Assassinato de empresário envolve vereador, propina de fatura paga pela Seduc e deve ser escândalo

Desde o dia 19 de agosto, quando o empresário João Bosco foi assassinado por Gibson Cézar Soares Cutrim, na entrada do edifício Tech Office, na Ponta da Areia, muito se comentou sobre o nome do vereador Beto Castro presente na cena do crime. A princípio o vereador chegou a registrar que foi uma coincidência, muito embora não tenha revelado que tanto a vítima como o autor do assassinato, tinham estreita relação de conhecimento com ele, inclusive alguns negócios, que estão vindo a público. Os desentendimentos entre eles é uma fatura de CR$778 mil proveniente de serviços prestados pela SH Vigilância à Secretaria de Estado da Educação.

Em depoimento prestado ao delegado Murilo Tavares, o autor do assassinato que está preso desde o dia em que se apresentou, fez revelações que comprometem bastante o vereador Beto Castro e o coloca na cena do crime. Revelou que foi procurado por um advogado de nome Jean, sobre se ele tinha alguém de influência no governo para que ele recebesse uma fatura de CR$778 mil da empresa SH Vigilância, recebendo também uma proposta de uma comissão de 30%. Ele então procurou o vereador Beto Castro e lhes propôs, o percentual de 20%, ficando tudo acertado e o vereador registrou que iria tratar da questão com outros colegas políticos influentes.

Quando dos acertos, o vereador Beto Castro comunicou a Gibson Cutrim, que a propina não era apenas de 20%, mas de 50% e que não haveria qualquer redução, muito embora o assassino tivesse feito alguns apelos, conforme registro em seu depoimento. De nada adiantou, e uma pressão passou ser feita pelo João Bosco como preposto do vereador e pelo próprio Beto Castro, que além de serem sistemáticas por celular, ainda falavam em sequestrar filhos do acusado e a sua morte.

Gibson Cutrim relata que diante das ameaças e por saber que o João Bosco era truculento e violento e homem de confiança do vereador passou a temer pela sua vida. No encontro marcado para mais uma discussão sobre a propina, o assassino decidiu ir armado, uma vez que a vítima era bastante prevenida. Como mais uma vez não houve entendimentos e temendo ser morto, sacou da sua arma e desferiu os tiros que mataram o João Bosco.

O inquérito policial sob a direção da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa, sob a direção do delegado Murilo Tavares, que inclusive depois ouvir algumas testemunhas já arroladas e naturalmente deve desenvolver diligências para maiores esclarecimentos sobre o fato, dentre elas, quem foram os facilitadores dentro da Secretaria de Educação para a facilitação do pagamento da fatura e naturalmente deve recebido quinhão e outros interessados.

A situação do vereador Beto Castro é muito grave e ele está diretamente ligado a causa do crime e o delegado deve intimá-lo para prestar novos esclarecimentos e a repercussão do caso, deve refletir num posicionamento da Câmara Municipal, que tem o dever e a responsabilidade de se manifestar perante a opinião pública.

Fonte: AFD

 

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