O ex-diretor Paulo Roberto Costa, ao depor na CPI do Senado
A quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa está entre os 395 requerimentos a serem analisados pelos parlamentares na próxima reunião da CPI Mista que investiga denúncias de corrupção na estatal. O encontro está agendado para quarta-feira (16), às 14h30. É a terceira vez que a comissão de inquérito tenta votar a pauta, visto que em duas ocasiões anteriores não houve quórum.
Costa está preso preventivamente depois que a Operação Lava Jato da Polícia Federal concluiu que ele mantinha estreitos laços com o doleiro Alberto Yousseff num esquema de corrupção na companhia brasileira. A quebra de sigilo de dados do doleiro também está na pauta da comissão de inquérito.
O ex-funcionário da Petrobras já foi ouvido pela CPI da Petrobras do Senado. No depoimento aos senadores, ele negou as acusações, disse desconhecer o fato de Yousseff ser doleiro, mas admitiu ter feito um trabalho para ele, tendo recebido como pagamento um Land Rover blindado de R$ 300 mil.
– Pode fazer auditoria por 50 anos que não vão achar nada ilegal [na Petrobras]. Estive 35 anos na companhia com zelo e dedicação. Não entrei na diretoria pela janela. Me sinto magoado e tive o nome e reputação destruídos – declarou na ocasição.
Depoimentos
Também estão na pauta da reunião da CPI mista dezenas de pedidos para convocações e convites de testemunhas. Os parlamentares querem ouvir, por exemplo, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal em Curitiba, que aceitou denúncia do Ministério Público resultante da Operação Lava Jato, além de diretores da Petrobras que podem dar esclarecimentos sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e a construção da Refinaria de Abreu e Lima.
Por enquanto, a CPI mista só ouviu duas pessoas: o ex-presidente da estatal Sérgio Gabrielli e a atual presidente, Graça Foster.
Agência Senado