PT reúne partidos de oposição para coordenar manifestações contra Bolsonaro

Esforço é para coordenar manifestações contra Bolsonaro nos dias 2 de outubro e 15 de novembro. PSDB, MDB e PSD foram chamados. Unificação esbarra em divergências de pauta. As manifestações de 07 de setembro causaram muitas preocupações ao PT pelo sumiço da militância.

Deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, entre as organizadoras da unificação dos partidos pela mobilização de rua contra o presidente Bolsonaro.

Está prevista para hoje (16) em Brasília a reunião dos partidos de oposição da esquerda, centro-esquerda e outras correntes, para tentar unificar a participação em atos públicos contra o governo e o presidente Bolsonaro. Para o encontro são esperadas as cúpulas do PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB aos quais se juntarão PV, Rede, Cidadania e Solidariedade. Também estão chamadas para o encontro legendas de centro e centro-direita: PSDB, MDB e PSD.

Estão previstos dois grandes atos públicos do tipo, com intervalo de pouco mais de um mês: 2 de outubro e 15 de novembro. A ideia é levar o máximo de manifestantes às ruas e obter uma mobilização popular crescente.  A reunião dos partidos pretende consolidar uma pauta comum para os protestos, que agregue legendas, filiados e obtenha apoio na sociedade. “Estaremos trabalhando pra buscar essa unidade, independente de posicionamento ideológico”, declarou ao blog o deputado André Figueiredo, do PDT.

Mas a aglutinação política não é simples. Há os que defendem que a pauta exclusiva seja o impeachment de Bolsonaro – ideia que divide a cúpula do próprio PT. Parte do comando do partido avalia que a vitória de Bolsonaro nas urnas é a melhor opção para o ex-presidente Lula. O combate às reformas propostas pelo governo também divide opiniões. Dificilmente as legendas de centro aceitarão se juntar ao movimento se ele incluir esta reivindicação. “A unidade de ação das oposições exige uma agenda mínima que passa pela defesa da democracia, da Constituição e do impeachment”, declarou ao blog o deputado Orlando Silva, do PCdoB. “Imagino que MDB, PSD e PSDB não assinam ainda, mas estar na mesa e dialogar já é um passo”, completa.

A adesão de correntes ligadas à direita, como os movimentos MBL e VPR, que se mobilizaram por protestos no último domingo, não está dentro das prioridades. As condições para a aglutinação desta ala de opositores de Bolsonaro às esquerdas são consideradas mínimas.

Fonte: R7

 

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