Mazelas da administração de Sebastião Uchôa continuam vivas dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas

Imagem1

Monitores do Complexo Penitenciário de Pedrinhas fizeram manifestação contra as mazelas dentro das unidades prisionais

Com a morte do monitor Isaac William Montes, o ex-secretário Sebastião Uchôa acrescentou ao seu currículo mais um assassinato no Sistema Penitenciário elevando o total para 86, no pequeno período de um ano e meio. Os conflitos dentro das unidades prisionais continuam e a revolta é decorrente de que os presos se acostumaram a não ficar recolhidos às celas e ter muitos privilégios, principalmente os das áreas da Casa de Detenção, da Penitenciária de Pedrinhas e do Cadeião do Diabo e não aceitam a nova determinação. No último sábado eles quebraram dois blocos da Casa de Detenção e no domingo arrebentaram o Bloco D da Central de Custódia de Presos de Justiça de Pedrinhas, onde foi encontrado um túnel. Os presos estão por meio dificultando as revistas, principalmente pelas suspeitas de que existem armas de fogo dentro das unidades prisionais.

Com a morte do monitor Isaac William Montes, ocorrida no último sábado depois de mais um mês hospitalizado, depois de ter sido baleado dentro da Casa de Detenção por um detento. Hoje monitores decidiram para fazer uma paralisação em frente ao Sistema Penitenciário de Pedrinhas, solicitando melhores condições de trabalho e garantia de direitos para o exercício de uma atividade de elevado risco de vida. O movimento pacífico transcorria normalmente, acompanhado à distância pela Policia Rodoviária Federal, quando inesperadamente o major da Força Nacional, Alessandro Frankie Borges Ribeiro, ocupante do cargo de Superintendente Administrativo do Sistema Penitenciária impôs ao GEOP, que uma força de serviços internos dos presídios a intervir na manifestação exigindo ações de forças com muitas bombas de efeito moral. Como o GEOP é formado por agentes e inspetores penitenciários, o Sindicato dos Agentes Penitenciários foi acionado ao o local para manifestar o seu protesto e cobrar providências da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, a razão da continuidade do militar em cargo de confiança da SEJAP, uma vez que está no Maranhão por determinação do Ministério da Justiça, o que impede totalmente do exercício da função administrativa.
A iniciativa do major foi justamente colocar em choque monitores e agentes penitenciários, procurando criar um conflito entre os dois segmentos dentro do Sistema Penitenciário. Não duvidem se ação não foi orquestrada por quem deseja a destruição total do Sistema Penitenciário e tenta criar problemas para a nova administração, temendo naturalmente a apuração da corrupção deslavada praticada na instituição com contratos e convênios viciados, responsáveis pelo desvio de dezenas de milhões de reais.
Esquema para inviabilizar a nova administração da SEJAP
Para se avaliar as articulações que continuam mantidas, uma mulher que se identifica como pastora evangélica, que era conhecida negociadora dos interesses de Cláudio Barcelos, na Casa de Detenção e que também se beneficiava da corrupção, agora está infiltrada dentro da Central de Custódia de Presos de Justiça do Anil. Dizendo que foi transferida para o local pela Coordenação de Assistência Religiosa, quer ter ingerências na direção da unidade, e vem orientando presos contra a administração do presidio. Como procedimentos de tal natureza eram comuns na administração passada, os servidores temem que a mulher esteja passando drogas e armas para presos, uma vez que não pode ser revistada.
Diante dos fatos, nos sabemos perfeitamente que o novo secretário Paulo Rodrigues da Costa, não iria encontrar facilidades diante dos vícios e da corrupção deslavada em que a instituição foi impregnada de maneira perversa e destruidora, mas como defensor público e da necessidade de parcerias tem que dar uma celeridade para a mudança total nas diretorias das unidades e na Secretaria Adjunta Penitenciária e enquadrar a Força Nacional, que até pouco tempo era bem distante do Complexo de Pedrinhas, limitando-se a se manter alojada no estádio Castelão e só comparecia aos presídios quando acionada para dar apoio ao GEOP e a Policia Militar, as forças de frente, e que não recebem as compensadoras diárias pagas a eles.
Uma questão que precisa ser devidamente apurada reside na ausência da fiscalização nas unidades prisionais por parte do Ministério Público e dos Juízes das Varas das Execuções Penais. Há pelo menos mais de cinco meses os presos da maioria das unidades prisionais do Complexo de Pedrinhas, estão fora das celas, tendo grande parte delas destruídas, o que inclusive proporcionou ao diretor da Penitenciária de Pedrinhas vender mais de uma tonelada de grades e embolsar o dinheiro, o que mais uma demonstração da verdadeira esculhambação que era a administração de Sebastião Uchôa, detentor de um currículo de 86 assassinatos e 120 fugas no período de um meio e meio de administração na SEJAP. Se durante o período citado os magistrados das VEP’s e os promotores públicos estiveram no local, devem ter se esquecido de observar princípios emanados da Lei das Execuções Penais, e com certeza teriam evitado muitos problemas como assassinatos e fugas.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *