Caso Miguel que caiu de um prédio: Juristas apontam “abandono de incapaz” em parecer

“No instante em que permitiu que a porta do elevador se fechasse, praticou o abandono, não estando a criança escondida, longe do seu alcance, mas na sua frente. Houve precisa omissão de vigilância”, diz trecho do documento.

Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça, e a advogada Helena Regina Lobo da Costa elaboraram um parecer em caráter pro bono apontando que houve crime de abandono de incapaz com resultado morte praticado por Sarí Corte Real no caso do menino Miguel.

Miguel Otávio Santana da Silva morreu no dia 2 de julho de 2020 após cair do nono andar de um prédio do centro de Recife/PE. À época, sua mãe trabalhava como empregada doméstica na casa de Sarí Corte Real, primeira-dama do município de Tamandaré. No momento da queda, a criança estava sob os cuidados da patroa.

O parecer foi elaborado a pedido do advogado que representa Mirtes Renata Santana de Souza, mãe de Miguel.

Parecer

No documento, Reale e Helena Regina vão na mesma linha do entendimento da Polícia Civil pernambucana, que alterou a tipificação do crime inicialmente autuado como homicídio culposo.

Os juristas dizem que Sarí foi “desatenta” e que as imagens das câmeras de segurança mostram que “a ré simplesmente desistiu de vigiar o menor entregue a seus cuidados, deixando-o à sua sorte, ao léu”.

“No instante em que permitiu que a porta do elevador se fechasse, praticou o abandono, não estando a criança escondida, longe do seu alcance, mas na sua frente. Houve precisa omissão de vigilância, não atuando a ré conforme o dever que assumira de cuidar da criança na ausência da mãe, sua empregada, que se retirara para cumprir tarefa de seu mister.”

O parecer diz também que não houve drible e nem fuga, e sim abandono. “As imagens das câmeras não deixam dúvidas de que a acusada deixou a criança ao léu, à mercê da própria sorte, em edifício no qual muitas eram as situações de risco a que estaria sujeita.”

Por fim, afirmam que a indiferença em face dos riscos à vida e à integridade física da criança de cinco anos é patente, a demonstrar a consciência e vontade ao assentir na criação de situação perigosa para a vítima, mesmo diante de visível possibilidade de se estender o fato ao surgimento de uma efetiva lesão à sua integridade física.

Fonte: Migalhas

Permanece o desrespeito a pessoas doentes nas marcações de consultas do SUS na APAE

Na última quinta-feira a TV Mirante mostrou ao vivo como a pessoa pobre sofre para ter acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde, não oportunizando qualquer questionamento contrário por parte da Prefeitura de São Luís. Uma pessoa que chegou à madrugada na fila da Central de Marcação de Consultas da APAE e foi a primeira a ser atendida saiu frustrada, em razão de que conseguiu marcar dois exames e descartada em uma consulta de vista. Ela terá que na próxima semana voltar a ir para a fila na madrugada, mas sem garantia de que conseguirá ser respeitada em seu direito a saúde e mais precisamente a consulta de vista.

Pode-se observar claramente, como os pacientes do SUS são tripudiados em seus direitos e tratados como qualquer Zé Ruela ou segunda pessoa do Seu João Ninguém. Cadê as promessas, o respeito a dignidade, mais uma vez o povo está vendo que o discurso é uma coisa mirabolante e a prática é perversa e excludente

                Redução de 25% do repasse da prefeitura para a APAE

Várias doentes que procuram a APAE para marcar consultas foram informadas que houve uma diminuição no atendimento a consultas e exames, decorrente de que a Secretaria Municipal de Saúde teria feito uma redução de 25% nos repasses mensais da Secretaria Municipal de Saúde a APAE e que teria também atingido a Santa Casa de Misericórdia. Caso efetivamente seja correta a informação repassada na Central de Marcação de consultas da APAE, o problema toma dimensão séria e praticamente insustentável, diante de que com a redução da pandemia, com certeza vai aumentar o fluxo de pessoas que vão em busca de serviços médicos diversos.

A verdade é que quem acreditava em um novo tempo e serviços com maior eficiência, está se decepcionando mais cedo do que esperava. Há necessidade de mobilização e luta por direitos e acima de tudo, respeito a dignidade das pessoas que têm direito aos serviços médicos do SUS.

Fonte: AFD

Nota pública em apoio à luta do Quilombo Tanque da Rodagem em Matões no Maranhão

Desde a sexta-feira, 10 de setembro, famílias da comunidade quilombola Tanque da Rodagem, localizada em Matões, no Maranhão, impediam que funcionários, contratados por dois produtores de soja oriundos do Paraná, Eliberto Stein e Silvano Oliveira, se apropriassem novamente dos tratores que invadiram o território e desmataram imensas áreas de Cerrado na região. Acampados em um trecho da rodovia MA 262, as famílias vinham sendo ameaçadas por homens armados, que chegaram a impedir o acesso da Secretaria de Igualdade Racial à sede do município. Desde as primeiras horas do sábado, a Comissão Pastoral da Terra no Maranhão (CPT-MA), acompanhou a situação junto à comunidade.

No final da última terça-feira (14), uma ação da Polícia Militar apreendeu os tratores dos latifundiários e retirou a barricada construída para impedir o acesso à cidade. Apesar dessa ação, a comunidade segue acampada na rodovia junto a demais comunidades que se somam, já que homens armados continuam rondando o território. Diante desse cenário, a Articulação das CPT’s do Cerrado manifesta apoio à luta do quilombo. Confira na íntegra:

Nota pública em apoio à luta do Quilombo Tanque da Rodagem

Malditas sejam todas as cercas!
Malditas todas as propriedades privadas que
nos privam de viver e de amar!
Malditas sejam todas as leis, amanhadas por
umas poucas mãos, para ampararem cercas e
bois e fazerem da terra escrava e escravos os
homens!

Dom Pedro Casaldáliga

A Articulação das CPT’s do Cerrado vem a público manifestar solidariedade à comunidade quilombola Tanque da Rodagem, de Matões/MA, que segue acampada às margens da rodovia MA 262 em manifestação desde sábado (11), para denunciar a invasão de homens armados e desmatamento de campos de Cerrado dentro de seu território. A comunidade cobra do governo do Maranhão segurança para as famílias e a retirada de jagunços armados dos arredores da comunidade, bem como a regularização do território.

Desde 2020, a CPT/MA e outras organizações sociais participam de diversas reuniões com órgãos de segurança pública do Maranhão cobrando providências em relação a uma série de conflitos agrários que envolve várias comunidades tradicionais, por conta da violência contra lideranças, grilagem de terras e destruição dos campos e florestas, que tem impulsionado recorrentes episódios de assassinatos de lideranças sindicais e comunitárias.

A escalada da violência contra povos e comunidades tradicionais no estado do Maranhão nos causa indignação e horror. De 2020 para cá, já foram assassinados nove (9) trabalhadores, tornando o Maranhão um dos estados onde mais se derrama sangue de povos camponeses e tradicionais.

Compartilhamos do entendimento que, esses conflitos e violências no campo, no Maranhão, são efeitos da perversidade do capital, que se intensifica com expansão da dita “fronteira agrícola do MATOPIBA”, através do latifúndio de monocultivos de soja, milho, capim e eucalipto, projetos de infraestrutura, mineração e etc. A voracidade do agronegócio e dos projetos de mineração encontra apoio nas ações e omissões dos governos locais para seguir destruindo territórios de vidas, transformando-os em terras de negócios.

Por isso, REPUDIAMOS o silêncio ensurdecedor dos órgãos de segurança pública e ambiental do estado do Maranhão diante de mais esse ataque contra o Quilombo Tanque da Rodagem.

Basta de violência contra os guardiões e as guardiãs do Cerrado!

Territórios livres já!

Articulação das CPT’s do Cerrado

 

‘Aberrações jurídicas inacreditáveis’ fazem senador pedir mudanças no STF

Na primeira sessão do Senado após os atos do dia 7, quando se destacaram as críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Lasier Martins (Pode-RS) defendeu mudanças na forma de escolha e indicação dos ministros do Tribunal, além da criação de mandatos para os membros. Segundo Lasier, o STF “vem perdendo credibilidade” e se transformou numa Corte que “acusa e pune, se dizendo ao mesmo tempo vítima, produzindo por isso aberrações jurídicas inacreditáveis”.

Crítica contundente

Lasier afirmou que o STF age em sentido contrário à Constituição ao punir a livre expressão e atacar a inviolabilidade parlamentar. Para o político gaúcho, nunca houve “clima tão adequado” no Senado para propor mudanças no STF através de emenda constitucional.

Mandato e inelegibilidade

A proposta de Lasier (PEC 35/2015) impõe mandato de dez anos aos ministros do STF, além de inelegibilidade por 5 anos após deixar a Corte. A escolha dos ministros sairia de uma lista tríplice elaborada pelos presidentes dos tribunais superiores, TCU, PGR e presidente da OAB.

Coluna do Claudio Humberto

 

Ministério da Saúde faz recomendação para vacinar apenas adolescentes com comorbidades

A nota recomenda vacinar somente jovens entre 12 e 17 anos com comorbidades

O Ministério da Saúde emitiu nota informativa, na noite desta quarta-feira (15), recomendando não vacinar adolescentes com idades entre 12 e 17 anos sem comorbidades. O documento foi assinado eletronicamente pela secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo.

O texto explica que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda o uso da vacina em jovens com ou sem comorbidades; também justifica que os testes de eficácia neste público não pe comprovada; além de que os casos cujos quadros evoluem para gravidade em adolescentes são raros.

Confira a íntegra da nota:

Fonte: Diário do Poder

 

Câmara aprova Código Eleitoral com quarentena para juízes e policiais

A Câmara dos Deputados concluiu, na madrugada desta quinta-feira, 16, a votação do novo Código Eleitoral (PLP 112/21). Aprovado na forma do substitutivo da relatora, deputada Margarete Coelho, o texto será analisado ainda pelo Senado.

O projeto consolida, em um único texto, toda a legislação eleitoral e temas de resoluções do TSE. Na principal votação desta quarta-feira, 15, o plenário da Câmara retomou o tema da quarentena, que será exigida de certas categorias para poderem disputar as eleições.

Por 273 votos a 211, os deputados aprovaram emenda exigindo o desligamento de seu cargo, quatro anos antes do pleito, para juízes, membros do Ministério Público, policiais federais, rodoviários federais, policiais civis, guardas municipais, militares e policiais militares.

Na semana passada, o plenário havia aprovado destaque do PSL que retirou do texto da relatora uma quarentena de cinco anos para juízes e membros do Ministério Público. Naquela votação, 254 deputados opinaram por manter a quarentena, mas eram necessários 257 votos. Para manter a isonomia, também haviam sido aprovados outros destaques retirando a exigência para as demais categorias.

Já a emenda aprovada nesta quarta-feira, assinada pelo deputado Cacá Leão e outros líderes partidários, prevê que juízes e membros do Ministério Público terão de se afastar definitivamente de seus cargos e funções quatro anos antes do pleito. De igual forma, a norma valerá para policiais federais, rodoviários federais, policiais civis e guardas municipais.

Quanto a militares e policiais militares, os quatro anos deverão ser anteriores ao começo do período de escolha dos candidatos e das coligações previsto para o ano eleitoral, que começa em 20 de julho.

Entretanto, até as eleições de 2026 vale o afastamento pela regra geral, em 2 de abril do ano eleitoral. “Quando a Constituição veda a filiação partidária, de uma forma ou de outra abre uma fenda para que haja, realmente, limitações de direitos políticos dessas categorias”, declarou a relatora.

Renúncia

Ainda em relação às situações de inelegibilidade, emenda do deputado Danilo Cabral aprovada na semana passada manteve na lei o impedimento para aqueles que renunciaram no momento de abertura de processo de perda de mandato por infringência a dispositivos constitucionais. A inelegibilidade vale para as eleições realizadas desde a renúncia e até oito anos após o término da legislatura.

Improbidade administrativa

Entretanto, outras situações de inelegibilidade serão extintas, como a que impedia a candidatura de dirigentes não exonerados de responsabilidades pela liquidação judicial ou extrajudicial de instituições financeiras.

Quanto aos que podem ser inelegíveis por terem sido excluídos do exercício da profissão por infração ético-profissional ou demitidos do serviço público por processo administrativo ou judicial, a restrição será aplicada apenas se o motivo comprometer a moralidade para o exercício de mandatos eletivos.

Para os que tiverem suas contas rejeitadas por ato doloso de improbidade administrativa em decisão irrecorrível, o texto prevê que a Justiça Eleitoral, para reconhecer a inelegibilidade, não poderá se basear em fatos que tenham sido objeto de procedimento preparatório ou inquérito civil arquivados ou de ação de improbidade extinta sem resolução de mérito, rejeitada com liminar, julgada improcedente ou julgada procedente somente em função de ato culposo.

No caso de condenações transitadas em julgado ou em segunda instância, o texto aprovado mantém a lista atual de crimes que implicam inelegibilidade, acrescentando aqueles contra a ordem tributária, contra a economia e as relações de consumo e contra o Estado Democrático de Direito.

No entanto, o período no qual a pessoa não poderá se candidatar passa a contar da condenação pelo crime e não mais a partir do fim do cumprimento da pena.

Contagem inversa valerá para o político condenado a perda de mandato, para o qual os oito anos de inelegibilidade contarão a partir da decisão e não mais a partir do término do mandato, como é hoje.

Conteúdo bloqueado

Foi aprovada emenda do deputado Bohn Gass para retirar trecho do projeto que proibia provedores de redes sociais e de aplicativos de mensagens de adotarem critérios que implicassem “censura de ordem política, ideológica, artística ou religiosa de candidatos a cargos políticos”.

O trecho, segundo deputados da oposição, repete termos da MP 1.068/21, devolvida ao governo pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por tratar de temas proibidos para uma MP.

Ao mesmo tempo, a emenda incluiu no texto dispositivo prevendo que a adoção de critérios de moderação ou limitação do alcance da divulgação de conteúdos não deve ser implementada visando a desequilibrar a igualdade de condições entre candidatos a cargos políticos.

Debates eleitorais

Nesta quarta-feira, os deputados aprovaram também destaque do Psol e excluíram do texto regra para manter a bancada eleita na Câmara dos Deputados como critério para a participação em debates transmitidos por emissoras de rádio e TV. Pelo texto, têm participação garantida os candidatos de partidos com um mínimo de cinco deputados federais.

O trecho retirado determinava que fossem levadas em conta as mudanças de filiação partidária ocorridas até a data da convenção não contestadas pelo partido ou com justa causa reconhecida pela Justiça Eleitoral. Isso poderia diminuir a bancada eleita usada no critério.

Ação afirmativa

Para fins de distribuição de recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o texto prevê a contagem em dobro de votos em mulheres ou negros uma única vez por pleito.

Igual regra será aplicada na contagem de eleitos, pois esses são os dois critérios principais na repartição.

Emenda do deputado Alessandro Molon incluiu os candidatos indígenas na contagem em dobro para fins de distribuição dos recursos do Fundo Partidário.

A contagem em dobro valerá até que ocorra paridade política como ação afirmativa. Fica mantida ainda a cota mínima de 30% de cada sexo nas candidaturas lançadas pelos partidos.

Sobras de vagas

A relatora incorporou no novo Código Eleitoral as mudanças previstas no PL 783/21 para as regras sobre as sobras de vagas. Essas sobras são as vagas para cargos proporcionais (deputados e vereadores) que poderão ser preenchidas por partidos com um limite mínimo de votos obtidos.

Poderão concorrer à distribuição das sobras de vagas apenas os candidatos que tiverem obtido votos mínimos equivalentes a 20% do quociente eleitoral e os partidos que obtiverem um mínimo de 80% desse quociente.

O quociente eleitoral é um número encontrado pela divisão do número de votos válidos pelo número de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral (Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras municipais), desprezada a fração.

Para a distribuição das vagas aos mais votados, usa-se primeiramente esse critério do quociente e, só depois disso, as sobras são repartidas.

Candidaturas coletivas

O texto aprovado autoriza a prática de candidaturas coletivas para os cargos de deputado e vereador (eleitos pelo sistema proporcional). Esse tipo de candidatura caracteriza-se pela tomada de decisão coletiva quanto ao posicionamento do eleito nas votações e encaminhamentos legislativos.

O partido deverá autorizar e regulamentar essa candidatura em seu estatuto ou por resolução do diretório nacional, mas a candidatura coletiva será representada formalmente por apenas uma pessoa.

O texto permite, no entanto, que o nome do coletivo seja registrado na Justiça Eleitoral juntamente com o nome do candidato, assim como nas propagandas, se não criar dúvidas quanto à identidade do candidato registrado.

O partido definirá regras para o uso desse tipo de candidatura, especificando como ocorrerá seu financiamento e a participação da coletividade na tomada de decisão sobre os rumos e estratégias políticas da candidatura.

Na hipótese de vacância do mandato do representante da candidatura coletiva, em caráter provisório ou definitivo, tomará posse o suplente do respectivo partido político.

Com cerca de 900 artigos, o projeto do novo Código Eleitoral é resultado do grupo de trabalho de reforma da legislação eleitoral, composto por representantes de diversos partidos.

Confira as emendas e destaques rejeitados nesta quarta-feira:

– emenda do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) pretendia desconsiderar decisões jurídicas ou fatos posteriores ao registro da candidatura que pudessem reverter condições de elegibilidade ou inelegibilidade do candidato;

     – destaque do PDT pretendia retirar as Forças Armadas dentre as entidades listadas como fiscalizadoras dos códigos-fonte, softwares e dos sistemas eletrônicos de biometria, votação, apuração e totalização dos votos;

    – emenda do deputado Wellington Roberto (PL-PB) pretendia permitir, para fins de distribuição de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), a contagem de deputados que mudaram de partido durante a legislatura em razão de o partido pelo qual foram eleitos não ter atingido a cláusula de desempenho;

 – emenda do deputado Bohn Gass pretendia limitar os gastos de campanhas nas eleições de 2022 e 2024 a 80% dos limites definidos para as eleições de 2018 e 2020, respectivamente;

    – emenda do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) pretendia permitir a propaganda paga à escolha do partido com recursos públicos destinados a esse fim;

destaque do Novo pretendia retirar do texto a volta da propaganda partidária em rádio e TV;

destaque do Republicanos pretendia permitir a propaganda eleitoral em templos;

   – emenda da deputada Renata Abreu (Podemos-SP) pretendia permitir o uso de outdoors na propaganda eleitoral.

Informações: Agência Câmara de Notícias.

Por solicitação do MPF, a Justiça Federal obriga Sema Estadual a divulgar informações ambientais

Falta de transparência tem causado dificuldades ao controle público e aos órgãos de fiscalização.

Após ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal no Maranhão concedeu liminar que determina à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) que disponibilize consulta pública irrestrita de informações obrigatórias e de interesse geral em matéria ambiental no seu site, na forma da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Pela decisão, a falta de transparência tem causado entraves ao controle público e social da gestão dos bens ambientais e da qualidade dos ecossistemas existentes no território maranhense, como também aos órgãos públicos de fiscalização.

Segundo a ação do MPF, o portal eletrônico de informações ambientais mantido pela Sema não disponibiliza dados acerca de autos de infração, termos de embargos e relatórios de fiscalização elaborados pelo órgão estadual. Também não constam dados quantitativos sobre as fiscalizações realizadas, sanções ou medidas de polícia administrativa determinadas pelo Poder Judiciário.

Além disso, não há informações para consulta pública sobre os licenciamentos ambientais e respectivas licenças concedidas, nem sobre os empreendimentos beneficiados, como também não é permitido o acesso aos processos de licenciamento ambiental no sistema eletrônico respectivo senão àqueles diretamente interessados.

Em vista disso, a Justiça Federal no Maranhão determinou que a Sema disponibilize, no prazo de 120 dias, através do seu site eletrônico na internet, acesso público livre sobre os processos ambientais em tramitação, independente de cadastramento prévio ou de senha, com atualização mensal dos dados divulgados.

Devem ser informados o quantitativo de licenciamentos ambientais e listagens com as licenças ambientais concedidas, audiências públicas agendadas no âmbito dos processos de licenciamento ambiental e autos de infração, com as respectivas penalidades impostas pelos orgãos ambientais estaduais.

Foi determinada, ainda, a divulgação de listas dos termos de ajustamento de conduta (TACs) firmados, registros de apresentação dos termos de referência, estudos de impacto ambiental, relatório de impacto ambiental e plano de recuperação de áreas degradadas.

Por fim, a Sema terá que apresentar, no prazo de 60 dias, um canal digital que viabilize os requerimentos, por escrito, de outras informações, inclusive para o fornecimento de cópias de documentos, certidões autenticadas e vista dos processos administrativos referentes a licenciamentos ambientais e autuações. Em caso de descumprimento, o órgão terá que pagar multa diária de R$ 10 mil. Número do processo para consulta na Justiça Federal: 1023474-38.2021.4.01.3700

Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal no Maranhão

 

 

Arthur Lira adverte que relatório de CPI não pode tratar de mudança constitucional

Presidente da Câmara colocou em seu lugar o relator Renan Calheiros, que diz que pode incluir no relatório mudança constitucional

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) em seu devido lugar ao afirmar que “foge do escopo do relatório da CPI tratar de um assunto que é constitucional”.

Renan, que é relator da CPI da Pandemia, insinuou que incluiria no relatório uma alteração no rito do impeachment de presidentes da República, estabelecendo um prazo para que o presidente da Câmara analise os pedidos.

“Eu não ousaria alterar, daqui (da Câmara), o regimento de o presidente do Senado alterar o rito do impeachment de ministro do Supremo”, alfinetou.

O poder de relator em uma comissão dominada pela oposição tem feito Renan acreditar que retomou o prestígio perdido depois deixar a presidência do Senado ao ser derrotado por Davi Alcolumbre em 2019, mas Lira relembrou Renan que esse tipo de decisão é do plenário e não de um parlamentar.

“Sugestão todo parlamentar pode fazer, projetos todos os parlamentares podem fazer”, disse. “Se a maioria do plenário quiser a qualquer momento alterar, altera. Eu não acredito que seja esse o sentimento das duas Casas”, concluiu.

Fonte: Diário do Poder

 

PT reúne partidos de oposição para coordenar manifestações contra Bolsonaro

Esforço é para coordenar manifestações contra Bolsonaro nos dias 2 de outubro e 15 de novembro. PSDB, MDB e PSD foram chamados. Unificação esbarra em divergências de pauta. As manifestações de 07 de setembro causaram muitas preocupações ao PT pelo sumiço da militância.

Deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, entre as organizadoras da unificação dos partidos pela mobilização de rua contra o presidente Bolsonaro.

Está prevista para hoje (16) em Brasília a reunião dos partidos de oposição da esquerda, centro-esquerda e outras correntes, para tentar unificar a participação em atos públicos contra o governo e o presidente Bolsonaro. Para o encontro são esperadas as cúpulas do PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB aos quais se juntarão PV, Rede, Cidadania e Solidariedade. Também estão chamadas para o encontro legendas de centro e centro-direita: PSDB, MDB e PSD.

Estão previstos dois grandes atos públicos do tipo, com intervalo de pouco mais de um mês: 2 de outubro e 15 de novembro. A ideia é levar o máximo de manifestantes às ruas e obter uma mobilização popular crescente.  A reunião dos partidos pretende consolidar uma pauta comum para os protestos, que agregue legendas, filiados e obtenha apoio na sociedade. “Estaremos trabalhando pra buscar essa unidade, independente de posicionamento ideológico”, declarou ao blog o deputado André Figueiredo, do PDT.

Mas a aglutinação política não é simples. Há os que defendem que a pauta exclusiva seja o impeachment de Bolsonaro – ideia que divide a cúpula do próprio PT. Parte do comando do partido avalia que a vitória de Bolsonaro nas urnas é a melhor opção para o ex-presidente Lula. O combate às reformas propostas pelo governo também divide opiniões. Dificilmente as legendas de centro aceitarão se juntar ao movimento se ele incluir esta reivindicação. “A unidade de ação das oposições exige uma agenda mínima que passa pela defesa da democracia, da Constituição e do impeachment”, declarou ao blog o deputado Orlando Silva, do PCdoB. “Imagino que MDB, PSD e PSDB não assinam ainda, mas estar na mesa e dialogar já é um passo”, completa.

A adesão de correntes ligadas à direita, como os movimentos MBL e VPR, que se mobilizaram por protestos no último domingo, não está dentro das prioridades. As condições para a aglutinação desta ala de opositores de Bolsonaro às esquerdas são consideradas mínimas.

Fonte: R7

 

Marcos Rogério critica CPI por omitir roubalheiras de dinheiro da saúde por estados e municípios

Na sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, na última terça-feira (14), o senador Marcos Rogério questionou o andamento dos trabalhos da comissão, ao confrontar o relator Renan Calheiros sobre o objeto da comissão.

Durante a audiência, onde o diretor do Fib Bank prestava depoimento, o relator afirmou que a CPI tinha como objeto apurar ‘ações e omissões em relação ao que aconteceu no Ministério da Saúde e no Amazonas’.

Marcos Rogerio fez questão de esclarecer este ponto, demonstrando o erro de Renan Calheiros ao definir o intuito da CPI:

“Fazendo uma correção de algo que o relator mencionou hoje logo pela manhã, que a CPI é para apurar ações e omissões em relação ao que aconteceu no Ministério da Saúde e no Amazonas. Está certo ou está errado o relator? Errado.

Os requerimentos que deram origem a esta CPI, colocam como objeto de apuração desta CPI, tanto as ações e omissões do Ministério da Saúde, governo federal, quanto ao que aconteceu no estado do Amazonas, bem como no Distrito Federal, estados e municípios”, apontou ele. E aproveitou para questionar a recusa da Mesa em direcionar as investigações da CPI para os estados e municípios:

“É preciso reposicionar este fato, porque não pode tentar passar à sociedade que esta CPI tem como objeto investigar apenas Ministério da Saúde e estado do Amazonas. Isso não é verdade. Talvez isto até justifique algum comportamento desta CPI que até agora não quis avançar nesta investigação”. A omissão vergonhosa em investigar estados e municípios é favorecimento, inclusive ao filho do relator que é integrante do Consórcio de Governadores do Nordeste, responsável pelo desvio de quase R$ 50 milhões, dinheiro do Governo Federal para a combate a covid.

O senador também expôs sua frustração com a condução da CPI, mas que ainda tem esperanças de que as investigações avancem em outros fatos relevantes:

“Confesso que espero que a gente tenha, até as últimas audiências que teremos aqui, a oportunidade ainda de avançar um pouco mais na investigação que chega no caminho do dinheiro desviado. Saber o que foi feito com a ‘dinheirama’ toda enviada aos estados e municípios”, encerrou ele.

Jornal da Cidade Online