Orçamento Municipal para 2015 foi aprovado sem emendas

          ALDIRContando com a presença de vinte e oito (28) vereadores em plenário, estiveram ausentes da sessão Luciana Mendes (PCdoB), Ricardo Diniz (PHS) e Roberto Rocha Junior (PSB), a Câmara Municipal de São Luís aprovou, no início da tarde desta segunda-feira, (22), sem nenhuma emenda das oitenta e cinco (85) apresentadas, a LOA (Lei Orçamentária Anual) para o Poder Executivo executar no ano de 2015, tendo votado contra a peça orçamentária Fábio Câmara (PMDB) e Rose Sales (PCdoB), a exemplo do comportamento assumido em 2014.

Logo no início da sessão o vereador José Joaquim (PSDB), relator da LOA, fez a apresentação do relatório da Comissão de Orçamento, informando que seis (06) vereadores apresentaram oitenta e cinco (85) emendas, sendo setenta e oito (78) indicativas e sete (07) modificativas, o que corresponde mais de R$ 169 milhões. Todas as emendas foram rejeitadas pois não atendiam aos requisitos do artigo 166 da Constituição Federal. O vereador tucano ainda falou que estão garantidos na Secretaria Municipal de Governo R$ 32 milhões para as emendas impositivas, o que cada vereador tem direito a uma.

Os parlamentares peemedebista e comunista criticaram bastante o orçamento, tendo o primeiro enfatizado bastante o que considera pressa na votação, enquanto a segunda chegou a classificar a LOA como “um engodo”. A dupla centrou seus argumentos principalmente no montante de R$ 23 milhões destinados para a área de comunicação. Respondendo para o vereador do PMDB o presidente do Legislativo Ludovicense, vereador Antonio Isaias Pereirinha (PSL), lembrou que a matéria tramitou na Casa por mais de setenta (70) dias, além da realização de audiência e encontros com secretários municipais e entre os vereadores, “e não pode está sendo votada a toque de caixa”, arrematou ele.

Já os vereadores Osmar Filho (PSB) e Marquinhos (PRB) dirigiram-se a dupla oposicionista falando que reconheciam o posicionamento dos colegas, “mas vossa Excelência não acompanhou  o trabalho da Comissão de Orçamento, além de dizer que em suas palavras você procura colocar esta Casa numa situação delicada, e quero acrescentar que esta Casa tem respeito, altivez e luta”, disse o socialista para o peemedebista. Por sua vez o representante do partido republicano pontuou: “mas é necessário que tenhamos coerência e respeito com a coisa pública”.

O presidente da Comissão de Orçamento, Ivaldo Rodrigues (PDT), acentuou que “nós cumprimos a risca todo o planejamento de trabalho para o tramite da LOA, numa forma de apresentar um trabalho transparente não só para esta Casa como para a população, para a sociedade”. Ainda fizeram uso da palavra os vereadores Pedro Lucas (PTB), Francisco Chaguinhas (PSB), Pavão Filho (PDT), fazendo abordagem acerca da peça orçamentária, e Sérgio Frota (PSDB), aproveitando para fazer sua despedida da Câmara Municipal.

Sutileza do roubo

Paulo Metri

                                      O setor do petróleo em 2014

Durante a campanha eleitoral deste ano, o setor do petróleo esteve na berlinda, por se tratar de uma riqueza inestimável. O candidato Aécio defendia as concessões e os adeptos da candidata Marina criticavam a presidente Dilma por ter leiloado o campo de Libra no ano anterior. Hoje, creio que o leilão só ocorreu para satisfazer, com o bônus arrecadado, à necessidade de superávit primário do ano de 2013.

O fato do petróleo excedente aos cinco bilhões de barris, que eram necessários para a capitalização da Petrobras, ter sido entregue a esta empresa, sem leilão, através de outro contrato de cessão onerosa, foi uma justiça com quem o descobriu. As frequentes descobertas da Petrobras no país, inclusive em 2014, chegando ao ponto da população assimilá-las como corriqueiras, dão ao Brasil uma folgada segurança energética. Potências da Europa e o Japão gostariam de ter uma parcela desta segurança.

Com os insistentes assédios do capital petrolífero internacional, deve ser difícil para o governo brasileiro não atender a nenhuma das suas exigências. Pode ser que o leilão de Libra tenha sido uma destas exigências. Os porta-vozes deste capital, disfarçados em “especialistas em energia”, estão sempre na mídia corrupta, a única a que o cidadão comum tem acesso, buscando iludir a população. Mais uma vez, fica claro que uma nova lei de mídia faz enorme falta.

Estes “especialistas”, visando entregar o petróleo a empresas estrangeiras, criticam o fato de não ter ocorrido rodadas de leilões de áreas de petróleo em 2014. Eles dizem que não se deve guardar o petróleo no subsolo, uma vez que seu ciclo irá acabar e ele perderá seu alto valor. O que eles querem é uma exploração rápida, que não poderá ser feita sozinha pela Petrobras. A verdade é que o petróleo barato irá acabar, mas não de forma abrupta e, também, bem no futuro.

Neste final de ano, o preço do barril do petróleo está despencando no mercado mundial, graças a uma super oferta dos grandes exportadores do Oriente Médio, que votaram contra a diminuição das cotas de produção dos membros da OPEP, na última reunião da organização. Os países desta região formam uma maioria na OPEP. Há a possibilidade de se tratar de um acordo secreto dos Estados Unidos com estes grandes exportadores, para trazer dificuldades econômicas para a Rússia, o Irã e a Venezuela (1). Casualmente ou não, o baixo preço do barril ajuda também a convencer o governo do Brasil a mudar o atual marco regulatório do Pré-Sal.

Foram descobertos em 2014 os inimagináveis roubos dentro da Petrobras. Eles trazem consequências tão graves que se pode até aventar a hipótese de existir um plano maquiavélico externo. O fato de o capital internacional estar em campanha para o convencimento da opinião pública e a cooptação de políticos, visando se apoderar do Pré-Sal, inclusive com a alegação velada que as empresas privadas são imunes a desvios, significa que a descoberta dos roubos veio a calhar. Nosso instrumento de realizações soberanas na área de petróleo, que é a Petrobras, estando desacreditado, o objetivo dos agentes externos de se apoderar das nossas reservas fica facilitado.

Lembro que se está falando de uma riqueza da ordem de dezenas de trilhões de dólares. Por cifras muito menores que esta, insurreições, “primaveras”, deposições, assassinatos, genocídios e guerras são providenciados. Recomendo a leitura da história do setor do petróleo no mundo (2), onde as grandes empresas petrolíferas foram, mesmo que indiretamente, causadoras da morte de milhões de pessoas.

Há roubos também em empresas privadas, que têm a esperteza de não divulgá-los. A Enron, todo o sistema imobiliário norte americano com seus derivativos, os CEO, que roubaram as próprias empresas que dirigiam, a Shell, que divulgou reservas de petróleo que não possuía, estão aí para provar.

Sem retirar a culpa dos governos que não fiscalizaram a Petrobras, a ida desta empresa para captar recursos na bolsa norte-americana foi uma decisão, no mínimo, arriscada do governo FHC. Sabia-se do passado de escândalos no país e da dura penalização exercida pela SEC, a CVM norte-americana. Com esta submissão, FHC diminuiu o grau de soberania do nosso país sobre nossa empresa. Agora, pipocam processos contra a Petrobras em tribunal estrangeiro. Tenho dúvida se há a possibilidade de se convencer um juiz norte-americano de que, apesar do roubo existente, tendo em vista o valor dos dividendos pagos, os acionistas não foram lesados.

O maior prejuízo que o bando de assaltantes, que se empoleirou na empresa, está causando é o baque da autoestima do povo brasileiro, que se orgulhava da sua empresa maior e a viu nas manchetes como foco de corrupção. É claro que a triste mídia que aí está trabalha insistentemente para destruir qualquer orgulho nacional, pois fica mais fácil para o seu dono arrancar do povo deprimido qualquer riqueza.

O porvir

A Petrobras terá alguma dificuldade para tomar novos empréstimos, por conta da sua atual dívida total, que é em torno de R$ 240 bilhões e função da cotação do dólar. Sua receita de venda de petróleo para o exterior, que é pequena, com a queda de preço do barril, irá diminuir, mas é de pequeno impacto. Ela não precisará mais comprar derivados de petróleo do exterior porque suas novas refinarias serão inauguradas brevemente. Sua receita de vendas dos derivados no Brasil, depois de longo período de contenção de preços, hoje, está razoável. Terá alguma dificuldade para pagar suas dívidas no exterior porque 70% da divida total estão em dólares e 10% em euros, cujas moedas se valorizaram em relação ao real.

Por outro lado, a Petrobras tem de reservas os 14 bilhões de barris anteriores à descoberta do Pré-Sal, os 20 bilhões das duas cessões onerosas e mais as suas participações em consórcios no Pré-Sal e em novas descobertas no restante do Brasil. Sendo conservador, ela tem mais de 50 bilhões de barris de reservas totalmente suas. Neste valor não estão os barris das empresas consorciadas da Petrobras nos diversos campos. No momento, ela tem dificuldade para gerar recursos próprios para todos seus investimentos. Seus custos já estão enxutos. A empresa tem a possibilidade de fazer algum caixa com o programa de desinvestimento, mas ele tem um limite. E, para desinvestir, é recomendável que o bem seja leiloado, para se evitar novos roubos. Então, a empresa provavelmente terá que fazer algum corte nos seus investimentos.

O governo da presidente Dilma tem uma missão primordial, se deseja ter a Petrobras saneada, como empresa de ponta em desenvolvimentos tecnológicos e na capacidade de enfrentar desafios com sucesso. Obviamente, o primeiro passo é demitir quem for comprovadamente corrupto, processar a todos estes e buscar reaver o dinheiro roubado da empresa. Depois, deve se conscientizar que os contratos da ANP foram escritos para satisfazer às empresas estrangeiras para elas retirarem rapidamente o petróleo do subsolo e levá-lo para o exterior. Este não é o caso da Petrobras.

Então, existem tempos estabelecidos nos contratos que, devido à situação atual da Petrobras, precisam ser reformulados, sem aplicação de multas pela ANP. Esta Agência precisa acabar com a pressa com a qual gere estes contratos. Neste momento, tamanha pressa só serve para inundar mais ainda o mercado internacional de petróleo e, com isso, ajudar a baixar o preço do barril. Serve também para asfixiar a Petrobras, que está em um momento de crise de liquidez. A ANP precisa trazer benefícios para a sociedade do nosso país e, não, para o capital internacional.

Um ponto que escapa da minha compreensão é que a Dilma que vai à reunião dos BRICS, cria o banco e o fundo deste grupo, que apóia a UNASUL, que busca aprofundar as relações sul-sul, não pode ser a mesma Dilma que, por exemplo, deixa a ANP agir sem controle e dá ordem para que a 13ª rodada de leilões de áreas de petróleo seja realizada no primeiro trimestre de 2015. Esta última decisão não é do interesse nacional, porque o país está abastecido, graças à Petrobras, pelos próximos 40 anos e devido à exportação não ser atrativa, enquanto o preço do barril estiver baixo e por não ser garantido que ela será realizada pela Petrobras. Os leilões não garantem isso.

A presidente deveria analisar a possibilidade de o governo brasileiro recomprar as ações da Petrobras, principalmente as ADR. Sei que, se a decisão for tomada, uma imensa quantidade de recursos irá ser necessária, porque, ao se anunciar a recompra das ações, sua cotação irá subir. Mas, o governo do Brasil precisa voltar a ter controle total sobre as decisões da empresa. Não perco espaço para falar sobre a queda do preço das ações da Petrobras, por isto só interessar a especuladores e arautos da catástrofe.

Nos dias atuais, os neoliberais, que não têm mais pruridos, querem que as novas áreas de potencial ocorrência de petróleo sejam concedidas para as empresas estrangeiras. Na concessão, todo o petróleo produzido pertence ao concessionário, que, sendo ele estrangeiro, o levará para o exterior. Ele deixará uma quinquilharia no país, que são os royalties. Este fato é um roubo, que é permitido pela lei das concessões, uma lei injusta, por causar danos à sociedade.

Finalmente, o ladrão sutil, primeiro “flexibiliza” a legislação, de forma a permitir o ato de surrupiar o petróleo da sociedade, levando-o para o exterior e deixando pouca compensação para ela. Com esta realidade, Paulo Roberto Costa só pode ser acusado de ser um corrupto ansioso, bronco e nada sutil, além de ser um inocente útil que prestou enorme serviço ao capital internacional ao contribuir para macular a Petrobras.

Paulo Metri é Conselheiro do Clube de Engenharia e colunista do Correio da Cidadania

Famílias constituídas por casais homoafetivos: progressos sociais

ALDIRPor Cristiane Marangon

A família composta por casais homoafetivos – termo cunhado pela juíza aposentada Maria Berenice Dias – entrou oficialmente em discussão na sociedade brasileira com a promulgação da Constituição Federal, em 1988. O documento elegeu o princípio da dignidade humana como fundamento do estado democrático de direito, como explica Denise Müller Pupo, professora de direito de família da PUC-RJ. O objetivo, entre outros, foi o de promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, cor, sexo, idade ou qualquer outra forma de discriminação.

Assim, ele afastou o casamento como única forma de constituição familiar e reconheceu outras configurações, a exemplo da união estável e das famílias monoparentais. Desde então, ao longo desse tempo, as uniões homoafetivas ganharam visibilidade e, aos poucos, adquiriram direitos também no plano jurídico. Inicialmente, previdenciários e trabalhistas e, mais recentemente, familiares, sucessórios e fiscais.

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Um marco legal importante foi o reconhecimento da união estável para casais do mesmo sexo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011. Dois anos mais tarde, a Resolução nº 175, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), proibiu os cartórios de recusarem os pedidos de habilitação, celebração de casamento civil ou conversão de união estável em casamento para eles.

Hoje, também é possível adicionar o sobrenome do companheiro na certidão de casamento, adotar crianças, inscrever o nome de ambos os pais ou mães no registro de nascimento dos filhos (mesmo que recorrendo à Justiça) e fazer a declaração conjunta de Imposto de Renda. O mesmo acontece após o fim de um relacionamento, quando questões sobre os filhos, como guarda, visitação e pensão alimentícia, são decididas com base no bem-estar deles.

Juliana Bracks, especialista em Direito do Trabalho, acredita que a discussão está no início. Da mesma maneira que Fabiane – companheira de Ana Cristina, que deu à luz aos trigêmeos – obteve o direito à licença-maternidade, por que o companheiro de qualquer mulher não pode ser beneficiado? Outro exemplo: o auxílio-creche, previsto só para mulheres. Se pai e mãe trabalham fora, a família só recebe o benefício uma vez. No entanto, se o casal é formado por duas mães, a família tem dois benefícios.

Os avanços vão se consolidando, mas ainda não são garantidos por lei. Para conseguir um duplo registro, os pais têm de entrar na Justiça e o processo pode levar de 15 dias a dois anos. Maria Berenice, que também é vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFam), lamenta que, nesse período, a criança fique desamparada de seus direitos: ela não pode ser incluída no plano de saúde daquele que não é seu pai ou sua mãe legalmente e, se um deles morrer, não tem direito à herança ou ao seguro de vida.

Por isso, a Comissão Especial da Diversidade Sexual, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), encaminhou um pedido ao Conselho Nacional de Justiça para criar uma resolução que admita diretamente o registro da criança no nome de dois pais ou duas mães. Eles teriam apenas de apresentar a declaração de nascido vivo e de consentimento informado, no caso de fertilização in vitro.

Fonte – Conselho Nacional de Justiça

PRESIDENTE VARGAS – MPMA solicita perda de mandato de prefeita por licitações irregulares

mapaAção cita outros seis réus, todos integrantes e ex-integrantes da administração do município

O Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA), por meio da Promotoria de Justiça da Comarca de Vargem Grande, ajuizou, em 15 de dezembro, Ação Civil Pública por Atos de Improbidade Administrativa contra sete integrantes e ex-integrantes da administração do município de Presidente Vargas (Termo Judiciário da comarca), devido a irregularidades constatadas pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), em processos licitatórios.

Na ação, o promotor de justiça Benedito de Jesus Nascimento Neto (mais conhecido como Benedito Coroba), requer a perda do mandato da prefeita Ana Lúcia Mendes.

Além da prefeita, são réus da ação o pregoeiro municipal Fernando César Pires; o secretário de Administração, Walterlino Costa, e a secretária de Saúde, Cristiane Machado. Também figuram como acusados na manifestação os ex-titulares da Secretaria de Saúde, Otavio Silva Filho, Maria Rosiclede Sousa e Suzana Elaine Rocha.

A manifestação é baseada em seis das 22 irregularidades verificadas pelo departamento, demonstrando que, entre janeiro de 2013 a fevereiro de 2014, do Fundo Municipal de Saúde de Presidente Vargas, quatro licitações feitas pela Secretaria de Saúde para aquisição de medicamentos e material de consumo e para locação de veículos, os acusados causaram prejuízo aos cofres do Fundo Municipal de Saúde (FMS) no valor total de R$ 2.511.289,20. A inspeção foi realizada nos meses de abril e maio deste ano.
Segundo o promotor, a ação somente aborda seis irregularidades porque elas responsabilizam diretamente a prefeita Ana Lúcia Mendes e seus subordinados. “Como a maior gestora do município, a prefeita deveria articular políticas públicas para atender às necessidades da população e não o contrário”, explica, na ação. Ele acrescenta que as outras irregularidades serão objeto de ações posteriores.

IRREGULARIDADES
Em uma das licitações, foram gastos R$ 1,687.150,49 para aquisição de medicamentos e material de consumo, havendo irregularidades como ausência de documentos exigidos pela legislação como notas de empenho, comprovante de publicação do resumo do contrato e o ato de designação da equipe de apoio ao pregoeiro, entre outras.

Outros R$ 210 mil foram desembolsados para locação de veículos para a Secretaria de Saúde, apesar do pregão referente à contratação indicasse valor diferente. O Denasus também observou que os veículos locados estavam registrados sob o nome de uma empresa diferente da vencedora do pregão, indicando sublocação, prática vedada pela legislação.

No segundo pregão para aquisição de medicamentos e material de consumo, o gasto totalizou R$ 607.448,71. Nesse processo licitatório, as irregularidades incluem a falta controle de entrada e de saída de medicamentos, que foram entregues não acompanhados de notas fiscais e, sim, de notas de entrega, contrariando a lei.

Outra ilegalidade foi o fato de que, apesar estar oficialmente em licença gestante, uma servidora foi designada pela prefeita Ana Lúcia Mendes como chefe de recebimento de medicamentos.

PEDIDOS
Além do pagamento de multa civil e do ressarcimento ao Fundo Municipal de Saúde, o MPMA pede que o Poder Judiciário condene os réus à suspensão dos direitos políticos por oito anos e à proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos pelo período de cinco anos. Outra sanção solicitada é o pagamento de multa civil no valor de 100 vezes o valor da remuneração recebida.
O município de Presidente Vargas fica localizado a 169 km de São Luís.

CCOM-MPMA

Entrevista de Venina aumenta pressão sobre Graça Foster

Postado por: Daniela Martins

A entrevista de Venina Velosa da Fonseca aumenta a pressão pela troca da diretoria da Petrobras e pela saída de Maria das Graças Foster do comando da empresa. As declarações enfraquecem ainda mais a presidente da estatal.

A ex-gerente de Abastecimento disse ao ‘Fantástico’, da Rede Globo, que fez um alerta sobre irregularidades em uma conversa direta com Graça Foster quando a atual presidente da estatal era diretora da empresa.

Apesar de ser a palavra de Venina contra a de Graça Foster, ela repetiu que, além do alerta pessoal, enviou e-mails para avisar sobre eventuais irregularidades.

A Petrobras, por meio de nota, já disse que foram alertas genéricos. Graça Foster pediu para ser investigada e falou desses alertas. Chegou a declarar que não sabia o que Venina queria dizer com “esquartejamento de projeto” e “licitação ineficiente”.

Se a então subordinada do Paulo Roberto Costa enviou mensagens com afirmações como “esquartejamento de projeto” e “licitação ineficiente”, é óbvio que havia algo errado na Diretoria de Abastecimento. Os e-mails de Venina foram alertas que deveriam ter sido levados em conta, independentemente das intenções.

A  Petrobras questiona decisões de Venina na gerência de Abastecimento em relação a contratos que teriam beneficiado um namorado que viria se casar com ela. Se Venina fez algo errado, deve ser investigada e eventualmente punida. Não é o caso de transformá-la numa heroína.

Importa é saber se suas revelações fazem sentido e merecem ser investigadas. Tentar desacreditar a funcionária não é uma boa estratégia. Graça Foster dá uma resposta ruim e frágil quando afirma que não sabia o que a ex-gerente queria dizer com “licitação ineficiente”. Venina tem razão quando diz que bastaria que Foster a procurasse para tentar entender.

A presidente Dilma Rousseff ainda resiste a trocar a diretoria da Petrobras, mas os fatos acabam se impondo ao governante. No PT, já há um diagnóstico claro de que é preciso haver a troca para que a companhia volte a respirar.

É uma questão política, mas também econômica. A companhia está sofrendo do ponto de vista econômico. Fica enfraquecida uma diretoria que vem sendo questionada e que tem de dedicar energia a responder a esse bombardeio.

Dilma resiste a trocar Graça Foster porque a colocou na presidência da companhia para combater corrupção interna e mudar a gestão da empresa. Acontece que Graça Foster e a atual diretoria foram levadas para o centro de um furacão.

Sem indicar um executivo respeitado pelo mercado e com força para fazer mudanças na empresa, há risco de a Petrobras perder o grau de investimento e ter maior dificuldade financeira para realizar a tarefa que tem na extração do pré-sal, por exemplo.

A Petrobras tem uma presença importante na economia brasileira. Precisa fazer investimentos que repercutam positivamente na economia como um todo. Uma diretoria sob fogo cerrado não é mais adequada para cumprir essa tarefa.

Fonte – blog do Kennedy

Advogados aconselharam Roseana Sarney a não viajar para o exterior para não suscitar suspeitas

       ALDIR

A ex-governadora Roseana Sarney atendendo recomendações de seus advogados desistiu de anoitecer em São Luís e amanhecer em Miami, território dos Estados Unidos, onde pretendia residir por uns três meses, ficando distante da Operação Lava Jato e das dezenas de acusações, que deverão estourar no início do novo governo, quando serão constatadas as praticas deslavadas de corrupção da sua administração no executivo do Maranhão.

      A ex-governadora já foi informada de que dificilmente deverá escapar de ser indiciada em inquérito pela Policia Federal pelo seu envolvimento na criminosa operação que desviou bilhões de reais dos cofres da Petrobrás e nas negociatas envolvendo precatório com a empresa Constran, que lhe daria uma propina de 06 milhões de reais, dos quais já teria recebido um pouco mais de dois milhões de reais, tendo uma parte sido entregue a Roseana Sarney no Palácio dos Leões a mando do doleiro Alberto Youssef.

 Milhares de denúncias vêm sendo encaminhadas à equipe do governador Flavio Dino, muitas de ordens graves, que demonstram a institucionalização estadual da corrupção, o que ratifica que em nosso estado existem novos ricos que nunca receberam heranças, não ganharam em loterias e nem trabalharam para acumular tanta fortuna. Todas vieram dos cofres públicos, a custa da miséria, da fome, da exclusão social, da educação, do transporte escolar e principalmente da saúde, que nos últimos anos se tornou o carro-chefe da corrupção no Maranhão.

A verdade é que a ex-governadora Roseana Sarney, sem foro privilegiado e já um tanto distanciada dos aliados de outrora, tem equipes de advogados trabalhando na sua defesa preventiva, com a atenção desdobrada para que não sejam surpreendidos com pedidos de prisão, que poderá ocorrer a qualquer momento, além do envolvimento dela em outros escândalos de roubalheiras serão inevitáveis. Tem alguns secretários da administração da ex-governadora, que admitem, que no caso de pressão das autoridades policiais e judiciais não pretendem servir de cobaias, estando dentro do contexto, os que fizeram suas partes, mas na divisão do bolo foram totalmente enganados. Está chegando a hora de vaca não conhecer bezerro, o que vai fazer muita gente cortar prego pelo ramiscoide.

Corrupção na Secretaria de Saúde do Estado é também em aluguéis de prédios

predio

Um prédio de apartamentos adaptado para abrigar repartições públicas, pratica bem utilizada pelo governo Roseana Sarney para favorecer políticos e aliados com aluguéis exorbitantes. Enquanto o patrimônio público foi totalmente abandonado, o que  se viu foi a demonstração de que a corrupção deslavada não deveria ficar de fora. A foto é de um prédio localizado na rua Silva Jardim, esquina com rua dos Afogados, que pertence à família do atual Secretário de Estado da Saúde. Quatro salas, sem qualquer consulta ao colegiado foi alugado por 30 mil reais para ser ocupado pelo Conselho Estadual de Saúde. Não se trata do prédio todo, que também já seria um absurdo, mas apenas 04 salas. Há denuncias de que outros prédios são alugados por valores exorbitantes pela Secretaria de Estado da Saúde, independente do fato criminoso com o aluguel de um de um edifico de apartamentos no bairro do Turu, para enganar a população como referência de uma unidade oncológica. Há poucos dias tive oportunidade de constatar no hospital Aldenora Belo, um considerável número de pessoas em busca de consultas com envelopes de plástico identificando o Hospital Geral. Por curiosidade perguntei a uma senhora, as razões pelas quais estava no hospital de referência do tratamento do câncer, com exames realizados em outro hospital. Eles não têm médicos especialistas que só encontramos aqui. A resposta bem realista traduz a realidade.

Moveis e computadores em compra suspeita para a SEJAP com recursos do BNDES estão jogados em galpão. São prejuízos de milhões de reais

          Em 14 de abril do presente exercício deu entrada na SEGEP (Secretaria de Estado da Gestão ePrevidência),um pedido de locação de um galpão para armazenar uma enorme quantidade de moveis e equipamentos comprados pela SEJAP (Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária), através do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento).

Em 01 de julho a SEGEP se manifesta através do Ofício n.º 298/2014-SAMOP/SEJEP, de 01 de julho de 2014, a cerca de solicitação de locação de imóvel para SEJAP/MA. Neste oficio a SEGEP pede algumas providencias por parte da SEJAP para sanar algumas duvidas, a partir daí começou uma via- crucis para alugar um galpão.

Nesse meio tempo, sem conclusão, chegam a São Luís dois carregamentos de Moveis, com um valor acima de R$ 1.700.000,00 (um milhão e setecentos mil reais) e outro com um valor acima de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) que foram armazenados às pressas em um galpão localizado no São Cristóvão, Rua 14 do Engenho, lotes 10 e 12. Ocorre que: não houve nenhum interesse por parte da SEGEP e do Estado em resolver a situação e hoje o proprietário do aluguel não consegue receber seus atrasados.

Fora essa infinidade de moveis, também constava no galpão 415 computadores, que também foram comprados com recursos do BNDES, fora uma infinidade de outros equipamentos.

Hoje, esses equipamentos estão sendo jogados de qualquer forma sabe-se lá onde… O fato é que estão esvaziando o galpão sem a menor perspectiva de pagar os alugueis.

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Um caminhão na operação de transporte de móveis, computadores e eletrodomésticos para o depósito.

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O estranho foi a compra de muito material sem previsão de utilização, caracteriza desonestidade e interesses escusos.

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O Portal da Transparência registra a irresponsabilidade com recursos públicos. O novo governo tem o dever de apurar os fatos e responsabilizar criminalmente os autores.

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Também há pequenos fornecedores que não receberam os pagamentos por seus serviços prestados e por materiais fornecidos. Tais como uma empresa que fez dedetização em várias unidades prisionais e penais do Estado do Maranhão e um comerciante do ramo de construção civil que tem mais de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Estes e outros pequenos empresários, com destaque para fornecedores estão passando sérias dificuldades para pagar funcionários e manterem seus negócios, por conta do calote que a SEJAP proporcionou.Eles não sabem mais a quem recorrer, pois o ex-secretário Uchoa prometeu pagar todos e na verdade não pagou a nenhum dos pequenos fornecedores e o atual secretário diz a todos que cobram pelos serviços e pelo que venderam, que não reconhece a dívida e que procurem cobrar do autor do débito. O ex-secretário Sebastião Uchôa vai ter que se justificar perante a justiçaa compra de materiais acima de R$ 3.900.000,00 (três milhões e novecentos mil) em moveis desnecessariamente, pois os que não foram usados estão amontoados em cantos das unidades da capital e do interior. Esta foi uma compra considerada suspeita, como se pode observaratravés dos empenhos acima, que mostramespelhos do portal da transparência do Governo do Estado. Existem outros casos escabrosos dentro da SEJAP, que envolvem altas somas de recursos e que devem apontar um rombo próximo de 80 milhões de reais. Só o pagamento para a Gestor Serviços chega perto de 30 milhões reais com a contratação de 294 pessoas sem a necessidade de trabalhar com gastos mensais de 1,5 milhões de reais.

Juiz Marcelo Baldochi foi afastado pelo pleno do Tribunal de Justiça

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A decisão foi tomada em sessão plenária do Órgão Especial do TJMA (Foto;Ribamar Pinheiro)

 O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) afastou preliminarmente do cargo, em sessão plenária administrativa nesta quarta-feira (17), o juiz da 4ª Vara Cível da comarca de Imperatriz, Marcelo Testa Baldochi, com a instauração de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), para apuração de fatos supostamente abusivos e incompatíveis com o exercício da magistratura, ocorridos no dia 6 de dezembro no aeroporto de Imperatriz, quando o magistrado deu voz de prisão a funcionários de uma empresa aérea após não ter conseguido embarcar em voo com destino a Ribeirão Preto (SP). O juiz responde a outras duas sindicâncias para investigação de denúncias.

O desembargador Antonio Fernando Bayma Araújo, que presidiu as investigações da sindicância, verificou indícios graves de infração disciplinar por parte do juiz, principalmente com a determinação imotivada da prisão dos funcionários da empresa aérea, manifestando-se pela instauração do PAD com afastamento preventivo, por entender que a permanência do magistrado no cargo, ante a instalação de um estado de pânico, poderia influenciar e atrapalhar o curso das investigações.

Durante a investigação preliminar, o desembargador Antonio Fernando Bayma Araújo ouviu os funcionários da empresa aérea, o delegado responsável pelo caso e o juiz Marcelo Baldochi.

Ele ressaltou a existência de diversas outras reclamações e representações contra o juiz apresentadas por advogados, membros do Ministério Público e pessoas da comunidade, dando conta de práticas como abuso de poder, usurpação de competência, entre outras.

“Daí a necessidade de medidas urgentes por parte do Tribunal, ante a influência e o poder deliberado do juiz no âmbito da comarca, evidenciado in loco ante os inúmeros depoimentos a esta comissão sindicante”, frisou o desembargador.

Os desembargadores Antonio Guerreiro Júnior e Jorge Rachid votaram contra o afastamento e instauração do PAD, por entenderem que a medida nesse momento representaria cerceamento de defesa.

Assessoria de Comunicação do TJMA

Ex-presidentes da Câmara Municipal foram homenageados com a inauguração de uma galeria

         camaraUma merecida homenagem aos homens que presidiram a Câmara Municipal de São Luís desde o ano de 1948 até a presente data aconteceu na manhã desta quarta-feira, (17), com a inauguração da galeria dos ex-presidentes do Legislativo Ludovicense. Fazendo uma saudação aos ex-presidentes presentes à solenidade (Edivaldo Holanda, Ivan Sarney e Valdivino Castelo Branco) e aos familiares dos ausentes, o presidente da Casa, Antonio Isaias Pereirinha (PSL), manifestou a satisfação de “presidir este ato que resgata e registra a memória daqueles que tiveram grandes serviços prestados a nossa população e deram sua valorosa contribuição para o desenvolvimento de nossa cidade”.

No seu pronunciamento Pereirinha fez um histórico desde a fundação do Senado da Câmara por meio de uma Carta Régia de 09 de fevereiro de 1619, sob o comando de Simão Estácio da Silveira, passando pelo seu fechamento em 1930 e sua reabertura em 1948, tendo como primeiro presidente iniciando o período de legislaturas José Matos Carvalho. Ele aproveitou para afirmar que “esta Câmara sempre se fez presente em todos os atos públicos e políticos que fazem a nossa história, desde a sua fundação até os dias atuais”.

Para fazer a apresentação da galeria dos ex-presidentes da Câmara o chefe do cerimonial, Erick Teixeira, detalhou o projeto de implantação da obra resgatando a história da vida daqueles que presidiram o Legislativo municipal. Como inspirador do projeto, o desembargador Milson Coutinho, autor de um livro sobre a Câmara Municipal, disse que “esse ato se constitui no primeiro passo para a comemoração do quarto centenário da Câmara daqui a três anos”. Ele ainda falou da importância “dessa Casa que já teve homens ilustres como João Lisboa, Henriques Leal, Barbosa de Godois, Ribeiro do Amaral dentre outros”.

Agradecendo a homenagem fizeram uso da palavra os ex-presidentes Edivaldo Holanda destacando a história do Legislativo, quando lembrou a sua eleição ocorrida em plena praça João Lisboa em cima de uma cadeira de engraxate. Já Ivan Sarney enfatizou que “este momento para mim particularmente é um reencontro com a história desta casa”, enquanto Valdivino Castelo Branco observou que “nós só temos que ficar gratos com uma homenagem a todos que prestaram seus serviços dentro de suas especificidades, buscando o bem estar de nossa população”. O vereador Francisco Carvalho (PSL), também ex-presidente, falou sobre a importância do resgate da memória da Câmara, destacando a iniciativa da atual direção da Casa.

Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal