Pesquisa da CNI: 09 em cada 10 brasileiros dizem que tomariam qualquer vacina

Pesquisa revela que um quarto dos entrevistados tem uma marca de preferência, mas isso não interfere na decisão de ser imunizado

Entre os brasileiros que já tomaram a primeira dose, 90% consideraram o atendimento ótimo ou bom no momento da vacinação

A 4ª edição da pesquisa “Os brasileiros, a pandemia de covid-19 e o consumo”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB, revela que 90% dos brasileiros querem se vacinar mesmo que seu imunizante de preferência não esteja disponível. No melhor estilo “sommelier de vacina”, 43% até gostariam de escolher, mas apenas 9% dizem que deixariam de se vacinar caso o imunizante oferecido não fosse o de sua preferência.

O levantamento da CNI e do Instituto FSB ouviu 2 mil pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal, entre 12 e 16 de julho de 2021. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

“O fato de o brasileiro aceitar tomar a vacina disponível nos deixa menos apreensivos, não só pela proteção individual, mas pelo benefício para toda a sociedade. Sabemos que a vacinação em massa é fundamental para a retomada econômica. E, quando falo em retomada, falo principalmente em mais empregos, mais renda e mais qualidade de vida para a população”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “A imunização é o único caminho para proteger a saúde e afastar o risco do coronavírus, que são fatores essenciais para reativar os setores econômicos, as molas do crescimento do Brasil.”

Entre as pessoas ouvidas, 71% afirmaram não ter marca preferida, 19% têm preferência, mas não deixariam de tomar a vacina, e apenas 4% disseram que têm preferência por um fabricante e, por isso, deixariam de se vacinar caso o imunizante disponível não fosse o desejado.

Nesta rodada da pesquisa, 47% dos brasileiros disseram ter medo grande ou muito grande do coronavírus. No fim de abril, este percentual era de 56%. A população também está mais confiante em voltar a frequentar estabelecimentos comerciais. Há três meses, 39% tinham muito medo de frequentar shoppings. Agora, este percentual recuou para 24%. O medo grande em relação a frequentar o comércio de rua também caiu de 36% para 28%. O mesmo se deu em relação ao receio de ir a bares e restaurantes, com recuo de 45% para 34%.

Ritmo lento

Para 68% da população, o ritmo de vacinação aumentou ou aumentou muito em julho, em relação a junho. No entanto, 62% ainda consideram o processo “um pouco lento ou muito lento”. Embora alto, esse percentual teve queda significativa, de 21 pontos percentuais, em relação às respostas de abril de 2021, na 3ª edição da pesquisa.

A maioria de quem tomou a primeira (70%) considera o critério de prioridade para a vacinação ótimo ou bom (na população total, são 62%). Esse percentual cai para 53% entre os não imunizados. Também entre quem já tomou a primeira dose, 90% consideram o atendimento ótimo ou bom no momento da vacinação, mas apenas 67% deles dizem ter tido facilidade no agendamento e 46% reclamam das filas nos postos de saúde.

Gravidade da situação

Entre abril e julho, intervalo de três meses entre uma edição e outra da pesquisa, o percentual de brasileiros que consideram a grave a situação da pandemia de covid-19 no Brasil caiu de 89% para 72%. Há um ano, em julho de 2020, eram 84% os que afirmavam ser grave o coronavírus no país.

A sensação de desaceleração no número de casos e mortes também levou a uma sensível melhora na percepção da população em relação à economia. Em abril, apenas 18% dos brasileiros achavam que a economia brasileira tinha iniciado sua recuperação. Hoje, são 43%.

Fonte: R7

 

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