia ser aplicada como referência a um político do Maranhão.
O fato teve início, quando o vice-governador Felipe Camarão, que também era titular da Secretaria de Estado da Educação, decidiu deixar a pasta da educação para se dedicar à coordenação da campanha do pré-candidato a prefeito de São Luís, o deputado federal Duarte Junior. Procurou o governador Carlos Brandão e fez a entrega do cargo, registrando na ocasião o seu compromisso em trabalhar pela eleição do seu amigo e aliado político, que tenta mais uma vez a prefeitura de São Luís.
De imediato, o governador nomeou para a pasta uma mulher da confiança e com acentuado conhecimento de gestão pública, dando-lhe todos os poderes para dinamizar todo o Sistema Estadual de Educação, inclusive para fazer as substituições necessárias em cargos e assessorias, observando-lhe uma dinâmica bem acentuada, diante de que partir do dia 06 de julho ficam vedadas nomeações, exonerações e contratações no serviço público, de acordo com a Lei Eleitoral.
Camarão na onda causou reboliço na base política
Quando parecia já estava sacramentado e que tudo levava a crer se tratar de decisão política do grupão que está sendo coordenado pelo vice-governador Felipe Camarão, surgiram os comentários de que o caso era uma atitude um tanto intempestiva, mas quando souberam que ele não negociou a indicação de um substituto, uma espécie de pau mandado, um verdadeiro incêndio irrompeu, principalmente entre o grupinho de políticos que se diz oposição ao governo, que não chega a lotar uma kombi e liderado por dois elementos, um conhecido como fuxiqueiro e o outro traidor.
O vice-governador Felipe Camarão passou a ser pressionado por políticos e segmentos, partidários a cobrar do governador o seu retorno a pasta, que ele deliberadamente entregou, com a desculpa de que teria uma missão maior e mais importante para executá-la. A pressa se tornou ainda maior, uma vez que a partir de hoje começariam inúmeras mudanças e danças de cadeiras na capital e no interior na pasta, e que com certeza atingiriam os interesses dos tais opositores do governador Carlos Brandão. As expectativas é de que não haverá retorno, mas como em política os interesses e cartas nas mangas falam mais alto é melhor aguardar. A verdade é que há necessidade de criação de uma vigilância bem acentuada ao Camarão, uma vez que se voltar a cochilar, não irá na onda, e poderá acabar na panela.
Fonte: AFD