Ex-Diretor do BNB condenado por corrupção persegue com jagunços comunidade quilombola de Anajatuba

             BNB O líder comunitário Agnaldo da Conceição Almeida, presidente da Associação dos Agricultores Quilombolas de “Carro Quebrado”, esteve hoje na Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Maranhão para denunciar novas ameaças, que estão sendo feitas às 45 famílias, que ocupam 468 há, todos com descendências de mais de 150 anos, as quais estão sendo perseguidas pelo ex-diretor do BNB, Raimundo Carneiro, condenado pela justiça como um dos envolvidos no desvio de mais de 7 bilhões de reais do estabelecimento de crédito.

          Agnaldo Almeida, diz que Marcelino Carneiro, já falecido conseguiu registrar em cartório as terras ocupadas pelas famílias na década de 80, como usucapião. Depois de alguns anos da fraude em cartório, o filho Raimundo Carneiro começou a tentar expulsar as famílias do local, principalmente quando soube que se tratava de comunidade quilombola. Apesar das sucessivas denúncias feitas ao INCRA, a superintendência local de há muito se mostra indiferente à problemática quanto as questões da desapropriação e regularização fundiária. No fórum de Anajatuba, existe um processo para a constatação da fraude, o que não impediria a desapropriação e de imediato a regularização fundiária, levando-se em conta que a comunidade quilombola é reconhecida. O mais grave, segundo declarações de Agnaldo Almeida, é que Raimundo Carneiro, que teria herdado a propriedade do pai, localizada bem próximo, pretende anexar a área quilombola à sua propriedade,e para tanto mantém jagunços na área, os quais por sucessivas vezes já ameaçaram as famílias. Ultimamente os elementos se disfarçam de compradores de animais para fiscalizar os moradores e traçarem estratégias de como invadir para expulsa-los. O advogado Diogo Cabral dentro das próximas horas deverá comunicar o fato à justiça e pedirá celeridade para a conclusão do processo e também solicitará ações emergenciais ao INCRA, para a problemática, uma vez que corre o risco de conflitos de graves proporções na área, uma vez que há disposição dos quilombolas em resistiremaos ataques dos jagunços do ex-diretor do Banco do Nordeste.

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