Na CPMI do 8 de janeiro, a raposa agora quer controlar o galinheiro

O Governo Lula está fazendo um esforço sobrenatural para entrar no “Guiness World Records”, aquela edição publicada anualmente que contém os recordes internacionalmente reconhecidos, inclusive em performances humanas e políticas obviamente. Lula e seus capangas lutaram com unhas e dentes CONTRA a instalação da CPMI (Senado e Câmara) para investigar a verdade escondida até agora sobre os acontecimentos do 8 de janeiro, que redundaram na depredação animalesca dos prédios e instalações dos Três Poderes, em Brasília.  

Mas recuou radicalmente dessa insistência após o vazamento e divulgação pública, pela televisão CNN, das filmagens internas do Palácio do Planalto, comprovando que o vandalismo sobre as coisas públicas no fatídico 8 de janeiro foi principalmente obra, por omissão e ação, e todas as gentilezas possíveis com os “terroristas”, de agentes do próprio Governo, inclusive do Ministro do GSI, militar “predileto” de Lula, General Gonçalves Dias.

Lula recuou do combate contra a instalação da CPMI porque essa passou a ser inevitável após a desmoralização do Governo, com a divulgação pública das “novas verdades”, mas ao mesmo tempo teve a “cara-de-pau” de mobilizar toda a força política do Governo, com chantagens de todo tipo, e tentativa de compra de parlamentares, para tomar o controle da referida CPMI, designando o Presidente e o Relator da referida comissão, isto é, fazendo da CPMI um joguinho manipulado pelos “representantes” do governo.

São por essas razões que a nova atitude do Governo, que antes era contra, depois  muito ”surpreendentemente” passou a ser a favor da CPMI, desde que mantenha o seu controle, com a nomeação do Presidente e do Relator, que a melhor representação dessa “cara-de-pau” do Governo pode ser a fábula da “raposa que quer cuidar do galinheiro”. Essa “ousadia” do Governo Lula merece entrar na disputa pelo Recorde Guiness da “cara-de-pau”, do ano de 2023.

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado, sociólogo e  pós graduado em Sociologia PUC/RS,

 

Carta do acadêmico Lino Moreira à Academia Maranhense de Letras em solidariedade a Joaquim Itapary

Aos membros deste grupo

Dirijo-me aos senhores para manifestar minha inteira solidariedade a Joaquim Itapary, que acaba de se desligar do quadro de membro efetivo da AML. Suas qualidades de escritor são raras, pois escreve como quem não precisa fazer esforço algum, numa prosa elegante e sonora. Fará, infelizmente, falta aos fins essenciais da Academia.

Quero permanecer no âmbito dos fatos. De alguns destes, até membros da Academia não têm conhecimento.

Por que Joaquim pediu desligamento da Academia, em ato raro, se não inédito, na história da Casa? Porque seu filho Maurício foi exonerado, poucos dias atrás, da direção do IPHAN no Maranhão, apesar de sua excelente administração do órgão sob sua direção, conforme as avaliações por mim ouvidas de pessoas das mais variadas orientações políticas e ideológicas.  Nele não vejo razão para arquitetar história alguma diferente daquela contada aos seus amigos, acerca da responsabilidade principal pela exoneração. Por que razão iria aderir à moda e criar fakes?

Uma razão seria então Joaquim não ter votado no candidato a ocupar uma cadeira da AML, o então governador do Maranhão, Flávio Dino, hoje acadêmico da AML e ministro da Justiça do Brasil? Deixem dizer-lhes que o mesmo aconteceu comigo. Meu filho, Lino Filho, foi exonerado de um pequeno cargo, no primeiro dia do primeiro mandato de Flávio Dino como governador do Estado, na primeira lista dessa natureza encaminhada à imprensa. O motivo de sua exoneração não me pareceu a cobiça dos políticos por cargos públicos. Afinal, o que estava em jogo era uma remuneração baixíssima. Eu e Joaquim igualmente não votamos no governador, quando de sua candidatura à AML. Portanto, eu e ele, neste episódio da exoneração de Maurício Itapary, temos isto em comum: tivemos filhos afastados de governos, sem, em aparência, haver motivo moralmente relevante para o fato.

A respeito de exonerações, a de agora deu-se justamente no momento em que Joaquim e o próprio Maurício lidam com problemas sérios de morte e enfermidade séria na família.

Há mais, porém. O saudoso Andrès Phelipe, igualmente membro da AML, foi sistematicamente perseguido, durante quase oito anos, nos dois mandatos de governador de Flávio Dino. Contudo, foi recebido de braços abertos na AML. Quando Lula ia visitar o Estaleiro Escola, dirigido por Phelipe, os poucos equipamentos restantes, após retirada forçada deles ao longo de anos, pelo governo, viu-se chegarem, por fim, os dias de glória da Escola: equipes do governo aportaram lá, armados de equipamentos novos, a exemplo de aparelhos sanitários e ares-condicionados, de pintores e tinta para as paredes descascadas, de computadores e técnicos em informática, etc. Quem foi o autor do milagre? Luiz Inácio Lula da Silva. É que ele ia visitar o estabelecimento. Agora, adivinhem. Feita a visita, quando o atual presidente deu as costas, tudo foi levado de volta.

A perseguição chegou a tal ponto que obrigou Amyr Klink, navegador conhecido internacionalmente, a vir a São Luís a fim de defender o Estaleiro e seu diretor, de quem era amigo havia muito tempo, usando seu prestígio internacional, em entrevistas à imprensa local, sites de internet e televisão. Ele o fez sempre que as notícias eram ruins sobre o futuro do projeto e de Phelipe.

Ainda sobre o falecido acadêmico, há um episódio típico de suas atribulações. Certa vez, em jantar na residência do acadêmico Ney Bello Filho, a ele pedi que apelasse ao governador Dino em favor de Phelipe, pois ele nunca teve emprego estável no Estado, ocupando, apenas, cargos em comissão. Eu sugeri que parassem as perseguições e melhorassem sua remuneração. Parece que o governador não se comoveu ou considerou o pedido como falta de bom senso. Daí, coisa alguma resultou, ou melhor, resultou em nada, que é melhor do que coisa ruim. E, no entanto, Phelipe tinha projeção nacional, como membro de conselho consultivo do IPHAN, de abrangência nacional, por seu talento e persistência, e outras qualidades mencionadas em bom momento e com justiça pelo acadêmico eleito José Jorge, no seu discurso de posse recente. Não ouvi o discurso, porque não compareci ao evento por motivo de saúde, mas dele tive notícias.

Eu, várias vezes, disse a alguns acadêmicos que não seria bom para a Academia a eleição de um governador em exercício a uma Cadeira da AML. Três acadêmicos foram também governadores. Nenhum eleito durante seu mandato no Executivo, com o foi Flávio: Godofredo Viana, Pedro Neiva de Santana e José Sarney. Deveríamos ter continuado com essa regra informal. A preferência da Casa, todavia, foi por trocar a prática tradicional pela ilusão ou vã esperança de dinheiro. Eu contra-argumentava que, se o problema da AML era financeiro, então deveríamos lançar Mateus, do Super Mercado Mateus, candidato ao quadro de membros permanentes. Ele está na lista da revista Forbes como um dos homens mais ricos do Brasil. As doações dele seriam de recursos da própria empresa ou dele mesmo, liberados sem licitações, sem burocracia e sem demora. Bastaria ele assinar um cheque. À Academia, a verdade é essa, deixou de ter um ambiente de fraternidade. Mas penso que o atual ministro se elegeria com boa votação, mas não por aclamação e unanimidade, após deixar seu cargo de então ou o de agora.

Não sei o posicionamento da direção da Casa neste episódio. Penso, no entanto, ser imprescindível uma palavra do presidente a respeito das turbulências atuais.

Lino Raposo Moreira

 

 

André Fufuca se oferece, mas cresce a fila para relatar CPI do 8 de janeiro

O deputado André Fufuca (PP-MA) está em campanha para assumir a relatoria da CPI Mista do 8 de janeiro, no Congresso. Ele é ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a quem caberá a escolha, mas a fila é grande. O PT quer o controle do colegiado, para eliminar riscos de aprofundamento das investigações, e ainda exige o posto de relator, para além da presidência. O escândalo dos vídeos sugerindo a participação do governo Lula no vandalismo tornou a CPMI inevitável.

Esqueçam o que falei

Antes empenhado em impedir a CPMI, com o presidente do Senado fazendo manobras para evitá-la, o governo Lula mudou de posição.

Objetivo é ‘melar’

Para o senador Eduardo Girão (Podemos CE), a mudança de curso do governo em relação à CPMI objetiva “melar as investigações”.

Como no mensalão

Como a CPMI ficou incontornável, o governo resolveu investir pesado, como nos tempos do mensalão, para garantir sua maioria e o controle.

Quem irá definir

Após a leitura do requerimento da CPMI, quarta (26), os líderes dos blocões definirão seus representantes no colegiado.

Coluna do Claudio Humberto

 

Brasil é o 5° país com maior incidência de diabetes. Saiba mais sobre a doença

Frente Parlamentar incentivada pela deputada Flávia Morais (PDT – GO) tem como objetivo diminuir os índices da doença no Brasil

Segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), atualmente, o Brasil possui aproximadamente 16,8 milhões de adultos entre 20 e 79 anos de idade portadores de diabetes, o que o torna o 5º país em incidência de diabetes no mundo, ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

Com o objetivo de amenizar essa situação, no dia 12 de abril foi lançada a Frente Parlamentar Mista para a Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, uma iniciativa da deputada Flávia Morais (PDT – GO).

“Nós vamos estar atuando em todo o território nacional através dos parlamentares representantes e vamos fazer uma articulação muito forte junto aos órgãos do executivo federal, junto ao judiciário, aos outros órgãos para que a gente possa garantir o direito da população brasileira a esse tratamento, ao acompanhamento desta doença”, expôs.

O que é diabetes e seus sintomas

Karla Melo, coordenadora do Departamento de Saúde pública da sociedade brasileira de diabetes, explica que diabetes é uma doença crônica, caracterizada pelo aumento da glicemia e que também pode se expressar pela presença de sinais e sintomas, tais como:

Diabetes tipo 1

  • Fome frequente;
  • Sede constante;
  • Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
  • Perda de peso;
  • Fraqueza;
  • Fadiga;
  • Mudanças de humor;
  • Náusea e vômito.

Diabetes tipo 2

  • Fome frequente;
  • Sede constante;
  • Formigamento nos pés e mãos;
  • Vontade de urinar diversas vezes;
  • Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
  • Feridas que demoram para cicatrizar;
  • Visão embaçada.

“Mas a sua característica principal é a glicemia elevada que é identificada em exame laboratorial ou durante rastreamentos usando a glicemia capilar, mas que posteriormente precisa ser confirmado pelo exame laboratorial”, explica.

A coordenadora informa que a glicemia em pessoas que não possuem diabetes, varia entre 70 a 99 miligramas por decilitro. Indivíduos com glicemia de jejum alterada ou pré-diabetes, tendem a ter uma taxa de 100 a 125 miligramas por decilitro e glicemias iguais ou superiores a 126, são caracterizadas como diabetes, porém o exame precisa ser repetido para ter certeza do diagnóstico.

Tipos de diabetes

Karla Melo explica que os tipos de diabetes mais comuns são os tipos 1 e 2, mas também existem outros como a diabetes gestacional e a pré-diabetes.

Diabetes Tipo 1 –  Diagnosticado mais frequentemente em crianças e adolescentes, possui sintomas intensos o que gera um diagnóstico mais facilitado;
Diabetes Tipo 2 – Diagnóstico mais frequente em pessoas com mais de 45 anos e corresponde a 90% das pessoas com diabetes;
Diabetes gestacional – Caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gravidez e que, após o parto, pode se tornar a diabetes do tipo 2;
Pré-diabetes – Apresenta níveis de glicose no sangue mais altos do que o normal, mas ainda não são tão altos para ser caracterizada como diabetes do tipo 2.

Tratamento

O tratamento para a doença irá depender de acordo com o tipo de diabetes que o paciente possui.

Pacientes com diabetes Tipo 1 precisam de aplicações diárias de insulina para manter os níveis de açúcar no sangue dentro da faixa considerada normal. É recomendável possuir um dispositivo, conhecido como glicosímetro, em casa para medir com precisão a quantidade de glicose presente no sangue.

Para pacientes que possuem diabetes tipo 2, podem ser utilizados 3 tratamentos que irão variar de acordo com as necessidades específicas para cada caso, são eles:

  • Inibidores da alfa-glicosidase: atuam bloqueando a digestão e absorção de carboidratos no intestino;
  • Sulfonilureias: promovem a produção de insulina no pâncreas por meio das células pancreáticas;
  • Glinidas: funcionam igualmente ao estimular a produção de insulina pelo pâncreas.

Para tratar o diabetes gestacional é necessário um acompanhamento específico, com estimativas regulares da curva glicêmica, tendo que manter as taxas de açúcar em ordem com refeições fracionadas ao longo do dia e diminuir os alimentos gordurosos.

Brasil 61

STF finalmente libera imagens que o governo Lula queria em segredo

General de Lula se omitindo diante de vândalos explica o decreto de segredo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra do sigilo das imagens do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) captadas durante a invasão do Palácio do Planalto em 8 de janeiro. Com a decisão, todas as gravações deverão ser enviadas para investigação que está em andamento da Corte.

A determinação foi tomada após a gestão interina do GSI informar ao Supremo que uma sindicância foi aberta em 26 de janeiro pelo órgão para apurar a condutar de agentes que estavam em serviço, mas as imagens da ação dos vândalos não foram divulgadas em função do sigilo da investigação.

Na mesma decisão, Moraes também mandou que a Polícia Federal (PF) realize, em 48 horas, o depoimento de todos os funcionários do GSI que foram identificados após gravações divulgadas pela CNN Brasil mostrarem o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias e outros servidores no interior do Palácio do Planalto durante os atos golpistas.

Na decisão, o ministro afirmou que já havia determinado que todas as imagens da invasão deveriam ser anexadas à investigação dos atos que tramita no Supremo.

Responsabilidade

Para Moraes, as gravações são necessárias para apurar a responsabilidade criminal dos envolvidos.

“Portanto, inexiste sigilo das imagens, com base na Lei de Acesso à Informação, sobretudo por serem absolutamente necessárias à tutela jurisdicional dos direitos fundamentais, ao regime democrático e republicano, que foram covardemente desrespeitados no ataque criminoso à nossa democracia, no dia 8/01/2023”, escreveu o ministro.

Alexandre de Moraes ressaltou que a investigação sobre os atos golpistas também apura as responsabilidades de agentes civis e militares que foram coniventes com os atos.

“A investigação dos atos golpistas não está restrita somente aos indivíduos e agentes públicos civis e militares que criminosamente pretenderam causar ruptura do Estado Democrático de Direito, na tentativa de violação de direitos fundamentais e na separação de poderes, mas, também, na identificação e responsabilização das condutas de todos aqueles, inclusive de agentes públicos civis e militares, que, durante a consumação das infrações penais do dia 8/1 ou, posteriormente, comissiva ou omissivamente, foram coniventes ou deixaram de exercer suas atribuições legais”, concluiu.

Ainda na sexta-feira, 21, o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias prestou depoimento à Polícia Federal (PF), em Brasília. (ABr)

Diário do Poder

 

Os senadores campeões em viagens de avião por conta do dinheiro do povo

Suas excelências usaram sem piedade o dinheiro público em viagens

O Senado precisa de apenas cinco parlamentares para ultrapassar a emblemática marca de R$1 milhão torrados com passagens aéreas por conta do pagador de impostos. Tutti buona gente: somados, os senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Romário (PL-RJ), Fernando Bezerra Coelho, (MDB-PE) e Fabiano Contarato gastaram sem piedade a exata quantia de R$1.053.615,14. Isso considerando apenas o ano de 2022. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Veneziano Vital do Rêgo lidera o ranking, gastou R$222.957,62 ao longo do ano passado. Foi o senador que mais gastou em passagens.

O líder do Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues, leva a medalha de prata dos gastadores: R$217.433,90. Sem verter uma só lágrima.

O ex-craque Romário também gastou bem, foram R$211.109,68. Na cola, vem FBC, que torrou outros R$207.414,27.

Diário do Poder

 

‘Gonçalves Dias’, amigo e confidente, é o general de Lula

Qualquer general à frente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) acabaria na vala comum “bolsonarista”, onde os petistas desterram seus inimigos, mas jamais seria o caso de Gonçalves Dias. Amigo e confidente do presidente Lula há décadas, desde os anos chefiando sua segurança, entre 2003 e 2010, período em que testemunhou fatos que inimigos de Lula adorariam saber, como os “resgates” do chefe de célebres noitadas. Dias agiria como mostram os vídeos a serviço de Lula, jamais contra ele.

Mais do mesmo

Após as imagens serem divulgadas, petistas e jornalistas idem tentaram atribuir ao general leal a Lula fantasiosa ligação à “conspiração golpista”.

Sepultura

A confiança de Lula em “G. Dias”, como ele chama o amigo general, foi consolidada pela atitude de jamais deixar vazar nada de comprometedor.

Profissionalismo

A discrição de G. Dias não é um atributo particular, mas condição exigida no Exército de quem chefia integra a segurança presidencial.

Reduzindo danos

A saída do general no mesmo dia do vazamento do vídeo foi mais um gesto de lealdade, com objetivo de “reduzir danos” ao chefe e amigo.

Coluna do Claudio Humberto

 

MST espalha terror por todo o Brasil e confirma ‘apoio’ do ministro Haddad

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, afirmou que o Ministério da Fazenda, sob o comando de Fernando Haddad, irá aumentar os recursos para obtenção de terras para a reforma agrária. Segundo Rodrigues, que se reuniu com Haddad, o governo do Lula poderá chegar, em 2023, a um máximo de R$ 400 milhões.

“O governo está se comprometendo a chegar a R$ 400 milhões, mas é insuficiente para assentar 60 mil famílias acampadas”, disse o dirigente do MST. De acordo com Rodrigues, para assentar as 60 mil famílias acampadas atualmente no país, seria necessário um orçamento de, aproximadamente, R$ 1,3 bilhão. “O ministro Fernando Haddad disse que não tem como repor esse orçamento esse ano”, ressalvou.

O coordenador do movimento social afirmou que o ministro propôs trabalhar no sentido de obter terras, para a reforma agrária, advindas de proprietários devedores da União.

“O compromisso que o ministro firmou conosco é que ele vai trabalhar este ano em tentar obter terra de devedores da União”, disse. “Ele [o ministro] está sugerindo criar um grupo de trabalho, com vários ministérios, para obter terra de devedores da União. Para fazer o processo de assentamento em áreas que são de devedores, que seriam automaticamente negociadas entre o Ministério da Fazenda, a Receita Federal e, possivelmente, o Incra. Esse é um acordo que foi firmado”, acrescentou.

Segundo o dirigente, existem cinco milhões de hectares de devedores da União nas mãos de menos de mil proprietários que, em conjunto, devem R$ 40 bilhões para o estado brasileiro.

“Se o agronegócio está dizendo que ele é produtivo, que ele dá lucro, que ele é importante para o desenvolvimento, primeiro, que ele pague a dívida dele: 40 bilhões de reais, que deve para o estado brasileiro. E, segundo, se ele não for pagar, que ele passe essas terras, são cinco milhões de hectares, que já daria para resolver parte dos assentamentos da reforma agrária”.

As ameaças do MST são escancaradas. Tudo com a conivência do Governo Federal! O Brasil viver dias de terror protagonizados pelo MST com o apoio do governo Lula.

Jornal da Cidade Online

 

A casa caiu: Foi o próprio governo Lula que armou a baderna do 8 de janeiro, diz o jornalista JR Guzzo

Artigo publicado pelo jornalista José Roberto Guzzo – originalmente no jornal Gazeta do Povo – elucida todos os trágicos acontecimentos do dia 8 de janeiro e chega a uma conclusão óbvia, estampada no título do texto: A casa caiu. Sem dúvida, agora é só questão de tempo.

Leia abaixo o texto na íntegra:

A verdade começou, finalmente, a aparecer. Depois de três meses de esforços desesperados, por parte do presidente Lula, do seu sistema de apoio e do Supremo Tribunal Federal, para esconder essa verdade da população, a casa caiu e os fatos vieram à luz do dia. Não demorou, quando se pensa com alguma frieza sobre o assunto; eles queriam ocultar essa verdade para sempre, e não conseguiram aguentar muito mais que 90 dias. Também foram incompetentes, pois seu grande plano não deu certo. Não há dúvida nenhuma, enfim, sobre o que houve.

As imagens gravadas, e publicadas no maior furo jornalístico da CNN desde que iniciou as suas atividades no Brasil, mostram o general Gonçalves Dias, homem da confiança pessoal de Lula, em atitude de colaboração com os invasores que vandalizaram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A “tentativa de golpe” e os “atos terroristas” contra os edifícios dos Três Poderes em Brasília foram feitos com a participação, ou com o incentivo, ou com a cumplicidade, de agentes do próprio governo. É por isso que Lula e o PT passaram os últimos meses lutando com tanta ferocidade para impedir a CPMI que a oposição quer abrir – e agora vai abrir – sobre o que realmente aconteceu naquele dia.

Desde o começo essa história toda pareceu esquisitíssima. Tentativa de “golpe militar”? Não poderia ser: as Forças Armadas estavam a favor de Lula e contra os manifestantes – a prova é que mentiram para eles e se juntaram à polícia para enfiar na cadeia quem estava na frente dos quartéis em Brasília. É o exato contrário: as imagens gravadas mostram um general do Exército, e chefe supremo dos serviços de segurança do governo, circulando passivamente no meio dos invasores, enquanto seus subordinados ofereciam a eles cortesias e garrafas de água. Os crimes cometidos no dia 8 de janeiro não interessavam à oposição, nem “ao Bolsonaro”. Serviam apenas para Lula se fazer de vítima e jogar a mídia numa frenética tempestade de denúncias contra a “direita” – e a favor da repressão cada vez mais ilegal que o STF, transformado em delegacia de polícia, faz contra os acusados em seus inquéritos.

Com a revelação da verdade, até agora escondida como um segredo de Estado, as coisas se explicam: foi o próprio governo, com a participação direta de militares que estão ao seu serviço e juram todos os dias que defendem a “legalidade”, quem armou a baderna do 8 de janeiro. Está provado no mínimo que foi omisso, não fez nada para evitar as invasões (embora soubesse com antecedência que elas iriam acontecer) e tinha um efetivo ridículo para cumprir o seu dever de defender os edifícios atacados. Dá na mesma, em termos práticos.

Tudo fica ainda mais claro quando se verifica que o general foi demitido do cargo no dia em que a CNN publicou os vídeos. Se não fez nada de errado, por que raios foi demitido? E se era culpado, o que estava fazendo dentro do Palácio do Planalto durante esse tempo todo? Não há saída para isso; é xeque-mate. O governo, o PT e os seus militantes na mídia, como fazem em 100% de histórias como essa, desde o primeiro flagrante em que Lula foi pego, estão tentando dar a desculpa sempre absurda de que ele “não sabia” de nada. Se não sabia, por que passou quase todo o seu governo lutando de modo tão furioso para impedir a CPMI? Vendeu cargos, fez ameaças, usou o presidente do Senado como um serviçal para violar prazos e deveres legais, na tentativa de enterrar a comissão. Agora, depois dos vídeos, quer fugir. Não convence uma criança de dez anos de idade.

Tão mal quanto Lula, seu governo e os militares fica o STF. O ministro Alexandre Moraes, no momento mais destrutivo que a Justiça brasileira já viveu em sua história, prendeu 1.400 pessoas pelas invasões em Brasília, mantém até hoje 200 delas encarceradas e começou um espantoso julgamento dos acusados por “lotes” de 100 ou 200 pessoas de cada vez – coisa que simplesmente não existe em nenhuma lei conhecida no mundo. Os advogados, para efeitos práticos, estão impedidos de defender os seus clientes. Pessoas que nem estavam no local dos crimes foram presas, são obrigadas a usar tornozeleiras e já cumpriram – antes mesmo de serem julgadas – mais da metade da pena máxima prevista para o delito de que são acusadas.

Muitos fizeram exatamente o que o general Gonçalves Dias foi flagrado fazendo – deram um passeio pelo Palácio do Planalto, com bandeira do Brasil nas costas, no dia 8 de janeiro. Na injustiça mais escandalosa de todas, o ex-secretário de Segurança de Brasília, que estava nos Estados Unidos no dia dos crimes, está preso há três meses – e o general de Lula, que estava dentro do palácio, está solto, ou esteve solto durante esse tempo todo.

Como sustentar, por três minutos, que alguma coisa dessas seja legal? Como sustentar, sequer, que sejam lógicas? O ministro Alexandre, como Lula, também vai dizer que “não sabia” dos vídeos, nem das omissões, nem de nada? Não estamos, como diz a maioria da mídia, diante de mais um “equívoco”, uma “avaliação errada”, ou um “acidente”. O que está se vendo, com provas, é um ataque direto à democracia.

Jornalista José Roberto Guzzo, publicação originalmente na Gazeta do Povo

 

Leia o depoimento do ‘general do Lula’. É ‘porteira aberta’ para demissões e impeachment

O depoimento desta sexta-feira (21) do ex-ministro do GSI, o general petista e amigo de longa data do Lula, Gonçalves Dias, foi divulgado na íntegra pela Polícia Federal. Ele foi ouvido por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, após a divulgação de novas imagens das câmeras internas do Palácio do Planalto, durante os atos de 8 de janeiro, em que Dias e outros agentes do GSI foram flagrados caminhando tranquilamente entre os vândalos que depredaram o local. Foram mais de duas horas de barbárie, sem que nenhum dos membros do governo do molusco tentasse impedir, além de, muitas vezes, abrirem portas, cumprimentarem e até servirem água aos invasores.

Alguns pontos do depoimento, que inclui apenas as respostas (portanto, sem os questionamentos feitos pelo delegado da PF) revelam que o Palácio do Planalto, o ministério da Justiça, sob o comando do comunista Flávio Dino e até mesmo a ABIN, órgão que está vinculado ao GSI, portanto sob comando do próprio Gonçalves Dias na época, nada fizeram para impedir a depredação, mesmo cientes de que poderia ocorrer.

Segundo o ex-ministro, o GSI também não foi convidado para qualquer reunião que tenha ocorrido com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal ou com a ‘inteligência’ (vale lembrar que há documentos oficiais já tornados públicos, que informavam sobre os riscos da manifestação daquele domingo de janeiro, com pelo menos 24 horas de antecedência).

Há também pontos contraditórios, como no que afirma estar no Palácio do Planalto desde as 14h50, portanto antes da chegada dos invasores. Mas momentos depois ele afirma que teria entrado no local somente às 16h.

Outro ponto gravíssimo do depoimento revela que ele esteve pessoalmente com Lula ainda na noite de 8 de janeiro, e que mediou um telefonema com o General “Dutra” – Gustavo Dutra, que chefiava o Comando Militar do Planalto, em que o próprio Lula ordenava a prisão dos manifestantes que estavam no Palácio do Planalto e também os acampados diante do quartel do Exército.

Vale lembrar que essas prisões acabaram ocorrendo no dia seguinte, registradas no deprimente vídeo em que famílias inteiras são enganadas para entrar em ônibus oferecidos pela PF. Assim, Lula agiu como ‘polícia’, dando ordem de prisão mesmo sem provas de crimes flagrantes contra aquelas pessoas.

O ex-general SNI encerrou oferecendo a ‘cereja do bolo’ à CPMI que deve ser instalada no Congresso Nacional nos próximos dias, ao confirmar que todas as imagens capturadas pelas câmeras naquele 8 de janeiro estavam, desde então, de ‘posse de todas as instituições’. Em resumo, STF, MPF, PF, PM, Palácio do Planalto, SSP/DF e ministério da Justiça tinham acesso e conhecimento dessas imagens, mas jamais as utilizaram para investigar, de fato, os culpados e responsáveis pelo quebra-quebra.

Provas cabais de ingerência, improbidade administrativa, abuso de poder, desrespeito à constituição e omissão, entre outras aberrações. Uma gigantesca porteira aberta para demissões, prisões de autoridades e processos de impeachment.

Eis abaixo, as declarações prestadas ontem na PF, pelo General/ RR, Gonçalves Dias, ex-Ministro Chefe do GSI/PR.

  1. “Inquirido a respeito dos fatos investigados, RESPONDEU:
  2. QUE é General de Divisão da Reserva;
  3. QUE esteve à frente do Gabinete de Segurança Institucional, nomeado dia 01 de janeiro de 2023, em exercício no dia 02 de janeiro de 2023 e exonerado a pedido no dia 20 de abril de 2023;
  4. QUE já havia trabalhado no GSI anteriormente, de 2002 a 2010, no Departamento de Segurança;
  5. QUE ao ser nomeado chefe do GSI não foi tratado com o Presidente da República ou outra autoridade a respeito das manifestações antidemocráticas que estavam ocorrendo desde o resultado das eleições presidenciais em 2022;
  6. QUE isso já estava sendo tratado pela equipe de transição e essa era uma das pautas de preocupação da equipe de transição;
  7. QUE ao assumir no dia 02 de janeiro, durante cerca de 5 dias estava ainda se ambientando as funções, haja vista que não houve passagem de função com o Ministro anterior;
  8. QUE dentro do GSI existe a Secretaria de Coordenação de Segurança Presidencial, que avalia o nível de criticidade de eventuais movimentos que estejam acontecendo no território nacional a partir de informações recebidas de outros órgãos e agências, principalmente de secretarias de segurança pública;
  9. QUE deixa registrado que o acompanhamento dos movimentos são atribuição do Ministério da Justiça, Secretaria de Segurança Pública e Ministério da Defesa;
  10. QUE o declarante fez parte da equipe de transição responsável pela parte de segurança do Presidente da República e que houve reuniões para tratar da segurança da posse presidencial em que esses movimentos antidemocráticos foram considerados na C1CCR – Centro Integrado de Comando e Controle Regional da SSP/DF, frisando-se, antes da posse presidencial;
  11. QUE, indagado sobre o movimento de instalação de acampamentos em frente aos quartéis do Exército, afirma que é uma área militar e há um regulamento que prevê a desocupação;
  12. QUE sua função como chefe do GSI não se confunde com as atribuições de militares das forças armadas;
  13. QUE cabia ao Exército Brasileiro fiscalizar e regular e, se fosse o caso, retirar os acampamentos;
  14. QUE não tem conhecimento a respeito de ações radicais que ocorreriam em manifestação na cidade de Brasília entre 06 e 08 de janeiro;
  15. QUE respondeu achar um absurdo o GSI não ser convidado para participar da reunião na SSP/DF onde foi delimitada no Plano de Ações Integradas (PAI) as atribuições das instituições de Estado;
  16. QUE no GSI a Secretaria de Coordenação de Segurança Presidencial chefiada à época pelo General FEITOSA deveria ter sido convidada pela SSP para a participar da reunião;
  17. QUE não sabe qual pessoa da SSP que deixou de convidar o GSI para a reunião;
  18. QUE o GSI sempre é convidado a participar, inclusive participou da reunião para elaboração do PAI referente à Posse Presidencial;
  19. QUE estes convites só existem quando há manifestações; QUE o GSI não recebeu o PAI referente aos atos, n° 1609468/2023;
  20. QUE não tem conhecimento se havia agentes de inteligência da ABIN ou outros do GSI monitorando o acampamento;
  21. QUE nos 5 dias de sua gestão, período antes dos ataques, não ordenou esse monitoramento por agentes dessas instituições;
  22. QUE a ABIN era diretamente ligada ao Gabinete do GSI e todas as informações eram direcionadas diretamente ao chefe do GSI;
  23. que, indagado se recebeu informações de inteligência da ABIN a respeito do aumento de fluxo de ônibus e chegada de pessoas após 6 de janeiro a BSB, informou que não recebeu qualquer relatório de inteligência;
  24. QUE a CCA1 do Congresso Nacional solicitou ao GSI, que encaminhasse todas as informações de inteligência que envolvessem os atentados do dia 8 de Janeiro;
  25. QUE o GSI encaminhou mensagens compiladas em grupos de aplicativos à CCAI;
  26. QUE o declarante apenas teve conhecimento dessas mensagens ao solicitar à ABIN o encaminhamento para a CCAI;
  27. QUE nessas mensagens do dia 2 ao dia 7 não havia informações relevantes;
  28. QUE ressalta que o acampamento em frente ao Quartel General do Exército estava pouco ocupado e praticamente desmobilizado;
  29. QUE no dia 7 houve incremento na chegada de ônibus em Brasília;
  30. QUE as mensagens do dia 8 pela manhã constavam pessoas fazendo discursos exaltados, ameaçando invadir prédios públicos da República;
  31. QUE o compilado de mensagens não pode ser considerado tecnicamente um relatório de inteligência para produção de conhecimento para assessorar a decisão do gestor;
  32. QUE não sabe informar se esses informes da ABIN levaram em consideração informações passadas pelas PRF e ANTT;
  33. QUE nesse período recebeu vários relatórios da ABIN, mas nenhum tratando das manifestações;
  34. QUE não recebeu orientações ou ordens de superiores militares ou agentes políticos para tolerar esses grupos de manifestantes;
  35. QUE, indagado sobre as providências que adotou para proteger o Palácio do Planalto e a Chefia do Poder Executivo do dia 06/01 ao dia 08/01, respondeu que houve a adoção do plano Escudo, dentro do nível de criticidade avaliado pela Secretaria de Coordenação de Segurança, subordinada ao GSI, coordenada pelo General FEITOSA;
  36. QUE em relação ao efetivo regular de emprego de agentes de segurança do GSI é importante verificar com o Gen. FEITOSA, que era o responsável,
  37. QUE no dia 07/01 o efetivo do GSI, dentro da classificação de risco, era regular;
  38. QUE no dia 08/01, ao perceber a ineficiência das forças de segurança distritais para conter os ânimos exaltados e ações criminosas de alguns manifestantes, solicitou reforço por volta de 14:50 de efetivo ao Comando Militar do Planalto – CMP;
  39. QUE caso o nível de criticidade fosse alto, conseguiria utilizar todo o efetivo do Comando Militar do Planalto e, conforme a necessidade, acrescidas outras tropas como ocorreu na posse presidencial;
  40. QUE teve informação do Cel. GARCIA, que é o chefe de segurança das instalações, que havia 45 agentes de Coordenação Geral de Segurança, 46 militares do 1° Regimento de Cavalaria de Guardas e 1 Pelotão de Choque de Reforço com 38 militares do Batalhão da Guarda Presidencial;
  41. QUE não tem conhecimento se estava sendo utilizada a guarda verde, mas que, em razão das funções específicas desse grupamento, não seria um absurdo se não fosse utilizada;
  42. QUE, indagado a respeito das declarações do Gen. DUTRA, ex-comandante militar do Planalto, de que o Coronel ALEXANDRE SANTOS DE AMORIM, que era Coordenador de Avaliações de Risco do GSI, havia classificado o evento como “risco laranja”, afirma que não teve conhecimento antes do dia 8 de janeiro de qualquer documento por ele produzido nesse sentido;
  43. QUE, ao abrir a sindicância para apurar as circunstâncias do evento, chegou ao seu conhecimento que houve a produção dessa informação pelo coordenador citado, mas não se recorda, nesse momento, qual era a classificação de risco informada no documento;
  44. QUE a sindicância deve terminar até o final deste mês e deverá ser encaminhada ao STF;
  45. QUE não tem informações decoradas sobre como a segurança do Palácio do Planalto deve ser empregada no cenário de risco laranja, mas estas devem estar no Plano Escudo;
  46. QUE não sabe dizer qual a classificação de risco para o evento de 08 de janeiro e se seria de normalidade;
  47. QUE o responsável pela classificação de risco do evento seria o Gen. FEITOSA;
  48. QUE não sabe em que dados o GSI se baseou para classificar o risco do evento;
  49. QUE tem conhecimento que o Palácio do Planalto, foi invadido as 15h41min;
  50. QUE o declarante chegou no Palácio do Planalto por volta de 14h50min e viu a multidão conseguir superar o bloqueio da PMDF e partir em direção do Palácio do Planalto;
  51. QUE havia uma tropa da PM na altura do início do estacionamento e foi retraindo conforme a pressão dos manifestantes e isso abriu espaço para eles subirem a rampa;
  52. QUE uma outra parte da multidão entrou pela lateral superando o combate do pelotão do exército, que lançava gás lacrimogênio e elastômetro;
  53. QUE inicialmente entraram quebrando as vidraças;
  54. QUE se estima que o pelotão do exército do BGP era composto por cerca de 30 homens;
  55. QUE os militares e policiais militares mostraram boa combatividade, inclusive testemunhado pelo próprio declarante que estava no momento da invasão;
  56. QUE antes da invasão ao chegar no Palácio do Planalto, por volta de 14h50min ligou para o Gen. DUTRA e pediu reforço de tropa e ele informou que estava providenciando;
  57. QUE e possível o declarante ter entrado no Palácio do Planalto as 16h;
  58. QUE até a entrada do declarante no Palácio do Planalto, o declarante não viu a tropa de reforço do exército chegar, mas isso não quer dizer que ela não tenha chegado;
  59. QUE sabe que ao final da operação o total de militares era de 487 e de policiais militares era de 520;
  60. QUE não tem conhecimento se houve demora injustificada do exército;
  61. QUE ao entrar no prédio do Palácio do Planalto se dirigiu ao 4° andar e verificou que havia invasores e estavam sendo retirados por agentes do GSI e após descer para o 3° andar fez uma varredura e encontrou outros invasores na sala contígua e conduziu essas pessoas a saída, após as portas de vidro;
  62. QUE nesse momento ligou para o Cel. VANDELI e solicitou que ele requisitasse o Choque da PM e apoiasse a realização das prisões;
  63. QUE indagado o porquê no 3° e 4° piso conduziu as pessoas e não efetuou pessoalmente a prisão, respondeu que estava fazendo um gerenciamento de crise e essas pessoas seriam presas pelos agentes de segurança no 2° piso tão logo descessem, pois esse era o protocolo;
  64. QUE o declarante não tinha condições materiais de sozinho efetuar prisão das 3 pessoas ou mais que encontrou no 3° e 4° andar sendo que um dos invasores, encontrava-se altamente exaltado;
  65. QUE já havia dado ordem ao Cel. VANDERLI e Cel. ROGERIO para que essas prisões fossem feitas;
  66. QUE não deu ordem para evacuar os invasores do prédio, mas se porventura algum de seus subordinados deu essa ordem, não foi de seu conhecimento;
  67. QUE a ordem era de prisão e foram efetuadas mais de 200 prisões;
  68. QUE indagado a respeito do Major JOSÉ EDUARDO NATALE DE PAULA PEREIRA, haver entregue uma garrafa com água a um dos invasores;
  69. QUE deve ser analisado pelas circunstâncias do momento os motivos do major, mas que se tivesse presenciado o teria prendido;
  70. QUE as imagens divulgadas pela imprensa apresentam uma possível proximidade física e temporal do declarante com a conduta do MJ. JOSÉ EDUARDO;
  71. QUE na verdade houve um corte e edição na gravação de aproximadamente 30 minutos, ficando claro que não estava no mesmo tempo em que ele entregou a garrafa de água;
  72. QUE todas as pessoas que aparecem nos vídeos do 3° piso da já foram identificadas e os nomes encaminhados pelo atual ministro interino do GSI ao Ministro do STF ALEXANDRE DE MORAES;
  73. QUE confirma as declarações do Gen. DUTRA de que na noite dos atentados de 8 de janeiro, ele entendeu não ser conveniente e seguro a prisão dos vândalos naquele momento sem planejamento e em razão dos ânimos exaltados e a presença e de famílias, idosos e crianças;
  74. QUE ao receber telefonema do Gen. DUTRA passou seu telefone ao Presidente da República para que argumentasse diretamente com ele;
  75. QUE não sabe dizer se o Gen. DUTRA convenceu o Presidente, mas de fato a operação ocorreu no dia seguinte;
  76. QUE indagado se o declarante entende se houve apagão da inteligência, respondeu que acredita que houve um “apagão” geral do sistema pela falta de informações para tomada de decisões;
  77. QUE todas as filmagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro foram fornecidas integralmente as instituições do Estado, sem omissão de possíveis filmagens;
  78. QUE entrega um documento de Título “Imagens do sistema de vídeo monitoramento” com duas páginas e o documento de título “Quadro resumo de eventos registrados – 08 de janeiro de 2023” com duas páginas.
  79. Nada mais havendo, este Termo de Declarações foi lido e, achado conforme, assinado pelos presentes”.

Jornal da Cidade Online