Governo cubano condenou a 10 anos de prisão manifestante que rasgou foto de Fidel Castro

O cidadão cubano Roberto Pérez da Fonseca foi acusado formalmente do cometimento dos seguintes crimes: Desacato, atentado, desordem pública e instigação para cometer crimes. A mãe do rapaz, no entanto, parece que sabe qual o real motivo de tão dura condenação. Liset Fonseca acredita que a sentença ocorreu em virtude do filho ter rasgado uma fotografia do falecido ditador cubano Fidel Castro.

“Rasgar a foto, isso não tem perdão”, disse ela, antes de afirmar que vai apelar do veredito. “Eles tiveram que fazer algo que foi uma grande lição”, diz a mãe do condenado.

Três juízes do Tribunal Municipal Popular de San José de Las Lajas, determinaram a culpa de Pérez Fonseca com base nas declarações do policial Jorge Luís García Montero, única testemunha autorizada pelos magistrados.

Duas testemunhas da defesa foram rejeitadas e consideradas “parciais”: um parente e um amigo do réu. Em outros casos que ainda não foram julgados, as penas pedidas são ainda maiores, chegando a 25 anos de prisão.

Tudo “responde a uma política penal”, a partir das manifestações de julho, com “sanções severas como efeito de exemplo para que o resto da sociedade se iniba” e que busca “instilar medo e medo”, diz Laritza Diversent, diretora de uma ONG de defesa dos direitos humanos. Nas manifestações de 11 e 12 de julho, em 50 cidades, os participantes gritavam “Liberdade” e “Temos fome”.

Fonte: ONG Direitos Humanos

 

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