Presos que teriam armas de fogo no Complexo de Pedrinhas impõem regras aos diretores de presídios

pedrinhasO que se pode chamar de esculhambação, pela falta de seriedade, compromisso, respeito aos direitos e dignidade humana e o mínimo conhecimento de gestão pública tem sido a prática diária exercida dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, tem sido de uma incompetência a toda prova quanto ao monitoramento e a segurança interna dos presídios do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o que tem dado origem a dezenas de assassinatos e escavação de túneis quase todas as semanas, além dos já manjados tráficos de drogas, armas de fogo e brancas, celulares e bebidas alcoólicas. Com a banalização de todas as problemáticas, sendo a maior da vida das pessoas, ninguém quer sejam das instituições públicas responsáveis pela fiscalização e nem da sociedade civil se manifestam para dar um basta na situação deplorável instalada nas unidades prisionais. A Pastoral Carcerária, que deveria ter a missão profética da defesa dos direitos humanos e da dignidade do preso, tem uma posição de omissão com um silêncio profundo diante dos atos praticados cotidianamente dentro dos cárceres. A impressão que se tem é que a Pastoral Carcerária se posiciona como aliada da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária e por razões que suscitam desconfianças quanto a omissão para se manter cega e muda, o que contraria totalmente a recomendação da Pastoral Carcerária Nacional, principalmente quando a coordenação está entregue a religiosos.
O Sistema Penitenciário do Maranhão vem sendo administrado com improviso, colocando-se pessoal terceirizado e sem qualificação profissional para o exercício de direção de unidades e o considerável número de monitores com salários aviltantes, expondo-os ao risco de vida e até da fragilidade de cooptação.
A mais recente invenção da direção da Sejap, foi a indicação de uma pessoa terceirizada para dirigir o Presidio de Pedrinhas, local em que os presos estão fora das celas e dos pavilhões totalmente destruídos, inclusive com as grades arrancadas. O diretor recebeu uma advertência dos presos para acatar com os seus pedidos com vistas a não haver desentendimentos. Ele colocou monitores para fazerem compras para eles e para lavarem os banheiros. Há poucos dias, o próprio diretor foi incumbido de comprar cigarros para um grupo e atendeu com receio de revolta, justificou para os colegas, que o advertiram dos graves precedentes e os sérios riscos do tráfico de armas, drogas e celulares. Comentários dão conta de que no Cadeião do Diabo, existem mais de 10 armas de fogo e como os presos estão fora das celas, as revistas, que estão cada vez mais esporádicas.

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