Lava Jato: empreiteiras ainda devem R$7,1 bilhões de acordos de leniência

A meses de completar sete anos desde a celebração do primeiro acordo de leniência das grandes empreiteiras enroladas na Lava Jato, o ritmo de pagamento é devagar, quase parando: ainda falta devolver mais de R$7,8 bilhões. A Braskem, que tem o acordo mais pesado, passa dos R$2,8 bilhões, mas, em compensação, já quitou 75% do contrato, ou sejam, R$2,5 bilhões. Já a OAS, gentil “doadora” do triplex do Guarujá, fechou acordo de R$1,9 bilhão e pagou uma merreca, R$4,3 milhões.

Pioneira na confissão

Primeira a fechar acordo (2017), a UTC pagou pouco mais de R$43 milhões (6,85%) dos R$574,6 milhões que ainda deve pelas falcatruas.

Embromação

Com o segundo acordo mais caro, R$2,7 bilhões; a Odebrecht não paga nada desde 2022. Desembolsou R$172,7 milhões (6,33%) e ficou nisso.

Clube do bilhão

Do R$1,4 bilhão acordado, a Andrade Gutierrez pagou R$451,8 milhões. A Camargo Correa, que acordou R$1,3 bilhão, pagou R$496,2 milhões.

Nome vai, dívida fica

Fecha a lista a Nova Participações, ex-Engevix. Dos 516,3 milhões firmados, só pagou um troco, R$6,8 milhões (1,16%).

Diário do Poder

“Está faltando pudor,” diz o Estadão sobre ministros de tribunais em evento internacional pago por empresários

O jornal Estadão voltou a denunciar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O título do editorial publicado neste domingo (28) já diz tudo:

“Está faltando pudor”.

Transcrevemos na íntegra:

“Junto com a balança e a venda, a toga preta simboliza a uniformidade, a isonomia, a sobriedade da Justiça. Todo servidor deve seguir os princípios da administração pública – impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, legalidade –, mas, se aos juízes cabe um figurino, é porque devem não só segui-lo, mas representá-lo. Não basta ser íntegro, é preciso parecer.

Mas as aparências às vezes enganam. É louvável que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se reúnam em fóruns para discutir questões jurídicas do País. É mais difícil entender, no entanto, os motivos pelos quais esses ministros precisaram sobrevoar o Atlântico para fazê-lo num caríssimo hotel de Londres, com tudo pago por um organizador privado.

Entre os dias 24 e 26, celebrou-se no Hotel Península, na capital britânica o ‘1.º Fórum Jurídico Brasil de Ideias’, organizado por um certo ‘Grupo Voto’, que, no seu dizer, ‘trabalha na interlocução entre o setor público e o privado através de relacionamento, comunicação e conexões de poder’.

‘Relacionamento’ e ‘conexões de poder’ não faltaram – lá estavam, debatendo conceitos jurídicos com empresários, três ministros da Suprema Corte (Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes), além de membros do Superior Tribunal de Justiça, o procurador-geral da República, o ministro da Justiça, o advogado-geral da União, o diretor-geral da Polícia Federal, senadores e deputados. Já a ‘comunicação’ deixou a desejar. A imprensa foi barrada na porta.

Segundo os organizadores, o ‘Brasil de Ideias’ é uma ‘missão internacional, perpetuando o espaço democrático e promovendo um diálogo construtivo em prol do avanço do Brasil’. Mas não é dado aos brasileiros conhecer o teor desse ‘diálogo construtivo’, travado a léguas do Brasil, entre o mais alto escalão do Judiciário com empresários que certamente estão longe de serem observadores desinteressados. Além do palavrório sobre democracia, as passagens aéreas, os jantares de quase R$ 2 mil e as diárias de mais de R$ 8 mil foram bancados por uma empresa de tecnologia digital.

Nem todo país tolera essa extravagância. Há pouco, causou escândalo nos EUA a revelação de que um juiz da Suprema Corte aceitara férias luxuosas e outros mimos de um bilionário. A Corte se viu constrangida a editar um código de ética postulando, entre outras coisas, que juízes devem ‘evitar a impropriedade e a aparência de impropriedade’, ‘apenas exercer atividades extrajudiciais compatíveis com as obrigações do cargo’ e ‘abster-se da atividade política’. Por aqui, não houve constrangimento nenhum, mesmo que regras como estas existam há tempos.

Recentemente, um ministro do STF viajou em ‘missão internacional’ aos torneios de Roland Garros e da Champions League com as despesas pagas por um advogado. Outro obtém todos os anos patrocínios de empresas públicas e privadas – algumas com processos no STF – para um meeting em Lisboa. Raro exemplo de discrição no Supremo, a ex-ministra Rosa Weber até tentou aprovar regras disciplinando a participação de juízes em eventos e palestras pagas, mas foi voto vencido.

O Código de Ética da Magistratura determina que juízes evitem ‘comportamento que possa refletir favoritismo’, e o Código de Processo Civil, a suspeição do juiz ‘amigo íntimo’ ou ‘inimigo’ das partes. Mas os ministros julgam casos em que amigos são partes ou familiares são advogados. Um ministro se jactou a uma plateia estudantil de ter “derrotado o bolsonarismo”. Outro conduz inquéritos secretos há anos, mas basta um holofote ou microfone para desandar a condenar os investigados como ‘golpistas’ e ‘extremistas’. Muitos anunciam veredictos fora dos autos, às vezes antes mesmo da abertura do processo.

A Lei da Magistratura exige que juízes ajam com ‘independência’ e tenham ‘conduta irrepreensível na vida pública e particular’. Para vários integrantes das Cortes superiores, contudo, tais conceitos parecem relativos, razão pela qual não é raro vê-los em eventos empresariais dentro e fora do País ou em coquetéis homenageando políticos nas mansões de advogados em Brasília.

Mas não há necessidade de lei nem de código de ética quando há pudor.”

ESTADÃO E Jornal da Cidade Online

Rua da Misericórdia e o Centro Histórico pedem socorro ao Poder Público

Concentrando uma visão crítica do Centro Histórico de São Luís, não foram apenas os sobrados que foram importantes para a cidade de São Luís se tornar patrimônio mundial da humanidade, mas as ruas com paralelepípedos, que na maioria das cidades históricas são conservados, e que aqui são tratadas como uma espécie de enxuga gelo, em razão de que nelas os serviços são precários e que acabam passando por inúmeras obras. O mais vergonhoso dentro do contexto é que geralmente são as mesmas empresas contratadas pelo poder público e que se viciaram com a exploração.

Se em São Luís, se houvesse um Ministério Público atuante e vigilante com os interesses coletivos e uma Câmara Municipal, com vereadores comprometidos com respeito ao mandato que receberam da população, a poderíamos ter uma fiscalização, inclusive de como o dinheiro público é gasto e a motivação para tanta inércia, mas infelizmente a omissão e os interesses pessoais sempre falam mais alto.

Falo com muita propriedade sobre calçamento com paralelepípedos. Há quatro anos, tive oportunidade com a minha esposa de conhecer inúmeras cidades históricas de Minas Gerais. O que me chamou a atenção é que o calçamento com paralelepípedos e pedras são bem conservados e mantêm uma fiscalização em que veículos pesados são impedidos de trafegar e a consciência critica da população é de fundamental importância para efetuar cobranças.

Lamentável é que aqui em São Luís, prédios históricos são abandonados e muitos deles se transformaram em estacionamentos. Vergonhoso sob todos os aspectos é que no trecho entre a Praia Grande e o Canto da Fabril, se pode observar ruas em que a maioria das casas estão entregues a criminalidade em que bandidos fazem delas locais de refúgios e uso de drogas, sem falarmos nos que já caíram e outros que aguardam mais chuvas para seguir o mesmo caminho, dos que já ruíram.

Como as autoridades demonstram exacerbado descompromisso com o patrimônio histórico da cidade e muitas vezes, utilizam o nome de patrimônio cultural para campanhas, a cidade de São Luís vai perdendo a cada ano, muito do seu potencial, e caso continuem os descasos dos poderes constituídos, a nossa capital poderá correr o risco de perder a titulação, que lhes foi outorgada pela UNESCO.

Fonte: AFD

 

 

Submissão de Rodrigo Pacheco deixou Lula tratorar o Congresso no STF

Presidente do Senado reclama de ‘erro’ do chefe do Planalto, após ajudar governo a evitar derrota da derrubada de vetos

O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), abandonou sua postura de docilidade com o chefe da República, Lula (PT), ao reclamar de “erro” na iniciativa do governo petista de obter vitória, no tapetão do Supremo Tribunal Federal (STF), contra a prorrogação da desoneração de impostos sobre a folha de pagamento. A medida que tratorou o Congresso e suspendeu lei aprovada no parlamento vai prejudicar 17 setores da economia e alguns municípios. E foi obtida por liminar do ministro Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, um dia depois de Pacheco ajudar governo a evitar derrota da derrubada de vetos.

O senador que comanda o parlamento tem atuado e deixado de atuar em episódios que permitiram que o Executivo o trate como mero assessor de luxo no Congresso Nacional. O mais recente e evidente ato foi o de suspender a sessão conjunta em que senadores e deputados derrubaria a maioria dos 32 vetos presidenciais, na quarta-feira (24). Porque foi o mesmo dia em que a Advocacia Geral da União (AGU) protocolou no STF a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7633, pedindo a derrubada da desoneração prorrogada até 2027, em dezembro do ano passado.

Após atuar no time da articulação governista para Lula não perder em campo no Legislativo, Pacheco ensaiou “dureza”, ao reagir contra a “arbitragem” do STF. Mirou o governo por judicializar o caso já sacramentado pelo Congresso, chamando a iniciativa de “aparente terceiro turno de discussão sobre o tema”. E prometeu virar o placar do jogo, na apreciação da ADI no plenário virtual do Supremo, entre hoje e o dia 6 de maio.

“O governo federal erra ao judicializar a política e impor suas próprias razões, num aparente terceiro turno de discussão sobre o tema da desoneração da folha de pagamento. Respeito a decisão monocrática do ministro Cristiano Zanin e buscarei apontar os argumentos do Congresso Nacional ao STF pela via do devido processo legal. Mas também cuidarei das providências políticas que façam ser respeitada a opção do Parlamento pela manutenção de empregos e sobrevivência de pequenos e médios municípios”, disse Pacheco, em nota.

O presidente do Congresso promete reunir líderes para debater o tema. Mas antes de definir a data do encontro, fará hoje uma discussão do tema com membros da Consultoria Legislativa e da Advocacia do Senado.

Bola nas costas e beligerância

Pacheco tabelou com Lula, mas viu o Congresso tomar uma caneta na vitória petista no STF contra a desoneração. Antes da bola nas costas, o senador mineiro chegou a ser chamado de “omisso, frouxo, e covarde”, pelos deputados federais de oposição Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). Parlamentares que articulam uma CPI do Abuso de Autoridades, com foco no ministro do STF, Alexandre de Moraes, até agora blindado por Pacheco em pedidos por impeachment protocolados desde o governo de Jair Bolsonaro (PL).

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2025, vê grande falta desrespeito ao Congresso na decisão de Zanin, por anular a prorrogação da desoneração aprovada por ampla maioria dos parlamentares. E critica a postura beligerante do governo de Lula.

“O governo prega a paz e a harmonia, e age com beligerância. Sem dúvidas poderá haver prejuízo grande com perspectiva de desemprego por parte dos 17 segmentos que mais empregam no Brasil”, reclamou o senador baiano.

Inconstitucionalidade e desajuste fiscal

Em sua decisão, Zanin conclui que a lei é inconstitucional, por ignorar a necessidade de avaliar o impacto orçamentário e financeiro para criação de despesa obrigatória. E ainda alertou para um “desajuste significativo nas contas públicas e um esvaziamento do regime fiscal”, com a manutenção das desonerações, ao decidir alegando “preservar as contas públicas e a sustentabilidade orçamentária”.

Diário do Poder

 

Greve no Transporte Semiurbano é desrespeito as autoridades e violação aos direitos dos usuários

A paralisação dos rodoviários do Sistema Semiurbano, surgida inesperadamente sob o argumento do atraso de salários de motoristas de algumas empresas, tomou proporções sérias, por parte do Sindicato dos Rodoviárias, que decidiu transformar a paralisação que poderia ser sanada com o pagamento dos salários por algumas empresas inadimplentes, em greve sem quaisquer justificativas e de conotação política em que os trabalhadores se tornam massa de manobra.

A inicialmente apresentada, seria a falta do pagamento de subsídios mensais pela Agência de Mobilidade Urbana, o que imediatamente foi desmentido, com o esclarecimento de que os subsídios não fazem parte de qualquer acordo para a sua destinação a pagamentos de salários de empregados.

             Uma greve para interesses escusos  

A greve iniciada como paralisação surgiu decorrente de atraso salário, que não havia, nem um mês e avança, na dimensão em que o Sindicato dos Rodoviários quer assumir o papel de negociador. O movimento paredista surgiu sem qualquer tentativa de negociação com empresários e comunicado prévio aos usuários, o que deixa claro, de se trata de amplo desrespeito às autoridades e a população das comunidades dos municípios de São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar.

A tentativa de envolver a MOB, sob o argumento de atraso no pagamento de subsídios teria sido armação de alguns empresários com vistas ao incentivo da paralisação e em seguida a greve, o que é uma articulação bastante conhecida e fruto de interesses de empresários e rodoviários.

                Rodoviários se acostumaram a não respeitar determinações do TRT e do Ministério Público do Trabalho

Os rodoviários se acostumaram a desrespeitar decisões do TRT e nem tomam conhecimento do Ministério Público, em todos os períodos em que houve a questão para garantia de um percentual de coletivos rodando e aplicação de multas. As lideranças dos rodoviários, em algumas ocasiões deixaram bem claro, que nas negociações, tanto no TRT e o Ministério Público recuam da aplicação das sanções e acabam abrindo precedentes para outros desrespeitos futuros, como o de agora, em que se faz greve atropelando tudo e todos.

Na verdade, rodoviários e empresários estão abusando da população, com serviços precários, passagens caras, sistema de bilhetagem causando prejuízos aos usuários, panes diárias com sucatas sendo utilizadas como coletivos e o número reduzido deles e outros desrespeitos, contexto em que está inserida a total responsabilidade do Poder Público.  A indignação gera revolta e a revolta é um caminho para a luta por direitos, dignidade e justiça.

Fonte: AFD

 

TCE-MA notifica 31 secretários municipais de Educação sobre o Termo de Ajustamento de Gestão

A Secretaria de Fiscalização do TCE notificou os Secretários de Educação dos 30 municípios maranhenses que foram fiscalizados no âmbito do procedimento de fiscalização Ordenada Nacional, Operação Educação, que demonstraram interesse em celebrar Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) e demais procedimentos correlatos, para manifestação e apresentação de sugestões a proposta apresentada pelo TCE durante reunião técnica realizada na sede do órgão.

O ponto essencial do encontro, ocorrido no último dia 27, foi a entrega aos secretários de minuta contendo a proposta do Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) que deverá ser seguido por esses gestores para adequação das políticas públicas desenvolvidas no âmbito de suas pastas. Os secretários tem 10 dias para apresentação de sugestões, a contar do último dia 23, data da publicação da notificação no Diário Oficial do órgão.

De acordo com o secretário de Fiscalização, Fábio Alex de Melo, o encontro foi exitoso na medida em que contou com a participação quase total dos fiscalizados, com grande aceitação da medida proposta pelo Tribunal. “Tudo ocorreu dentro do esperado e esperamos agora a manifestação dos secretários municipais da pasta. Estamos otimistas quanto ao próximo passo, que será a assinatura dos TAG e implementação das medidas de adequação, com o devido acompanhamento da corte de contas”, informa o secretário.

Realizada em abril de 2023, a Operação Educação resultou de parceria entre a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), com apoio técnico do Instituto Rui Barbosa (IRB), por meio do seu Comitê de Educação (CTE-IRB), e suporte institucional da Associação Brasileira de Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom) e do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC).

A fiscalização conjunta reuniu trinta e um Tribunais de Contas de todo o país e verificou as condições de funcionamento de 1.088 escolas públicas estaduais e municipais. No Maranhão, uma equipe de 22 auditores visitou 99 escolas distribuídas em 31 municípios.

São estes os municípios notificados: Araioses, Bacabal, Barra do Corda, Barreirinhas, Belágua, Caxias, Chapadinha, Codó, Coroatá, Dom Pedro, Grajaú, Itapecuru Mirim, Miranda do Norte, Morros, Paço do Lumiar, Pinheiro, Pirapemas, Presidente Dutra, Rosário, Santa Helena, São Bento, São Domingos do Maranhão, São José de Ribamar, São Luís, São Mateus do Maranhão, Senador Alexandre Costa, Vargem Grande, Raposa, Timon, Tutóia e Viana.

ASCOM-TCE-MA

 

Lula e STF fazem o Poder Legislativo ser dispensável, anulando suas decisões

A existência do Poder Legislativo está em xeque, com a nova afronta do presidente Lula (PT) acionando os aliados no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular mais uma lei federal, desta vez a que trata da parcial desoneração de impostos que incidem sobre folhas de pagamento. Derrotado cinco vezes, sendo duas na câmara, duas no Senado e outra em sessão conjunta do Congresso, Lula usou a docilidade do senador Rodrigo Pacheco na quarta e já na quinta (25) passou-lhe a perna.

O Estado sou eu

Lula parece tentar estabelecer uma nova ordem “institucional”, na qual prevalece o que ele decidir. Por “bem” ou com ajuda dos aliados no STF.

Congresso decorativo

O ministro Gilmar Mendes deixou claro, em recente entrevista, que a palavra final será do STF, “decidam o que decidirem” no Congresso,

Autoritarismo relativo

Assim, ganham força suspeitas de implantação de um regime autoritário, que impôs medo a um parlamento acuado, quase um Poder supérfluo.

Novo tabefe do STF

Outro ministro do STF anula lei federal aprovada no Congresso, motivo de reação do Senado ao aprovar a limitação de decisões monocráticas.

Diário do Poder

 

 

PF intima ministro Juscelino Filho a depor sobre desvio de emendas do orçamento

O depoimento está previsto para ser realizado na semana que vem, na sede da PF, em Brasília. Juscelino ainda não confirmou presença

A Polícia Federal intimou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, a prestar depoimento no inquérito que apura o uso irregular de emendas do Orçamento para obras no Maranhão em 2022, quando ele era deputado federal.  O depoimento está previsto para ser realizado na semana que vem, na sede da PF, em Brasília. Juscelino ainda não confirmou presença. Outros investigados no caso também foram intimados. 

Segundo o Portal da Transparência, o ex-deputado federal enviou R$7,5 milhões para obras de pavimentação no município Vitorino Freire (MA). Do total, R$5 milhões seriam para melhoria de 19km da estrada que circunda ao menos 8 fazendas de sua família. A prefeita de Vitorino Freire é Luanna Rezende, irmã do ministro. 

A empresa contratada pelo município para fazer a obra foi a Construservice, que coincidentemente é amigo de Juscelino, o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo Imperador. Ele foi preso acusado de pagar propina a funcionários federais para obter obras em Vitorino Freire e de ser sócio oculto da construtora.  O engenheiro responsável por assinar o parecer autorizando o valor orçado para a pavimentação foi Julimar Alves da Silva Filho, da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Ele foi afastado por suspeita de receber R$250 mil em propina de Eduardo Imperador.  Segundo a PF, confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude em licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva. 

  Versão de Juscelino Filho 

Quando a operação da PF foi realizada, o ministro divulgou uma nota assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso. No posicionamento, se disse à disposição das autoridades e afirmou que emendas parlamentares são instrumentos legítimos e democráticos do Congresso.

 “Toda atuação de Juscelino Filho, como parlamentar e ministro, tem sido pautada pelo interesse público e atendimento da população. É importante ressaltar que Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade”, afirmaram os advogados na nota.

Diário do Poder

Justiça afasta presidente da FUNAC do cargo por descumprimento de decisões judiciais

Decisão da 2ª Vara da Infância e Juventude de São Luís afastou, em decisão nesta sexta-feira, 26 de abril, do cargo a presidente da Fundação da Criança e do Adolescente do Maranhão (FUNAC), Sorimar Saboia Amorim, atendendo a pedido do Ministério Público, por descumprir obrigações determinadas em sentença judicial de 6 de julho de 2017. 

As obrigações descumpridas foram para regionalizar o atendimento das medidas socioeducativas de internação em unidades nas regiões mais distantes de São Luís e regularizar o registro das unidades socioeducativas localizadas na região metropolitana da capital. 

A sentença judicial, que estabeleceu as unidades de internação nas regiões mais distantes da capital, foi confirmada em 10 de junho de 2021, pelo Tribunal de Justiça, que ampliou o prazo para a FUNAC cumprir a obrigação para 18 meses, e em 24 de maio de 2022, pelo Supremo Tribunal Federal, que se manifestou a favor da sentença judicial.

REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE INTERNAÇÃO

Segundo a decisão, a Lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo (2013/2022) e a Resolução 05/1998 do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente-CEDCA, priorizam a regionalização das medidas de internação, levando em consideração a distribuição da população, a fim de garantir o direito dos adolescentes a ficarem próximos à família e à comunidade. 

A Resolução do CEDCA determina que a regionalização no Maranhão deveria atender, inicialmente, os polos de São Luís, Imperatriz, Caxias, Itapecuru-Mirim, Presidente Dutra, Pinheiro, Balsas e Bacabal. No entanto, o Estado e a FUNAC concentraram as unidades de internação na Ilha de São Luís. Conforme o processo, as unidades para cumprimento de medida socioeducativa (de seis a três anos) se concentram em São Luís (três) e uma pequena unidade improvisada em Imperatriz, enquanto o sistema carcerário tem 32 unidades prisionais regionais. No caso de apreensão em flagrante, a FUNAC abriga os adolescentes das comarcas de São Luís (4 municípios), Imperatriz (3 municípios) e Timon (1 município), enquanto nos demais os adolescentes permanecem cinco dias na delegacia de polícia.

REGULARIZAÇÃO DAS UNIDADES

Outra obrigação não cumprida é quanto à regularização das unidades da FUNAC junto ao CEDCA. Todas estão sem registro e sem laudos do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária. A decisão conclui que o Estado e a FUNAC não cumpriram as determinações da sentença de regionalizar o atendimento socioeducativo de internação e de registro de suas unidades socioeducativas. “O que, como sanção prevista em sentença, importará no afastamento definitivo da presidente das FUNAC”, declarou o juiz José dos Santos Costa, titular da 2ª Vara da Infância e Juventude de São Luís.

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça

 

IBGE desmente lorota de Marina Silva sobre ‘120 milhões passando fome’ no Brasil

Se fosse ministra de Bolsonaro, Marina Silva não escaparia do inquérito das “fake News”. Bem ao estilo de Lula (PT), que usa números falsos para impactar plateias, mesmo com danos à imagem do Brasil, a ministra do Meio Ambiente disse ao lado de Fernando Haddad (Fazenda), no Fórum Econômico de Davos, em janeiro de 2023, que haveria “120 milhões passando fome” no Brasil. A mentira foi desmascarada nesta quarta (25) pelo Pnad, estudo do IBGE divulgado quinze meses depois.

O número correto

A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, aponta 7,4 milhões de famílias sob insegurança alimentar moderada ou grave.

90 milhões a menos

Considerando a média familiar de quatro membros, estão em situação de pobreza, incluindo os totalmente miseráveis, 29,6 milhões de pessoas.

Deu em nada

A fake news rendeu até convite ignorado por Marina Silva para depor na Câmara. Não deu as caras. E a mentira não foi retirada.

Difamação é praxe

Queimar o filme do Brasil no exterior é método no governo Lula. O petista Jorge Viana, diretor da Apex, em viagem à China, atacou o agronegócio.

Diário do Poder