Justiça decreta a prisão do ex-prefeito de Paço Lumiar Mábenes Fonseca

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O desembargador Raimundo Melo foi o relator do processo

              Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) determinaram a prisão do ex-prefeito de Paço do Lumiar, Mábenes Fonseca, por crimes previstos na Lei de Licitações e crime de responsabilidade (Decreto-Lei n° 201/67). O ex-prefeito foi condenado em ação penal pela juíza da 1ª Vara da Comarca de Paço Lumiar, Jaqueline Reis Caracas, ao cumprimento de pena de oito anos e seis meses de reclusão e ao pagamento de multa no valor de R$ 12.292,31, inabilitando-o para o exercício de cargo ou função pública (eletivos ou de nomeação) pelo prazo de cinco anos. Em razão do entendimento do Supremo Tribunal Federal – que autorizou a execução de pena após a confirmação da decisão condenatória em segunda instância – os desembargadores atenderam ao pedido do Ministério Público do Maranhão (MPMA), determinando a expedição do mandado de prisão.

              Na denúncia contra Mábenes Fonseca, o MPMA afirmou que o ex-gestor, enquanto prefeito de Paço do Lumiar, teve suas contas referentes ao exercício financeiro de 2003 reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

                Entre as irregularidades apontadas, incluem-se ausência de processos licitatórios na contratação de serviços de coleta de lixo, compra de gêneros alimentícios e material gráfico; fragmentação de despesas para compras de material escolar, de higiene e limpeza; notas fiscais inidôneas e ausência de encaminhamentos de relatórios. O TCE imputou-lhe o débito de R$ 614 mil e aplicou multas no valor de R$ 245 mil.

                Com a condenação em primeira instância, o ex-gestor recorreu ao TJMA, pedindo a reforma da sentença para absolvê-lo das acusações ou reduzir a penalidade, argumentando ser inepta a denúncia e inexistentes o crime e o dolo de lesar o erário.

                 Ao analisar o recurso, o desembargador Raimundo Melo (relator) afastou as teses da defesa, observando que Mábenes Fonseca, na condição de gestor, foi quem assinou os contratos apontados nos crimes, autorizando os empenhos e pagamentos.

                 O desembargador ressaltou que o ex-gestor responde a mais de 25 ações, decidindo por manter todos os termos da sentença de 1º Grau que, para ele, analisou cada uma das circunstâncias judiciais, sem ter havido falha em sua valoração negativa.

                “O Juízo entendeu, de forma motivada, que o apelante possui ensino médio completo, profissão definida e família constituída, mas como gestor público gerou um verdadeiro caos na municipalidade, tanto é que não chegou a terminar seu mandato, porque foi cassado, dadas as graves irregularidades e denúncias de corrupção que permearam sua gestão”, frisou o magistrado. O voto do relator foi acompanhado pelos desembargadores Antonio Fernando Bayma e João Santana de Sousa. (Apelação Criminal nº 4.767/2015)

 Assessoria de Comunicação do TJMA

Papa Francisco “Vamos lutar juntos contra a corrupção”

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“A pessoa se corrompe e, ao se corromper, assume a atitude triunfalista daqueles que se sentem mais inteligente e mais esperto do que outros. A pessoa corrupta, no entanto, não percebe que está construindo, por si mesma, a sua própria prisão. Um pecador pode pedir perdão, um corrupto se esquece de pedi-lo. Por quê? Porque ele não tem mais necessidade de ir além, de procurar caminhos que o levem para além de si mesmo: está cansado, mas satisfeito, cheio de si. A corrupção tem em sua origem, de fato, um cansaço de transcendência, tem a indiferença”, escreve oPapa Francisco no prefácio do recente livro do cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson cujo tema é a corrupção. O prefácio é publicado por Corriere della Sera, 15-06-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.


Eis o artigo.

A corrupção, em sua raiz etimológica, define uma laceração, um rompimento, uma decomposição e desintegração. Seja como estado interior ou como fato social, a sua ação pode ser entendida olhando para as relações que o homem tem em sua natureza mais profunda. O ser humano tem, de fato, um relacionamento com Deus, uma relação com o seu próximo, uma relação com a criação, ou seja, com o ambiente em que vive. Essa tríplice relação – na qual também faz parte aquela do homem com si mesmo – fornece contexto e sentido ao seu agir e, em geral, à sua vida.


Corrupção

Quando o homem respeita as exigências dessas relações é honesto, assume responsabilidades com retidão de coração e trabalha para o bem comum. Mas quando ele sofre uma queda, ou seja, corrompe-se, essas relações se rompem. Assim, a corrupção expressa a forma geral da vida desordenada do homem que caiu. Ao mesmo tempo, ainda como resultado da queda, a corrupção revela uma conduta antissocial forte o suficiente para desatar a validade das relações e, como consequência, dos pilares que sustentam uma sociedade: a coexistência entre pessoas e a vocação para desenvolvê-la.

A corrupção destrói tudo isso através da substituição do bem comum por um interesse particular que contamina toda perspectiva geral. Ela brota de um coração corrupto, e é a pior praga social, porque gera problemas muito graves e crimes que acabam envolvendo a todos. A palavra “corrupto” lembra o coração rompido, o coração despedaçado, manchado por algo, estragado como um corpo que entra em um processo de decomposição e exala um mau cheiro.


Na origem da injustiça

O que está na origem da exploração do homem pelo homem? O que, na origem da degradação e da falha no desenvolvimento? O que, na origem do tráfico de pessoas, de armas, de drogas? O que, na origem da injustiça social e da humilhação do mérito? O que, na origem da ausência de serviços para as pessoas? O que, na raiz da escravidão, do desemprego, da negligência das cidades, dos bens comuns e da natureza? O que, em suma, desgasta o direito fundamental do ser humano e a integridade do meio ambiente? A corrupção, que é na verdade a arma, é a linguagem mais comum também das máfias e das organizações criminosas no mundo. Por isso, é um processo de morte que alimenta a cultura da morte dessas máfias e organizações criminosas.

Existe uma profunda questão cultural que deve ser enfrentada. Hoje, a maioria das pessoas não consegue sequer imaginar o futuro; hoje, para um jovem é difícil acreditar verdadeiramente no seu futuro, em qualquer futuro, e assim para a sua família. Essa nossa mudança de época, que é um tempo de crise muito amplo, retrata a crise mais profunda que envolve a nossa cultura. Nesse contexto, deve ser enquadrada e compreendida a corrupção em seus diversos aspectos. Está em jogo a presença da esperança no mundo, sem a qual a vida perde aquele sentido de procura e possibilidades de melhoria que a caracteriza.


O homem deve ser visto sob todos os seus aspectos

Neste livro, o cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, agora prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, e ex-presidente do Conselho Pontifício da Justiça e da Paz, explica bem a ramificação desses significados de corrupção, e faz isso com um foco especial na origem interna desse estado que, de fato, germina no coração humano e pode criar raízes nos corações de todos os homens. Estamos, realmente, muito expostos à tentação da corrupção: mesmo quando pensamos tê-la derrotado, pode reaparecer.

O homem deve ser visto sob todos os seus aspectos, não pode ser separado de acordo com suas atividades e, da mesma forma, a corrupção precisa ser lida – como aparece nesse livro – inteira, para todo o homem, tanto em sua expressão de crime como naquela política, econômica, cultural e espiritual.

Em 2016 encerrou-se o Jubileu extraordinário da misericórdia. A misericórdia permite a superação de si mesmo através do espírito de procura. O que acontece quando a pessoa encastela-se em si mesma e sua mente e coração não exploram um horizonte mais amplo? A pessoa se corrompe e, ao se corromper, assume a atitude triunfalista daqueles que se sentem mais inteligente e mais esperto do que outros. A pessoa corrupta, no entanto, não percebe que está construindo, por si mesma, a sua própria prisão. Um pecador pode pedir perdão, um corrupto se esquece de pedi-lo. Por quê? Porque ele não tem mais necessidade de ir além, de procurar caminhos que o levem para além de si mesmo: está cansado, mas satisfeito, cheio de si. A corrupção tem em sua origem, de fato, um cansaço de transcendência, tem a indiferença.


A identidade e o caminho da Igreja

O cardeal Turkson – como se percebe a partir desse diálogo que se desenrola gradualmente de acordo com um itinerário preciso – explora os diferentes caminhos em que nasce e se arrasta a corrupção, da espiritualidade do homem até às suas construções sociais, culturais, políticas e até mesmo criminais, reunindo esses aspectos também sobre o que mais nos desafia, ou seja: a identidade e o caminho da Igreja.

A Igreja deve ouvir, levantar-se e aproximar-se das tristezas e esperanças das pessoas pela misericórdia, e deve fazê-lo sem ter medo de purificar-se, diligentemente buscando o caminho para melhorar. Henri de Lubac escreveu que o maior perigo para a Igreja é o mundanismo espiritual – portanto, a corrupção – que é mais desastrosa do que a lepra infame. A nossa corrupção é a mundanidade espiritual, a tibieza, a hipocrisia, o triunfalismo, o fazer prevalecer apenas o espírito do mundo em nossas vidas, o sentimento de indiferença.

É com essa consciência que nós, homens e mulheres da Igreja, podemos acompanhar a nós mesmos e à humanidade sofredora, principalmente aquela que é mais oprimida pelas consequências criminosas e de degradação geradas pela corrupção.


Cristão, como flocos de neve

Enquanto escrevo, estou aqui no Vaticano, em um ambiente de beleza absoluta, onde o engenho humano procurou elevar-se e transcender em uma tentativa de que o imortal vencesse o transitório, o corrupto. Essa beleza não é um acessório cosmético, mas algo que incide sobre a pessoa humana, para que ela possa levantar a cabeça contra todas as injustiças. Essa beleza deve acoplar-se com a justiça. Então, precisamos falar de corrupção, denunciar os seus males, entender, mostrar a vontade de afirmar a misericórdia sobre a mesquinhez, a curiosidade e criatividade sobre o cansaço resignado, a beleza sobre o nada.

Nós, cristãos e não-cristãos, somos como flocos de neve, mas se nos unirmos podemos nos tornar uma avalanche: um movimento forte e construtivo. Aqui está o novo humanismo, esse renascimento, essa recriação contra a corrupção que podemos alcançar com coragem profética. Devemos trabalhar todos juntos, cristãos, não-cristãos, pessoas de todas as religiões e não crentes, para combater essa forma de blasfêmia, esse câncer que corrói as nossas vidas. É urgente tomar conhecimento, e para tanto é preciso educação e cultura misericordiosa, é preciso a cooperação de todos de acordo com suas próprias habilidades, seus próprios talentos, sua própria criatividade.

Fonte – IHUSINOS

 

Deputados custam R$ 1 bilhão por ano ao contribuinte

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Deputados custam R$ 1 bilhão por ano ao contribuinte

Juntos, os 513 deputados custam, em média, R$ 86 milhões ao contribuinte todo mês

Salário de R$ 33.763, auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça para morar, verba de R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários, de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato, entre outras despesas. Dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo, ressarcimento de gastos com médicos. Esses são os principais benefícios de um deputado federal brasileiro, que somam R$ 168,6 mil por mês. Juntos, os 513 custam, em média, R$ 86 milhões ao contribuinte todo mês. Ou R$ 1 bilhão por ano. Os dados são de levantamento do Congresso em Foco com base nos valores atualizados dos benefícios dos parlamentares na Câmara (veja a lista abaixo).

No último dia 18, em decisão administrativa, a Mesa Diretora decidiu diminuir os gastos com assinatura de veículos de imprensa e, por outro lado, aumentar em R$ 2,3 milhões o valor anual da verba destinada à cota parlamentar – verba pública que deputados usam com gastos como alimentação, combustível e passagens aéreas. Os valores de ambas as despesas são semelhantes, o que sugere uma escolha na aplicação orçamentária – no ano passado, R$ 1,96 milhão foi consumido com a compra de jornais e revistas. Como foi uma deliberação interna, a medida não precisa passar pela análise dos 513 deputados.

O aumento na verba de mandato vai custar aos cofres públicos mais R$ 371,86 por mês para cada um dos 513 deputados – que, a depender dos estados que representam, recebem entre R$ 30 mil e R$ 45 mil a título de cota parlamentar. A decisão foi da Mesa Diretora da Câmara, encabeçada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que alega não haver aumento de gastos, mas redistribuição de valores.

Além de jornais e revistas, a Casa resolveu cortar o fornecimento de materiais de escritório para os gabinetes (papel-ofício, etiquetas, envelopes etc). No comunicado aos deputados, a Câmara diz que a medida vai ter positivo impacto ambiental devido à redução de papéis utilizados, e lembra que os parlamentares podem usar a cota para repor as assinaturas.

Veja a tabela de benefícios (até fevereiro de 2016):

Benefício Média mensal Por ano
Salário R$ 33.763,00 R$ 438.919,00
Ajuda de custo (1) R$ 1.406,79 R$ 16.881,50
Cotão (2) R$ 39.884,31 R$ 478.611,67
Auxílio-moradia (3) R$ 1.608,34 R$ 19.300,16
Verba de gabinete para até 25 funcionários R$ 92.000 R$ 1.104.000,00
Total de um deputado R$ 168.662,44 R$ 2.023.949,28
Total dos 513 deputados R$ 86.523.831,72 R$ 1.038.285.980,64

                     Carros oficiais.  São 11 carros para uso dos seguintes deputados: o presidente da Câmara; os outros 6 integrantes da Mesa (vice e secretários, mas não os suplentes); o procurador parlamentar; a procuradora da Mulher; o ouvidor da Casa; e o presidente do Conselho de Ética.

OBSERVAÇÕES

(1) Ajuda de custo. O 14º e o 15º salários foram extintos em 2013, restando apenas a ajuda de custo. O valor remanescente se refere à média anual do valor dessa ajuda de custo, que é paga apenas duas vezes em 4 anos.

(2) Cotão. Valor se refere à média dos 513 deputados, consideradas as diferenças entre estados. A média não computa adicional de R$ 1.353,04 devido a líderes e vice-líderes partidários. O Cotão inclui passagens aéreas, fretamento de aeronaves, alimentação do parlamentar, cota postal e telefônica, combustíveis e lubrificantes, consultorias, divulgação do mandato, aluguel e demais despesas de escritórios políticos, assinatura de publicações e serviços de TV e internet, contratação de serviços de segurança. O telefone dos imóveis funcionais está fora do cotão: é de uso livre, sem franquia. O cotão varia, de estado para estado, de R$ 30,4 mil a R$ 45,2 mil, conforme a relação abaixo (valores em R$):

AC 44.260,60
AL 40.572,24
AM 43.198,26
AP 43.002,92
BA 38.638,99
CE 42.079,91
DF 30.416,80
ES 37.052,05
GO 35.135,20
MA 41.779,83
MG 35.720,85
MS 40.170,98
MT 39.056,17
PA 41.855,59
PB 41.660,70
PE 41.304,94
PI 40.599,91
PR 38.500,00
RJ 35.388,11
RN 42.360,13
RO 43.300,63
RR 45.240,67
RS 40.504,04
SC 39.505,92
SE 39.767,40
SP 36.671,67
TO 39.131,75

(3) Auxílio-moradia. O valor indicado representa a média de gastos de acordo com o uso do benefício em cada época. Atualmente, o valor é de R$ 4.253,00. Mas só quem não usa apartamento funcional tem direito ao benefício. Atualmente, 319 deputados ocupam os apartamentos localizados na Asa Sul e na Asa Norte.

(4) Saúde. Os deputados só são ressarcidos em serviços médicos que não puderem ser prestados no Departamento Médico (Demed) da Câmara, em Brasília.

 

Revitalização das praças Deodoro, Pantheon e Gonçalves Dias é solicitada pelo vereador Josué Pinheiro

O vereador Josué Pinheiro (PSDB) fez sugestão ao governador Flávio Dino (PCdoB) para incluir no plano de metas prioritárias do governo a execução de serviços de revitalização das praças Deodoro, Pantheon e Gonçalves Dias. “Os logradouros constituem parte de um registro histórico cultural da capital maranhense”, afirma o parlamentar.

Ao enfatizar que essas praças também representam cartão postal de referência turística para visitantes, o vereador volta a lembrar que os locais encontram-se em estado crítico, com bancos e calçamento em péssimo estado de conservação, com a vegetação alta se espalhando e também apresenta acúmulo de água parada que podem servir como criadouros para o mosquito transmissor da dengue e outras doenças.

Para corrigir as distorções apresentadas, o parlamentar social democrata diz que se faz necessário “a execução dos serviços de recuperação estrutural, poda das árvores, capina e limpeza permanente dos citados logradouros, que promoverá a melhoria das condições de uso e de lazer pela a população e visitantes desses locais, bem como resgata o prazer dos passeios turísticos”.

                     ÁREA DE PRESERVAÇÃO – Josué Pinheiro também pede ao governador que inclua no mesmo plano de metas, a execução de serviços de reforma e manutenção da área de preservação permanente (APA) do Itapiracó. Segundo ele, os serviços de manutenção permanente com a presença de maior segurança no local são de extrema importância para a preservação da área e, consequentemente, o uso seguro pelos frequentadores.

O vereador tucano enfatiza que “a área recebeu obras de urbanização através de ação do governo do Estado em 2014, com a inclusão de 2,5 Km de pavimentação do acesso, uma praça e uma cerca telada ao longo de sua extensão, sendo muito utilizada pela população para caminhadas ciclismo, exercícios diários e de lazer”. Completa Josué Pinheiro que “entretanto, sob o efeito do tempo e das intempéries, associados a ação de vândalos apresenta-se com a cerca em péssimo estado de conservação, com buracos em vários pontos e ferragem retorcida, e os canteiros com mato alto”.

                     CRIAÇÃO DA APA – Essa Área de Preservação Permanente foi criada pelo Decreto nº 15.618, de 23 de junho de 1997, possui um total de 322 hectares conhecida pela população como Reserva do Itapiracó. Destaca Josué Pinheiro que a APA “é composta de vegetação remanescente da Floresta Amazônica, onde pode ser encontrado exemplares de angelim, andiroba, bacuri, buriti, entre outras árvores características de clima tropical, representando importante papel na manutenção do clima da Ilha de São Luís”.

Fonte – Diret-Comunicação-CMSL

 

Comissão da Câmara aprova contagem de prazos de processos trabalhistas em dias úteis

Proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada ainda pela CCJ da Casa.

           aldir  A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou proposta que estabelece a contagem de prazos de processos trabalhistas em dias úteis.

             O projeto aprovado é o substitutivo do deputado Jorge Côrte Real, que unifica cinco propostas que tramitam apensadas (PLs 2176/15, 4540/16, 4750/16, 5039/16 e 6823/17). O texto original somente estabelecia a contagem em dias úteis.

              O substitutivo inclui na CLT a suspensão dos prazos processuais entre 20 de dezembro e 20 de janeiro. Nesse período não serão realizadas audiências ou sessões de julgamento. Mas, juízes, membros do MP, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça continuarão com as atividades.

              Pela proposta, os prazos podem ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força. Atualmente, a lei estabelece que os prazos que vencerem em sábado, domingo ou dia feriado terminam no primeiro dia útil seguinte.

Tramitação

             A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, inclusive quanto ao mérito.

Fonte: Câmara dos Deputados

 

Tribunal de Justiça do Maranhão garante vitória do governo contra servidores que perdem 21,7% de salários

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Uma semana antes do julgamento, desembargadores foram beneficiados com a alteração de uma lei que lhes garantiu a inclusão de novos penduricalhos aos seus vencimentos. Como o governador está em queda livre na sua popularidade com a roubalheira na saúde, ela tomará maior velocidade com a redução na remuneração dos servidores públicos, que vão para as ruas fazer manifestações com criticas ao Poder Judiciário.

O governo Flávio Dino, do PCdoB, consagrou-se vencedor, nessa quarta-feira 14, na batalha travada no Tribunal de Justiça do Maranhão contra os servidores públicos de nível médio e fundamental dos três Poderes, do Ministério Público do Maranhão e do Tribunal de Contas do Estado.

Por maioria esmagadora, os desembargadores fixaram a tese jurídica segundo a qual a Lei Estadual nº 8.369/2006 trata de reajustes específicos de vencimentos concedidos apenas grupos setoriais de servidores, não versando sobre revisão geral anual, e portanto sendo incabível estender – sob a alegação de assegurar isonomia – a aplicação de seus dispositivos aos demais servidores por ela não contemplados expressamente.

Conforme revelado pelo ATUAL7, a vitória do Palácio dos Leões sob o funcionalismo público começou a ser desenhada nas últimas semana de maio passado, após a aprovação e sanção relâmpago de uma alteração no Código de Divisão e Organização Judiciárias do Estado do Maranhão, que permitiu a inclusão de novos penduricalhos nos vencimentos dos magistrados maranhenses.

A decisão – que nega provimento à Apelação Cível nº 8.667/2016 e passa a valer para os efeitos da regra prevista no artigo 985 do Código de Processo Civil – foi tomada em julgamento de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), suscitado nos autos da mencionada Apelação Cível, interposta contra a sentença proferida pelo Juízo da Vara da Fazenda Pública de Imperatriz, que julgou improcedente o pedido de pagamento dos 21,7% relativos a diferença de reajuste remuneratório em demanda proposta contra o Estado do Maranhão, com fundamento na Lei Estadual nº 8.369/2006.

O processo foi julgado no órgão colegiado sob a relatoria do desembargador Paulo Velten, que – diante da repetição de processos versando sobre a mesma questão de direito e em razão da existência de dissídio no âmbito das Câmaras Cíveis Isoladas e Cíveis Reunidas do TJ-MA– suscitou a instauração do IRDR com vistas à formação de tese jurídica acerca de eventual direito dos servidores públicos estaduais à diferença de 21,7%.

No julgamento, as entidades de classe admitidas como amicus curiae (amigo da Corte) no julgamento do IRDR – Sindjus, Associação dos Servidores do Tribunal de Contas do Maranhão, Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado, Sindicato dos Funcionários da Secretaria da Fazenda Estadual, Associação dos Delegados de Polícia e Simproesemma – defenderam que a Lei Estadual 8.369/2006, em virtude da sua generalidade, teve o propósito de revisar a remuneração de todos os servidores públicos estaduais, devendo ser garantido aos mesmos a diferença de 21,7%.

Em sua manifestação, a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) defendeu a formulação de tese segundo a qual o artigo 4º da Lei Estadual 8.369/2006 prevê reajuste de natureza específica e setorial apenas para os grupos ali citados, não possuindo natureza genérica e, portanto, não beneficiando todos os servidores públicos do Estado do Maranhão, mas somente aqueles expressamente previstos na referida Lei.

Já o governo Flávio Dino, por sua vez, sustentou que a extensão do índice de 21,7% a categorias não previstas no artigo 4º da Lei 8.369/2006 viola os artigos. 2º, 37 X e 165 da Constituição Federal, na medida em que o Poder Judiciário não pode conceder aumento remuneratório a servidores públicos sem previsão em lei específica. O governo comunista defendeu, também, que a referida norma não teve a intenção de conceder revisão para todas as categorias, abrangendo apenas parte dos servidores estaduais a fim de corrigir distorções salariais e valorizar determinadas categorias profissionais.

Divergência

Seis desembargadores votaram de forma contrária ao relator, entendendo que a Lei em questão teve natureza de revisão geral, ao tratar do reajuste de forma genérica e, portanto, todos os servidores fariam jus à diferença.

A divergência foi iniciada pelo desembargador Tyrone José da Silva, e acompanhada por Ângela Salazar, Marcelino Everton, Kléber Costa, Marcelo Carvalho Silva e Nelma Sarney.

Fonte – Blog Atual 7

Maranhão Contra a Corrupção movimenta mais de 1.300 processos

Sem título

Marca: Maranhão Contra Corrupção.

O movimento ‘Maranhão Contra a Corrupção’ divulgou os números finais relativos às duas semanas de trabalho nas comarcas do Estado, apresentando o resultado das atividades nas 78 unidades jurisdicionais que integraram o evento. O mutirão corrupção foi realizado em duas semanas (final de maio e início de junho) com o objetivo de dar andamento a processos relativos a crimes contra a administração pública e de improbidade administrativa. O mutirão teve o apoio institucional da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ-MA), órgão responsável pelo controle e fiscalização dos serviços judiciários do primeiro grau.

Os números finais apresentados pela coordenação do movimento destacam 243 sentenças e 389 decisões prolatadas, tendo ainda 697 despachos e 45 audiências, resultando em 1.374 atos processuais. Além das sanções inerentes aos casos de improbidade (suspensão de direitos políticos, devolução de dinheiro público, proibição de contratar com o poder público, etc) diversas ações resultaram em penas de reclusão, sendo que os réus ainda poderão recorrer em outras instâncias. Os números foram repassados à CGJ-MA pela juíza Elaile Carvalho, titular da 1ª Vara de Balsas e integrante da coordenação do mutirão.

Exemplos – Na 1ª Vara da Comarca de Zé Doca foi realizado um esforço concentrado de juízes e servidores, resultando no julgamento de dezenas de processos relacionados a ações civis públicas de improbidade administrativa e ações penais por crimes cometidos contra a Administração Pública. Lá, as audiências do mutirão foram presididas pela juíza titular da unidade judicial, Denise Pedrosa Torres, e pelo juiz Douglas Martins, designado pela Corregedoria Geral da Justiça para atuar no mutirão.

Já em Humberto de Campos, as sentenças assinadas pelo juiz Raphael de Jesus Serra Ribeiro Amorim, condenaram os ex-prefeitos do município e de Santo Amaro do Maranhão (termo), respectivamente Raimundo Nonato dos Santos (Humberto de Campos), Francisco Lisboa da Silva e Manoel Jaime Rodrigues da Cruz (Santo Amaro) por atos de improbidade administrativa. Entre as irregularidades praticadas pelos ex-gestores, em Humberto de Campos, Zé Doca e em outras comarcas, destacam-se ausência de licitações, fraudes em processos licitatórios, ausência de prestação de contas, sumiço de documentos, contratações fraudulentas de empresas e serviços, e aplicação incorreta de verbas públicas.

Na pauta da semana em Cururupu, ações de improbidade administrativa e de crimes praticados contra a administração pública, com a condenação dos ex-gestores Antônio Lourenço da Silva, Hermínio Gomes Filho, José Francisco Pestana, Maria de Nazaré Quadros, Orlando Belém Ribeiro, Uanis Rocha Rodrigues e Walber Lima Pinto, por crimes praticados em Cururupu e Serrano do Maranhão.

Um dos condenados durante o mutirão contra a corrupção em Cururupu foi Antônio Lourenço, réu em duas ações penais. Numa delas, o ex-presidente da Câmara de Vereadores foi acusado de diversas condutas irregulares envolvendo o montante de R$ 139.546,38 (cento e trinta e nove mil, quinhentos e quarenta e seis reais e trinta e oito centavos).Considerado culpado, o ex-gestor foi condenado à pena de 5 anos e oito meses de reclusão, a ser cumprida em regime semiaberto.

Parcerias – O “Movimento contra a Corrupção” é um trabalho conjunto da Justiça estadual, Ministério Público estadual e Tribunal de Contas do Estado, com participação de juízes federais, procuradores da República, Advocacia Pública Municipal, Estadual e Federal, além de Polícia Civil e Federal. A segunda edição do evento, a primeira ocorreu em 2016, apresentou 3 dias de seminários sobre diversos temas e palestrantes e duas semanas de mutirão.

Outras ações fizeram parte do mutirão, como a realização de palestras em escolas abrangendo temas como o combate à corrupção e improbidade administrativa. Um dos exemplos é Pedreiras, que promoveu durante o mutirão um ciclo de palestras sobre combate à corrupção e noções de cidadania. As palestras aconteceram em escolas das redes pública e privada da comarca, alcançando centenas de alunos.

Assessoria de Comunicação

Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão

Arraial Pertinho de Você prossegue com rica diversidade cultural

O arraial Pertinho de Você tem sido o grande destaque do São João
O arraial Pertinho de Você tem sido o grande destaque do São João

Grupos de Bumba-meu-boi, forró Moleca 100 vergonha e a peça  ‘Pão com Ovo’ são atrações do sábado e domingo.

Bastante frequentado pelo público, o Arraial Pertinho de Você, localizado na Cohama, ao lado da nova Batuque Brasil, terá mais duas noites com intensa programação que começa neste sábado (17 e segue até o domingo, dia 18, com o melhor da nossa cultura popular, passando por cacuriá,  grupos de bumba meu boi, shows de forró da Banda Moleca 100 Vergonha, e até a apresentação do espetáculo da pela ‘Pão com Ovo’.

A programação festiva do sábado (17) acena a passagem do Cacuriá da Cor do Pecado, Dança Portuguesa Arte e Beleza de Portugal. No sotaque de orquestra, sobem ao palco, os Bois Encanto do São Cristovão, Encanto do Olho d’ Água. Encerrando com forró da Banda Moleca 100 Vergonha.

O domingo (18), o roteiro da festança, começa com as luzes da ribalta do espetáculo Pão com Ovo, que pela primeira vez se apresenta no Arraial Pertinho de Você. A comédia é estrelada por César Boaes, Adeílson Santos e Charles Jr (Clarisse, Dijé e Zé Maria, respectivamente).A noitada terá ainda o Boi de Morros, Boi Lendas e Magias do Centro Histórico, do bairro do Desterro; encerrando a programação com o Boi Brilho da Ilha, da região do Ipase. Todos estes grupos no sotaque de orquestra.

Tudo isto pode ser visto em um ambiente preparado com bom gosto e bem decorado com bandeirinhas, figuras dos nossos festejos juninos e balões, além de segurança e um conjunto de barracas, onde é oferecido o melhor da rica articularinária maranhense, com doces da época e comidas

 O Arraial Pertinho de Você terá programação até o dia 28 de junho, véspera de São Pedro, e a direção artística  do terreiro já confirmou o show de encerramento com a maranhense Alcione Nazareth, a Marrom. Vale ressaltar que toda programação do Arraial é gratuita, inclusive os shows.

Serviço:

O que: Programação do Arraial Pertinho de Você

Quando: Sábado (17)  e Domingo (18)

Onde: Cohama (ao lado da Nova Batuque Brasil)

Entrada Liberada                                                                               

PROGRAMAÇÃO

Sábado – Dia 17 de junho

20h00 – Cacuriá da Cor do Pecado

21h00 – Dança Portuguesa Arte e Beleza de Portugal

22h00 – Boi Encanto de São Cristóvão

23h00 – Boi Encanto do Olho D’ Água

00h00 – Show Moleca 100 Vergonha

Domingo – Dia 18 de junho

20h00 – Espetáculo Pão com Ovo

21h00 – Boi de Morros

22h00 – Boi Lendas e Magias do Centro Histórico

23h00 – Boi Brilho da Ilha

Como os novos movimentos eclesiais estão mudando a Igreja?

Sem título

Como os novos movimentos eclesiais estão mudando a Igreja?

 Entrevista com o pensador belga Bruno Bosteels

“Os novos movimentos eclesiais não são, aos olhos de Francisco, as “elites” especiais da nova evangelização, como eram nos papados de João Paulo II e Bento XVI. Ao percebê-las, Francisco critica explicitamente qualquer tendência sectária. Mas o próprio Papa entende que esses movimentos estão produzindo sacerdotes novos e muito necessários em uma Igreja Católica que ainda precisa que o clero funcione. Nesse sentido, a mudança, se aprovada, sinaliza que a Igreja considera muito mais fácil mudar o relacionamento entre a dimensão territorial e pessoal na Igreja do que ordenar homens casados (“viri probati“) ou mulheres diáconas ao sacerdócio”, constata Massimo Faggioli, professor de teologia e estudos religiosos na Universidade Villanova, em artigo publicado por Commonweal, 08-06-2017. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Segundo ele, “inverter a relação entre o territorial ou dimensão geográfica dos agregados da Igreja (paróquia, diocese) à dimensão pessoal (pertencer a um grupo que não se define por localização geográfica) derrubaria um sistema que remonta aos primeiros séculos do cristianismo (as dioceses eram sucessoras das províncias do Império Romano) e que se solidificou no segundo milênio, especialmente pelo Concílio de Trento (1545-1563). Também representaria um desafio para o conceito eclesial da Igreja local em diálogo e tensão com a universal”.

Eis o artigo.

Ao longo do papado moderno e especialmente a partir de João Paulo II, o domingo de Pentecostes praticamente se tornou a festa dos novos movimentos eclesiais, como Focolares, Comunhão e Libertação e a Comunidade de Sant’Egidio. Na primeira semana de junho, Roma foi “invadida” por pessoas de todo o mundo participando do quinquagésimo aniversário da Renovação Carismática Católica. O Papa Francisco presidiu a vigília de oração ecumênica no Circo Massimo no sábado, 3 de junho, e celebrou a missa com eles no domingo, na Basílica de São Pedro. Em sua homilia, Francisco repetiu a mensagem antissectária transmitida a todos os movimentos católicos que conheceu durante seu pontificado: abraçar a unidade na diversidade e resistir à tentação de focar nas diferenças, ser “uma parte do todo, pertencer a algum grupo antes de pertencer à Igreja” ou adotar “posições rígidas e estanques”.

Isso vai ao encontro da implementação do “chamado universal à santidade” do Vaticano II; no entanto, Francisco difere de seus antecessores imediatos no tratamento dos novos movimentos eclesiais. Especificamente, sua “eclesiologia do povo” não acredita em qualquer forma de elitismo na Igreja, incluindo o dos grupos que se tornaram parte do catolicismo de forma mais proeminente desde meados do século XX e principalmente depois do Vaticano II.

Apesar de seu relacionamento relativamente distante de tais movimentos, Francisco conhece bem essa nova face do catolicismo global. (Sua mais recente nomeação curial é representativa disso: o novo secretário do recentemente criado [2016] Dicastério para os leigos, a família e a vida é um padre brasileiro, Pe. Alexandre Awi Mello, diretor do novo movimento eclesial Schönstatt do país.) Estes grupos desempenham um papel importante na sua eclesiologia missionária: com exceção das instruções sobre a conservação das cinzas em caso de cremação, o único documento publicado pela Congregação para a Doutrina da Fé no pontificado de Francisco é Iuvenescit Ecclesia (16 de maio de 2016), uma carta sobre a relação entre bispos e igrejas territoriais de um lado e novos grupos e movimentos eclesiais, de outro.

Francisco percebe que o próprio Papa pode não conseguir impedir as mudanças provocadas pelos novos movimentos eclesiais na Igreja – particularmente na relação entre leigos e religiosos. Um breve comunicado de imprensa relatou, na semana passada, um encontro entre o Papa e os presidentes dos dicastérios curiais para discutir a questão dos sacerdotes nos novos movimentos eclesiais e, especificamente, a possibilidade de “incardinação” dentro de suas fraternidades sacerdotais. Isso representaria uma mudança significativa, porque até agora apenas as prelaturas pessoais (como o Opus Dei) e as ordinariados (como as ordinarios militares e o Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham, criadas em 2009 para apoiar a “reunião” dos antigos anglicanos com a Igreja Católica Romana) tiveram esse privilégio.

Essas novas fraternidades sacerdotais têm certa variação. Algumas são partes bem estabelecidas de grupos amplamente conhecidos, como Sant’Egidio, Comunhão e Libertação e o Caminho Neocatecumenal. Outras foram iniciadas por bispos locais para criar paróquias doutrinárias e litúrgicas “ortodoxas”, como a Fraternidade Sacerdotal Familia Christi, na minha diocese italiana de Ferrara.

Esta fonte de novos sacerdotes poderia ajudar a aliviar a falta de religiosos, mas também traz outros problemas.

Os sacerdotes incardinados nos novos movimentos eclesiais não estariam submetidos aos ordinários locais, isto é, aos bispos diocesanos. Para o Vaticano, isso significa reconhecer algo sobre como esses movimentos evoluíram desde o Vaticano II. Na verdade, eles estavam encarregados de ajudar a renovar os leigos. Mas com a redução substancial no número de sacerdotes diocesanos e de ordens religiosas em todo o mundo ao longo das últimas três décadas, eles parecem ter se tornado fonte de novos sacerdotes. Embora isso possa ajudar a aliviar a falta de religiosos a curto prazo, também pode trazer novos problemas.

A questão não é ideológica, pois existe uma grande diversidade entre essas fraternidades: seminaristas e sacerdotes de Sant’Egidio, por exemplo, são mais “conciliadores” e ecumênicos do que os da Comunhão e Libertação e do Caminho Neocatecumenal. Pelo contrário, é estrutural: para substituir ou reabastecer os seminários e as paróquias diocesanas com poucos religiosos, as “Igrejas territoriais” – os bispos, incluindo o bispo de Roma – estão sendo consideradas vocações sacerdotais provenientes de organizações “não-territoriais”: os movimentos.

A partir disso, levantam-se quatro considerações interessantes. A primeira é a política da Igreja: os movimentos não são, aos olhos de Francisco, as “elites” especiais da nova evangelização, como eram nos papados de João Paulo II e Bento XVI. Ao percebê-las, Francisco critica explicitamente qualquer tendência sectária. Mas o próprio Papa entende que esses movimentos estão produzindo sacerdotes novos e muito necessários em uma Igreja Católica que ainda precisa que o clero funcione. Nesse sentido, a mudança, se aprovada, sinaliza que a Igreja considera muito mais fácil mudar o relacionamento entre a dimensão territorial e pessoal na Igreja do que ordenar homens casados (“viri probati“) ou mulheres diáconas ao sacerdócio.

Além disso, há a consideração eclesiológica. Inverter a relação entre o territorial ou dimensão geográfica dos agregados da Igreja (paróquia, diocese) à dimensão pessoal (pertencer a um grupo que não se define por localização geográfica) derrubaria um sistema que remonta aos primeiros séculos do cristianismo (as dioceses eram sucessoras das províncias do Império Romano) e que se solidificou no segundo milênio, especialmente pelo Concílio de Trento (1545-1563). Também representaria um desafio para o conceito eclesial da Igreja local em diálogo e tensão com a universal.

A terceira consideração é teológica. A própria ideia de “aculturação” da mensagem cristã está ligada à eclesiologia da Igreja local. Resta saber o tipo de que os sacerdotes dos novos movimentos receberiam formação (e onde essa formação aconteceria), e se eles seriam sacerdotes de toda a Igreja (incluindo as “periferias” de Francisco) ou apenas do seu movimento. Esta questão foi levantada por João Paulo II na exortação apostólica Pastores Dabo Vobis (1992), na carta apostólica Tertio Millennio Adveniente (1994) e na exortação apostólica Vita Consecrata (1996). A relação entre alguns movimentos e as igrejas locais tem sido, em muitos casos, pouco colaborativa. Por exemplo, bispos locais vem reclamando a Roma sobre o modus operandi do Caminho Neocatecumenal em suas próprias dioceses e até mesmo a nível nacional.

Finalmente, há uma consideração histórica. Em 1513, antes do Concílio de Trento e da Reforma, os monges venezianos Camaldulenses Paolo Giustiniani e Pietro Querini apresentaram ao Papa Leão X Libellus ad Leonem X, as propostas de reforma mais importantes do período pré-reforma. Giustiniani e Querini propuseram, entre outras coisas, uma redução radical no número de ordens religiosas (com apenas três tipologias de regras para a vida religiosa: agostiniana, beneditina e mendicante) e uma Igreja mais centralizada e reformista sob a liderança do Papa e dos bispos. Mas o que aconteceu depois do Concílio foi exatamente o oposto: uma proliferação de novas ordens religiosas (Capuchinhos, Barnabitas, Jesuítas, etc.).

Algo semelhante aconteceu depois do Vaticano II, que vislumbrava uma Igreja Católica sob a liderança dos bispos e do Papa e menos autonomia para as ordens religiosas e estruturas pessoais e não-territoriais da Igreja. Em vez disso, houve uma crise no episcopado – os bispos agora são mais diretores do que pastores; eles são chamados a agir em conjunto com o Papa e em sinodalidade com o seu rebanho e têm uma idade fixa de 75 anos para se aposentar – e houve mudanças nas expectativas de trabalho em conjunto com um papado bem-sucedido. Isso vem com a expansão de grupos e movimentos eclesiais ligados a “comunidades intencionais” que reivindicam – e obtêm – autonomia de ordinários locais. Isso tudo poderia ser mais um exemplo de como o corpo vivo da Igreja desfaz os projetos de reforma mais bem intencionados e bem pensados por teólogos “iluminados”.

Fonte – IHUSINOS

Políticos podem ser presos por envolvimento no desvio de recursos da saúde através do IDAC

aldir

          Não será surpresa a se a Polícia Federal prender mais pessoas envolvidas na corrupção deslavada que desviou mais de um bilhão de reais destinados a prestação de serviços de saúde à população maranhense. As Operações “Sermão dos Peixes” e “Rêmora”, desenvolvidas pela Polícia Federal causaram verdadeiro pânico entre gestores dos governos de Roseana Sarney e Flavio Dino, sendo que os estragos podem ser bem maiores na atual administração estadual em decorrência da voracidade com que foram acelerados os contratos viciados feitos com o Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania – IDAC.

           Quando o secretário Carlos Eduardo Lula, de Estado da Saúde tenta dar uma satisfação para a opinião pública que vai conseguir recuperar os recursos desviados, sabe-se perfeitamente que é utopia ingênua, prática abominável pela sociedade e bem utilizada pelos que procuram se dá bem. O que não foi embolsado pelos corruptos, acabou em campanhas políticas não apenas pelo PSDC, mas por outros partidos e acabou beneficiando muita gente, inclusive com mandatos e uma delação vai comprometer e fazer estragos inimagináveis dai que tem gente cortando prego.

             O certo é que não existem justificativas para que contratos viciados tramitassem livremente com recursos elevados e depois o gestor maior da instituição, simplesmente dizer que não sabia e nem tampouco se preocupou em pessoalmente fiscalizar os órgãos administrados através da terceirização.

             São cada vez maiores as informações de que o advogado Antonio Augusto Silva Aragão seria apenas laranja, e que estariam por trás fazendo partilhas do dinheiro furtado da saúde pública, alguns políticos em plena campanha para 2018.

             A grande expectativa é que dentro dos próximos dias poderão ser feitas novas operações pela Polícia Federal e que muita gente venha a ser presa pela participação com benefícios próprios nos desvios de recursos públicos da saúde através dos contratos viciados feitos pelo Governo do Estado com o IDAC.